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Estudos de Psicanálise

versão impressa ISSN 0100-3437

Estud. psicanal.  no.41 Belo Horizonte jul. 2014

 

 

A topologia de Lacan

 

Lacan’s Topology

 

 

Marli Piva Monteiro

ICírculo Psicanalítico da Bahia

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Utilizando objetos da topologia, Lacan possibilita ao mesmo tempo o testemunho dos conceitos teóricos e a elucidação dos aspetos clínicos da sua teoria.

Palavras-chave: Topologia, Objetos topológicos, Banda de Moebius, Toro, Cross-cap, Garrafa de Klein, Corte, Significante, Significado, Repetição, Identificação.


ABSTRACT

Lacan’s topology is the possibility of testifying the essential concepts of lacanian’s theory, as well as, its clinical aspects.

Keywords: Topology, Topological surfaces, Moebius strip, Torus, Cross-cap, Klein’s bottle, The cutting, Signifier, Signification, Repetition, Identification.


 

 

Em topologia falamos muito de vazio – de vazio e de lugar, por causa disso, vou antecipar para falar de um lugar vazio – lugar deixado definitivamente por uma ausência que marcará o Círculo Brasileiro e o Círculo da Bahia – falo do lugar vazio que a morte inscreveu entre nós, quando interrompeu a trajetória de Antônio Ribeiro da Silva, figura humana ímpar, psicanalista de escol. Falar das qualidades de Antônio Ribeiro seria desnecessário, mas ressalto sua maior característica como ser humano e, sobretudo, como psicanalista – seu exemplo de humildade. Quero dedicar este trabalho ao Dr. Antônio Ribeiro da Silva. Trabalho que é o resultado do empenho da Oficina de Topologia, núcleo de estudos inaugurado no CPB, espaço reservado para a tentativa de des-compreender, des-montar esquemas e conceitos previamente entendidos ou assim supostos, para remontá-los. Um momento de pensar o novo.

A topologia é o estudo dos espaços nas suas propriedades. A visão da topologia permite descrever o espaço, considerando que o objeto não varia. O espaço, por sua vez, não tem profundidade, não tem terceira dimensão. É através da topologia que Lacan fez possível dizer do Real, impossível de suportar. Topologia se faz, não se sabe, ou melhor, saiba-se ou não, se faz topologia, porque a topologia é a fronteira entre a teoria e a clínica. Por isso, os equívocos da topologia se farão sempre às expensas do cliente. Como limite de um suposto saber, esse saber da topologia emergindo do Real é um saber posto em ato.

A topologia é o limite sem fronteiras. A continuidade sem limites.

O espaço do sonho, da criação, da invenção. A dinâmica do ir e vir, fazer – desfazer, construir – destruir, da troca constante, do inesperado, do vazio, da falta, da inefabilidade, do dentro que passa para o exterior e vice-versa. Do tempo que modifica o espaço e é o espaço que faz tempo para determinar um lugar. Do confuso, incompreendido e pouco nítido que pretende evitar a nossa compreensão, para nos abrir a uma outra forma de compreender, na busca, na aventura, na criação. É um saber fazer adquirido na experiência própria da análise, que permitirá a cada um construir seu próprio estilo, seu modo de se conduzir frente a um saber incompleto, em andamento constante.

O proposto retorno a Freud feito por Jacques Lacan não é uma volta às origens, quando se pensa na topologia, pois essa volta se refere a uma topologia especial – a topologia do sujeito, que depende para se elucidar de uma “2ª volta” que se faz sobre si mesmo, relacionado ao Real, impossível de ser dito, calcada e motivada numa prática, a topologia tem estrutura de linguagem porque também pode dizer. Mas a sua linguagem é própria e, para dizê-la, Lacan se utilizou de alguns objetos básicos, os objetos topológicos, a saber:

a) A banda de Moebius, que dá conta da estrutura do sujeito;
b) O toro, que esclarece a relação do desejo com a demanda, a repetição e a identificação;
c) A garrafa de Klein, que representa a relação do sujeito com o Outro;
d) O Cross-cap, que representa o sujeito em sua relação com o sujeito do desejo;
e) Os nós, que permitem a escritura dos três registros: Real, Simbólico e Imaginário.

A banda de Moebius – objeto de construção simples, depende de uma tira de papel que se coloca sobre si mesma com um movimento de torção.

É um representante do irrepresentável, ela não tem avesso nem direito, é o tempo que faz a diferença entre as duas faces. É um objeto unilátero, manipulável, desconstruível e reconstruível e permite referendar alguns conceitos: (a) a questão do significante; (b) o corte; (c) a relação significante/significado; (d) a repetição.

A banda de Moebius permite subverter a relação significante/significado, pois seu avesso e seu direito são contínuos, por isso o significado de um significante num momento dado, logo já não será mais o mesmo. Como o significado não cessa de deslizar pelo avesso, quando completa a volta já está no direito e já é outro. A diferença entre os dois é, então, uma questão de espaço. A significação, portanto, está marcada pelo vazio que ela encerra, se quisermos, pelo espaço vazio.

A relação do sujeito com o inconsciente é feita através de automatismos de repetição. A repetição é que faz surgir o significante, o um primitivo, a cada volta da repetição. A repetição é essa insistência do significante para dizer algo que está, no entanto, escondido no dito.

E que tal pegar Pessoa (1930 apud GALHOZ, 1996, p. 533) para falar de sujeito?

Quando canto o que não minto
E choro o que sucedeu
É que esqueci o que sinto
E julgo que não sou eu.

No caso da repetição de um ato-sintoma ou comportamento sempre existe uma marca – a marca do repetido. Essa marca é deixada por uma linha que se volta por cima de si própria. O espaço existente entre a repetição, e a regressão é a marca – a marca do não contável, porém estruturalmente presente – o UM-a-mais que é o desejo. Por causa disso, se pode dizer que a repetição é a manifestação do desejo na cura, ou o que é a transferência que é a mesma coisa. Mas a repetição não é nunca o mesmo, e o desejo do analista enquanto corte induz a repetição como ato.

Se efetuarmos um corte sobre a banda de Moebius, com uma tesoura, dividiremos, sem separar, dois espaços; faremos com que a banda mude sua estrutura tornando-a bilátera: tem agora direito e avesso.

No corte da palavra, corte de linguagem descola-se significante de significado – faz-se ato analítico.

A banda de Moebius constitui-se assim, no espaço vazio, o espaço do desejo. Sendo a interpretação um corte e apontando o desejo, é o ato como repetição que produz o desejo. O corte muda a estrutura da banda, torando-a bilátera, bem assim, surge o desejo para ser destruído logo, no mesmo momento. O corte, ao tempo em que é efetuado, mostra a superfície da banda e faz desaparecer a estrutura dessa mesma banda, pois o faz em “fading” – espaço que se mostra ao desaparecer. É por isso que podemos dizer que a banda de Moebius é o representante do irrepresentável e permite a representação dessa abstração que é o Real. A conclusão de Lacan de que o Real está sempre voltando ao mesmo lugar está, portanto, evidente na banda de Moebius.

É também o corte que faz surgir o significante, que vai, por sua vez, significar o sujeito, mas a cadeia significante é uma sucessão de cortes, de fragmentos, que vão produzir uma descontinuidade significante sobre o Real, Cada significante separado do que o antecede e do que o sucede é, ele próprio, corte e corte do corte, representando um corte significante sobre o Real, recortando a si mesmo, para garantir sua função de significante. O significante já introduz um corte sobre o Real para reencontrá-lo, mas esse primeiro corte não basta. É preciso um segundo corte sobre si mesmo.

Falo ainda de Pessoa (1932 apud GALHOZ, 1996, p. 539) para falar de sujeito:

Sou entre mim e mim o intervalo
Eu. O que uso esta forma definida
De onde para outra ulterior resvalo
Em outro mundo...

Quando nos referimos ao deslocamento do significante e do significado é ao problema da dupla inscrição no consciente e no inconsciente que nos estamos referindo. Um significante não é o mesmo no discurso consciente e na cadeia inconsciente. Somente a unilateralidade da banda de Moebius pode explicar a produção das formações do inconsciente no discurso consciente. Para isso, não é preciso transpor bordas, Esquecimentos, lapsos, tropeços podem aparecer no discurso consciente, pois avesso e direito são contínuos. Uma vez que a interpretação é um corte na banda de Moebius, ela a transforma em biface. O inconsciente é constituído como avesso para ser depois destituído.

O dito corta a faixa. A banda de Moebius é corte, e o efeito do dito corte é o sujeito.

Assim foi que Lacan disse que no dito ex-siste o dizer e que o dito deve ser situado alhures, além da borda da faixa.

Se, porém, o corte for duplo, volta-se à antiga dimensão, forma-se o oito interior, retorna-se à estrutura primitiva. Vale ressaltar que a estrutura do significante é análoga à do oito interior – uma circularidade que retorna a si mesma. A faixa de Moebius é ela própria, o corte e demonstra a função topológica da borda.

 

O Toro

O Toro é uma superfície de revolução fechada e de estrutura em anel. Aproxima-se de uma boia ou um pneumático. Define-se ainda como uma superfície sem margem com um centro vazio. Obtém-se compondo-se um círculo com outro – o mais interior é denominado de alma do toro. O outro, pequeno, é um círculo meridiano. Tem a particularidade de apresentar um centro “exterior” e dois cortes nem o dividem, nem o fazem desaparecer. Também se pode fazer um toro a partir de um cilindro. O toro nos permite estabelecer tanto a relação que une o desejo à demanda quanto a questão da identificação. Designando por (d) o desejo e (D) a demanda, na superfície do toro faz-se um trajeto que segue o círculo meridiano e se fecha numa volta. Fazendo-se esse trajeto ao redor de todo o toro, desviando-se seu ponto de chegada até terminar a volta completa, essas voltas devem se multiplicar sem se cruzar. Desse modo, se faz a volta na alma do toro. Feito isso, descreve-se uma volta suplementar ao redor do furo central – a volta a mais que fica esquecida. Essa é, de todas as voltas, a que não se pode contar, a que se faz em torno do furo central. Assim, se encontram ilustradas a demanda, e sua repetição fundamental, que é uma repetição que desconhece aquilo que exprime – um desejo desconhecido. O desejo, apesar de essencial, é sempre desconhecido.

Em sua busca interminável de sujeito, eis Pessoa (1927 apud GALHOZ, 1996, p. 508):

Sei que nunca terei o que procuro
E que nem sei buscar o que desejo
Mas busco, insciente no silêncio escuro
E pasmo do que sei que não almejo.

Por isso, pode-se entender que o desejo contorna o objeto, e o objeto é dito o que falta = furo.

É ao se repetir que a demanda deseja o objeto como faltoso. Mas o desejo é fadado ao fracasso porque o objeto, em sua estrutura induz ao fracasso. Desse modo é que se liga ao percurso da demanda e se torna inevitável a sua repetição. Como cada demanda faz a volta na cavidade central, se integra definitivamente a demanda ao desejo. A subjetivação tem assim sua origem na privação, onde o sujeito pode fazer surgir um saber do qual está excluído e perante o qual se sente inadequado para significar sua causa, o desejo.

 

A garrafa de Klein

Se um toro se dobra sobre si mesmo, pode dar origem à enigmática garrafa de Klein. Além disso, a garrafa de Klein pode se apresentar como uma esfera sobre a qual se abre um túnel que se torna uma alça ou uma garrafa cujo fundo e gargalo se comunicam. A ilusão do espelho precisa existir, mas é ao preço da morte que a identidade simbólica se faz, apoiada num objeto sem imagem especular, o objeto a.

As duas estruturas que apoiam o objeto do desejo são o cross-cap, a garrafa de Klein. A garrafa de Klein apoia a voz. Na voz o corpo se faz presente por dois orifícios: a boca para falar e o ouvido para escutar. Pela sua ubiquidade podemos dizer que a garrafa de Klein é um enigma. Não há conceito que a abarque, nem saber que a ateste, mas pode haver relato que a testemunhe. Como enigma, só pode ser interrogada como dizer. É na abertura que aparece a conjunção do sujeito com o Outro, como avesso de um e direito do outro e vice-versa. Na análise, o Outro é a duplicidade. O cliente só dialoga porque recebe sua própria mensagem invertida – é ele quem sabe, e não o suposto saber. O sujeito surge no campo do Outro. É efeito de significante. Repete-se em sua identidade com um e só se repete pela condição prévia de privação – a falta que o antecede.

 

O cross-cap

Já o cross-cap ou gorro cruzado, ou mira bispal, é um objeto abstrato, superfície fechada e sem margens. É no cross-cap que Lacan apoia o olhar. Ele é o suporte da fantasia ou a relação do sujeito com o seu objeto de desejo. A fantasia é o corte do cross-cap destacando-se um objeto sem imagem especular – o objeto a. O ponto do corte é o essencial do cross-cap, que torna unilátero esse objeto bilátero ou, antes, coloca em continuidade a face externa com a face interna. O lugar onde esse corte opera é o lugar da transferência. O analista está situado sobre a linha entre o ponto de identificação fascinante e o objeto a, entre os quais oscila constantemente.

 

Identificação

No entanto, é uma manobra sobre o toro, o reviramento do toro que vai permitir a compreensão da incorporação e da identificação primária.

Quando Freud falou dos dois tipos de identificação em Psicologia das massas e análise do ego (1921), ele as classificou do seguinte modo:

1) Identificação primária;
2) Identificação ao traço unário;
3) Identificação ao desejo do Outro.

Além do mais, ligou a identificação ao pai com a questão do amor. Essa noção de identificação ficou confundida com a de incorporação, introjeção o que iria depois corresponder a uma exigida projeção, que não vem ao caso. É a partir de Lacan que tais conceitos são retomados e modificados. Para Lacan, o pai não é introjetado, mesmo no banquete totêmico é o mais essencial, a potência do pai que é visada.

Há pelo menos, duas formas de fazer o reviramento do toro e é somente possível captar a visão lacaniana da incorporação, procedendo a esse artifício. Pode-se fazer um corte em linha cheia e transformar o toro num tubo, para depois revirá-lo, como se fosse um dedo de luva, uma bainha ou como se arregaçássemos as mangas de uma camisa. Não é difícil perceber que o que estava dentro passou para forra, e o de fora, para o interior. O toro se transforma num truque. O corte, porém, não se anula. É condição indispensável para o reviramento e fica como marca na operação. Nessa reversão, o círculo meridiano se torna um círculo ao redor da alma do toro, mas o furo central continua o mesmo. Como o que estava dentro passou para fora, o buraco central e o exterior do toro que com ele se continua, são recobertos pelas paredes reviradas do toro. O toro passa a ter, assim, um interior absoluto, outra vez, esse interior absoluto é o meso, produto do buraco central e do exterior periférico. Lacan (1998) se refere a essas duas regiões tornadas únicas em Função e campo da palavra e diz que a palavra tem um sentido mortal e que vem de um campo exterior à linguagem do campo do Outro.

O toro é, pois, um truque. A estrutura do homem é tórica. O homem é um truque, e toda a topologia é fundada no toro – num truque.

Novamente Pessoa (1931 apud GALHOZ, 1996, p. 711):

Sou um evadido
Logo que nasci
Fecharam-me em mim
Ah! Mas eu fugi.

A função do corte é que vai tornar possível outro tipo de espaço, o qual funda o corpo. Ao revirar o toro, o exterior periférico e o central se transformam no interior absoluto. O corte é feito pela palavra, incorporando-se a ele. Essa incorporação é uma função que Lacan nomeia se apropriando dos estoicos. Os estoicos foram filósofos gregos Zenão de Cicio que se caracterizavam pela persecução da ataraxia, ou seja, o equilíbrio da alma. Para isso, promoviam a austeridade de caráter, rigidez moral e moderação dos prazeres. Além do que, pretendiam a impassibilidade perante o sofrimento, a dor e os infortúnios. Mais tarde, na França, um dos mais famosos estoicos foi o poeta Alfred de Vigny, que viveu na época do romantismo e é considerado o precursor do simbolismo na França.

Os incorpóreos são definidos no limite da ação dos corpos, mas não se submetem aos princípios que os corpos obedecem, e não se pode dizer que sejam causa dos corpos, mas existem separados deles. Têm uma forma limitante que os faz, existir e, ao mesmo tempo, não existir. São quatro os incorpóreos: (a) lekton; (b) lugar: (c) vazio; (d) tempo.

O lekton é o dito, a palavra, formada de som, objeto e significado. O som e o objeto são corpóreos, mas o significado é incorpóreo.

O lugar é definido como intervalo, ocupado por um ou outro corpo.

O vazio é a falta de corpo, mas de acordo com os estoicos, a natureza não admite o vazio, e ele nunca é satisfeito. O tempo é o intervalo no movimento.

O tempo para os estoicos não tem antes nem depois; é só o imediatamente e deriva do ato.

O lekton está no nível do corte, mas a palavra vem do campo do Outro, que é a fonte dos significantes. O que se incorpora é o vazio, ou seja, a falta de corpo que na concepção dos estoicos é impossível – não se forma. O que é incorporado, portanto, é a falta radical do Outro no Real – o Real do outro Real, sua falta no Real.

Como, porém, a existência do vazio não pode ser satisfeita imediatamente, ocupa-se esse vazio como corpo do simbólico. O incorpóreo faz a marca no lugar onde o simbólico sustenta o corpo, entre o vazio e o lugar ocupado pelo corpo – lugar vazio como incorpóreo, que fica firmado na marca da falta. Ou antes, o lugar vazio incorporado vai ficar marcando no tempo posterior, sua incorporação. E o corte do lekton é associado à parte incorpórea, mas também ao som que impacta o corpo e o separa da carne. O que é exteriorizado é o gozo absoluto do pai da horda, que depois de morto se torna lei.

O que se incorpora é o vazio, a essência do corpo ausente e o seu mais inatingível – o Real impossível que ex-siste. De fato o que se incorpora é o vazio, ou melhor, lugar vazio, falta radical do Outro e marca de falta.

Esse lugar vazio é um lugar de palavra, de nome, de Nome-do-Pai, no momento que morto, o pai surge como a morte – e, assim, a morte que inaugura o sujeito, até porque é preciso ocorrer a morte da coisa, para a palavra surgir. Como lugar vazio, o Nome-do-Pai, instaurando o sujeito, não passa de uma significação, como para Lacan o amor é também significação, conclui-se que o amor também é vazio.

O sujeito toro-truque, resultante da morte, inserido na ordem simbólica pelo corte, surge atordoado no eu poético:

Novamente Pessoa (1926 apud GALHOZ, 1996, p. 508):

Cadáver de vontade feita
Mito Real, sonho e sentir
Sequencia interrompida, eleita
Para o destino de partir.

 

Referências

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Endereço para correspondência
Av. ACM, 1034/121 C
Ed. Pituba Parque Center - Itaigara
41825-000 - SALVADOR/BA
E-mail: pivamarli@gmail.com

Recebido: 17/03/2014
Aprovado: 31/03/2014

 

 

SOBRE A AUTORA

Marli Piva Monteiro
Médica. Tradutora. Psicanalista. Membro efetivo do Círculo Psicanalítico da Bahia. Membro da International Federation of Psychoanalytic Societies (IFPS).

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