Há (o) fracasso na clínica? Ah! O fracasso na clínica... Não somente há, como também nos traz o espanto e o assombro da polissemia: Ah! Quantos fracassos traz o psicanalisar!
Será que haveria uma clínica sem fracassos? A psicanálise lida com as perdas, os insucessos de quem é analisando e os insucessos da analista. Isso se revela na transferência, na mudez, no silêncio. Frustração, falta, ansiedade, sonhos e pesadelos.
E há o fracasso da palavra, do não nomeado. Do estranho sentimento que angustia e dói. O fracasso de não falar, de não pronunciar a palavra, do indizível. De não saber nomear os sentimentos.
A psicanálise vai investigar esses tijolos partidos e rotos das muitas casas que somos e habitamos. A análise pode dar sentidos e formas aos tijolos esfacelados. Pode emendar pedaços, substituir outros, mas a casa é sempre feita de remendos. Feita de labirintos e de uma montagem de mosaicos das nossas muitas partes.
A doença pode ser um fracasso do corpo, da medicina, da cura. E a morte? Seria o nosso maior fracasso? Uma entrega ao não ser, como nos diz Jorge (2010, p. 165):
O sujeito deseja morrer, mas morrer significa aqui esgotar dentro do interior da vida todas as suas capacidades de perseveração no ser das quais ela é capaz, para poder, enfim, se entregar à tendência ao retorno ao não ser. Por isso Freud acrescentou que “o organismo deseja morrer apenas do seu próprio modo”. A expressão “morte natural” parece implicar a percepção de que há algo na vida que aspira a essa morte que brota dela mesma sem nenhuma outra interferência externa.
Fracasso deriva de uma mistura do italiano das palavras latinas frangere, “quebrar” e quassare, “sacudir, chacoalhar, bater repetidamente” e, por extensão, “ameaçar”. Essa origem etimológica da palavra estaria muito ligada ao propósito da clínica da psicanálise. Quebrar e romper amarras e opressões. Quebrar padrões rígidos. Quebrar rotinas e repetições. Fraturar para olhar os pedaços e remontar com um outro olhar. A transferência pode trazer rupturas. E o “bater repetidamente” estaria associado à compulsão à repetição.
Ao falar a respeito da transferência Freud, em Além do princípio de prazer (1920/1996) usa pela primeira vez o termo “compulsão à repetição” [Wiederholungszwang]. São experiências reprimidas, das quais o paciente não pode recordar. São repetidas como vivências atuais na situação analítica, após a repressão ter sido um pouco atenuada. Assim, a compulsão à repetição, que se manifesta como transferência, é de início apresentada como uma manifestação do reprimido inconsciente. A repressão, como a resistência que depois se opõe ao retorno do reprimido, é uma operação executada pelo eu.
Tanto a repressão quanto a resistência podem ser compreendidas a serviço do princípio do prazer. Elas têm como finalidade evitar o desprazer que seria despertado se as representações reprimidas fossem liberadas e tivessem acesso à consciência. Logo, a oposição à recordação, levada a cabo pela resistência, parece estar totalmente a serviço do princípio do prazer.
Michael Balint (1967/2011), um dos principais discípulos de Sándor Ferenczi, nos aponta a divisão em três fases do percurso ferencziano, marcadas por alterações técnicas e teóricas na clínica da psicanálise.
Na primeira e mais extensa (1908-1927), Ferenczi se debruçou sobre o estudo aprofundado da técnica psicanalítica tradicional à época. Era caracterizada pela objetividade, pela neutralidade e por uma paciência ilimitada. Ele iniciou a transição para a sua polêmica técnica ativa, baseada em intervenções diretivas, orientadas por uma observação atenta da transferência. Nesse sentido, ele praticava uma clínica marcada pela subjetividade e não pela neutralidade. Apesar dos avanços terapêuticos e do rico material clínico resultante da aplicação daquela nova técnica, Ferenczi pôde reconhecer que alguns pacientes não tiravam proveito.
Quando ele tomou como princípio norteador que caberia ao analista encontrar uma forma de ajudar ao paciente que desejasse prosseguir o tratamento, independentemente das dificuldades, o fracasso da técnica ativa representou um grande desafio. A busca pela mudança marcou a segunda fase (1927-1928) que levou Ferenczi a modificar suas intervenções para manter a atenção nas expectativas do paciente em relação ao analista. Esse deveria ser flexível ao máximo.
Textos produzidos naquele momento – A adaptação da criança à família, O problema do fim da análise e Elasticidade da técnica psicanalítica – podem nos guiar sobre como ele atenuou a força de suas intervenções. Em vez das ordens e dos interditos da técnica ativa, escolheu conselhos e sugestões.
Mais tarde, abandonou por completo a mais suave forma de intervenção. Ferenczi foi sincero ao admitir e publicar que o aumento da tensão provocada por sua técnica ativa levava muitos dos pacientes a uma espécie de reativação infrutífera das experiências traumáticas da infância. Ou seja, repetiam sintomas e regrediam na transferência. A técnica seria para facilitar as repetições e regressões.
A terceira fase (1928-1933) foi marcada por uma considerável queda em sua produção científica. Teria sido o indicativo de uma crise intelectual. Na verdade, a história do movimento psicanalítico caracteriza como uma crescente indisposição e um distanciamento entre Ferenczi e a sociedade psicanalítica. (Foi examinado por Balint, 1967/2011). Por que não mais publicara suas observações? Isso seria devido à acolhida que seus textos (não) recebiam?
A técnica e os resultados clínicos obtidos nessa fase refletiam a solução encontrada por Ferenczi para fixar os limites de tolerância e complacência com que o analista deveria tratar seu paciente: tal qual um adulto afetuoso trataria uma criança. Ele afirmava que, caso as interpretações se mostrassem inúteis, o analista, em uma atitude de acolhimento diante do sofrimento do paciente, poderia recorrer à afeição e à gentileza sinceras.
Anos depois, Balint questionaria: a inserção dessas experiências afetivas no setting analítico seria legítima? Ou expressaria o sintoma do imenso desejo de amor e de afeição que Ferenczi carregava consigo? São questões que afetam minha clínica e voltaremos a elas após a apresentação de um fragmento de um caso clínico.
Passo agora a relatar esse fragmento de um fracasso da clínica que tenho desenvolvido. Assim, podemos pensar nas rupturas e repetições trazidas pela palavra “fracasso”. Os aspectos que poderiam identificar o paciente foram mudados sem prejuízo para a discussão do caso e sem possibilidade de permitir algum tipo de semelhança.
Atendi um analisando, aqui nomeado Beni, ao mesmo tempo em que ele mantinha o tratamento psiquiátrico para acompanhar suas crises de depressão e surtos. Inicialmente eram três vezes por semana, até que ele se estabilizou emocional e profissionalmente.
Começamos a ter sessões duas vezes por semana e, depois, uma. Com isso, Beni teve bons momentos, distanciado dos tratamentos psiquiátricos, da medicação e das internações. Ele conseguiu recuperar o trabalho (empresa de produção) do qual ficara afastado anos por causa do medo e de outras ameaças persecutórias quando iniciou a análise comigo.
Foi um processo longo, marcado por rompimentos de relações amorosas, distanciamento da família, perda do pai, posteriormente, da mãe, internações, mudanças de casa. Ora com autonomia, custeando sua vida; ora morando de favor, em um quarto da casa da irmã, e até na casa de uma ex-babá, por exemplo. Quando fiz a mudança física do meu consultório, ele estranhou bastante e trabalhamos isso na transferência. As mudanças eram recebidas como perdas, com sofrimento e não possibilidade de reparação.
Ele namorou, teve vida social, manteve seu espaço duplo de morada e escritório com grande movimento como gostava: reuniões de trabalho, finais de semana com amigos, e viagens de lazer. Além disso, fotografava e fazia poemas. Houve uma época em que ele desenvolvia um correio semanal de envios de foto-poema, por e-mail. Foi um período repleto de afazeres que apreciava e vivia cercado de familiares. Viveu inesquecíveis encontros, relembrados com nostalgia nos momentos melancólicos.
Ele encarou também fracassos, principalmente nos últimos anos: a perda da mãe, a saída do bairro onde morou a vida toda, a mudança da capital, a falência dos seus empreendimentos de trabalho, o rompimento de longos relacionamentos de amor e de amizade, a morte do seu médico espírita em quem tinha total confiança, a traição de um irmão, o calote da sócia, a batida de um carro com perda total, uma infiltração na sua casa, que destruiu arquivos fotográficos, os sentimentos suicidas, a inadimplência de inquilinos, o despejo de um apartamento alugado, um infarto, covid-19 por duas vezes.
Isso tudo ampliou a impotência, a fobia, a insegurança e a tristeza.
E da minha parte, como me sentia? Ora frustrada com os impedimentos, ora animada com pequenas coisas. Os fracassos davam sinais nas interrupções da análise, quando ele teve que se mudar de bairro, e depois de cidade. Ele foi se distanciando, da Zona Norte da cidade, para o subúrbio, para a periferia, para a Baixada, para a Serra Fluminense. Quanto mais distanciamento da “Cidade Maravilhosa”, do “Beni maravilhoso, cheio de amizades”, mais impactado ele ficava pelas coisas e pelas pessoas que perdia. Ou que sumiam, ou se afastavam. Para ele, eram fracassos profundos, no fundo de um poço sem fim, como nomeava.
Para mim, os fracassos impediam o desenvolvimento da análise e me deixavam com um sentimento de impotência. O que eu poderia fazer? Para além de acolher, de escutar, de estar disponível nos dias combinados, de nomear as mudanças, de trabalhar os sonhos. Manter a análise com aquele furacão de perdas reforçaria a não possibilidade de seguir o trabalho analítico? Às vezes, parece que interromper o que não pode acontecer pode ser menos doído. Deveríamos, ali, ter colocado um fim? Fomos tentando fazer o possível, o que significava driblar com o quase impossível.
Em relação à distância da capital, onde foi morar, podemos olhar como algo dúbio. Por um lado, ele perdia autonomia, sim. Coincide com o momento em que não trabalhava e vivia da renda de um aluguel. E dependia da irmã ou do irmão para administrar sua vida. Por outro lado, ganhava qualidade de vida longe do centro urbano da capital. Podia ir a pé a lugares, andando poucos metros, sem depender de companhias.
Para ele, tudo isso representava um sentimento paradoxal, confuso. Beni tinha dificuldades em lidar com mudanças, mesmo que fossem para circunstâncias mais saudáveis. No interior, onde está, conhece os médicos, os laboratórios, as farmácias. Mora numa casa-sítio, com quintal, jardim, animais domésticos.
Os fracassos na análise seguiam: quando ele precisava diminuir a quantidade de atendimentos e não conseguia pagar nem dar continuidade ao tratamento. Quando foi compelido a se entupir de medicamentos e até se internar. Quando se deprimia e parecia que a vida havia parado. Quando não conseguia um aparelho para fazer atendimentos virtuais, nem contava com recursos para pagar uma internet. Quando queria vir à análise e não contava com uma pessoa para acompanhá-lo e estava com fobia social. Já não conseguia se deslocar sozinho pela cidade grande. Nem se deslocar da pequena cidade para o meu consultório.
E o fracasso maior (dele? meu?): Beni foi obrigado a se mudar para a cidade do interior do estado, onde mora com a irmã e a companheira dela. Isolado, com fobias e depressão, depois de algumas internações em hospitais psiquiátricos, vive preso, onde não faz atividades físicas nem trabalha. Está recluso e insatisfeito. Não convive com a vizinhança, tem uma relação ruim com a irmã e a cunhada.
Não usa o transporte público, não tem recursos financeiros para otimizar a sua so-brevida. E não se sente seguro com os deslocamentos na pequena cidade. Sua irmã recebe um valor de aluguel de um imóvel comercial dele, quantia usada na casa e na manutenção da saúde de Beni (plano de saúde básico e remédios). Ele perdeu o controle dos ganhos e gastos, do mover-se com autonomia. Suas ligações e contatos são vigiados pela irmã, segundo ele me conta. Se ele deseja falar comigo deve ser pelo aparelho da irmã. Ou por um aparelho adquirido de segunda mão, com poucos recursos tecnológicos.
Teve um momento em que ele começou a pesquisar blogs e sites sobre suicídio e doenças psiquiátricas, na busca de entender seus (im)possíveis diagnósticos apontados por diferentes médicos. Numa dessas vezes, ele me ligou atordoado com o que leu. Chorava compulsivamente e se sentia perdido. Perguntei para que ele fazia aquelas pesquisas na internet se não se sentia bem. E o que ele ia fazer com aquilo? Respondeu-me que eram curiosidades ou tampões para a sua angústia. Sinalizei que as consultas a sites na internet estavam intensificando os sintomas ameaçadores. E que era uma repetição de coisas persecutórias e assustadoras. Parecia ser a escolha da companhia de um fantasma. E aquilo era monitorado pela irmã? Ou seria incentivado por ela?
Percebi que surtiram efeito as questões que coloquei porque ele diminuiu a compulsão para buscar sites (isso foi relatado por mensagens escritas). Quando tivemos oportunidade de conversar, falamos algumas vezes sobre as escolhas dele, inclusive por buscas na internet quando tinha acesso a um aparelho. E o que representavam aquelas pesquisas? O que Beni procurava e não encontrava?
Substituir as pesquisas foi uma das questões que trabalhamos com espaços de duas a três semanas entre os atendimentos por telefone. A análise não era por vídeo, nem semanal. Acontecia quando era possível.
E que tal transformar palavras assustadoras em outras coisas? Ou que tal voltar a criar textos, como havia feito antes? Ler poemas, com a pesquisa de blogs e sites de poetas. Ele fazia isso anos atrás, quando desfrutava de momentos lúdicos e retornos satisfatórios no correio de envios a alguns amigos e conhecidos.
Beni não dispõe de acesso a uma biblioteca nem a livros. E não quer frequentar a biblioteca pública da cidade serrana. Está perdido num mundo decadente, controlador, capitalista, consumista, como ele me sinaliza. E no paradoxo que é morar no interior, ambiente pacato, vida simples e segura versus a falta de seu lugar na capital. Ou no capital? Ou na análise?
Dentro dessa situação de extremo sofrimento, ele veio ao meu consultório poucas vezes, trazido pela irmã que o esperou e avisou que não continuaria a voltar com Beni. Ela não disponibilizava de tempo nem de recursos para tornar viável a vinda para o Rio. Passei indicação de uma analista que atende na Serra.
Beni não conseguiu se ajustar ao novo momento de medicamentos, não tem acesso a amigos antigos, detesta a casa onde mora e a comida oferecida. Está preso a um passado. Vive uma apatia. Nada lhe apetece. Sente-se em uma casa desmoronada e, ao mesmo tempo, se sente na sua própria casa: despedaçada. O despedaçamento de si, da cidade, da capital, do capital.
O que conseguimos: estabelecer uma comunicação eventual, via WhatsApp. Ele se comunica comigo quando tem algo para compartilhar: uma dúvida, uma raiva, um breve desabafo. Conversamos quando ele está sozinho em casa. Sente-se sempre perseguido pela cunhada. Ou mesmo que esteja sozinho, ele se sente vigiado, como se uma câmera o estivesse gravando o tempo todo. Sabe o que ele conseguiu para fugir das perseguições tecnológicas?
Ele descobriu onde ficam o correio e a papelaria, perto de onde mora. Começou a se comunicar com as pessoas por bilhetes e cartas. Não tem certeza se os destinatários recebem sua correspondência e se ele recebe respostas de todos. Desconfia das pessoas e das instituições, inclusive do correio. Mas é o único modo de comunicação onde se entrega e se sente acolhido.
Beni decidiu me enviar, pelos correios, textos que parafraseia ou parodia. Ou mesmo reinventa na escrita a lápis no verso de papeis aproveitados. Isso depois de ler poemas de diferentes autorias na internet. Gosta também de escrever em bulas de remédios. Ele me mandou textos em que parafraseia escritos de diferentes poetas.
A exemplo, coloco aqui.
Beni e suas cápsulas
Beni O.
Não te deixe abater...
Tomando novas cápsulas
e buscando novos problemas.
Sonhe, sempre.
Remove cápsulas e plante amigos.
Faz de tua vida de sites um sítio verde.
E sobreviverá da crise.
E da Cris.
[ex-namorada de Beni].
O texto de Beni conversa com a poesia de Cora Coralina, autora goiana. Fui pesquisar e trago um trecho.
Aninha e suas pedras
Cora Coralina
Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces.
Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.
Um texto parafraseado pode parecer pouco. Beni precisaria de prosseguir o atendimento terapêutico diante de tantos lutos e perdas. E meu sentimento de impotência é grande. Indiquei atendimentos no local onde ele mora, contudo ele precisaria estar acompanhado para ir, porque demanda ir de condução (ônibus ou carro). Por enquanto, não há disponibilidade afetiva da irmã para isso, porque ela não acredita em psicanálise nem em terapia. É evangélica e estabelece uma aversão a tudo que o irmão pratica: ser kardecista, ser poeta e fazer análise/terapia, etc. E para ele, ainda é difícil um deslocamento mais longo, que esperamos acontecer. Ou estaria esperando de uma outra (a irmã) as pernas para caminhar?
Talvez os textos poéticos sejam um caminho para manter uma comunicação com o mundo além da casa-despedaçada. E com seus muitos eus e casas. Algo como um adobe – parede orgânica que sustentaria as fraturas dos tijolos.
Volto à terceira fase das investigações teórico-clínicas de Ferenczi quando ele afirmava que, caso as interpretações se mostrassem inúteis, o analista, em uma tentativa de acolhimento diante do sofrimento do paciente, poderia recorrer à afeição e à gentileza sinceras. Esse desejo de afetividade pelo analisando seria um sintoma do fracasso? A análise dele foi atropelada não somente pela pandemia de covid-19, como também pela falência de Beni e pela mudança de cidade. O que significa escutar esses pequenos movimentos de escrita, de ida ao correio? Seria uma gentileza sincera? Uma elaboração dos tantos fracassos?
Volto ao meu fracasso e, ao escrever esse caso, confirmo que a escrita pode ser organizadora. Pode significar pequenos movimentos de subjetivação e uma possibilidade de olhar o atendimento e o que é caracterizado como ruptura, fratura.
Ah! Quantos fracassos há na clínica!
Voltamos à polissemia: há fracassos e ah, fracassos!