Um desafio à arrogância do gigante: corona vírus! O anão, não se sabe de onde veio e nem se sabe quando irá se esconder. O gigante luta, pede ajuda a todos os viventes, mas o anão ri dos chefes poderosos, aqueles que já foram à Lua e pretendem ir a Marte. Tecnologia, estudos avançados em ciência, aparelhos mil, desde liquidificadores até maquinas avançadas que fabricam de tudo, não vencem de pronto o anão. A ganância de chefes poderosos que disfarçadamente humilham os desfavorecidos para mantê-los submissos ao poder dos mesmos, não têm conseguido a submissão do anãozinho.
Quem sabe, a lei selvagem dos mais fortes quando usada pelos humanos não seria também um vírus, a fim de perpetuar a pobreza e a ignorância necessárias para manter a força, as riquezas, quando apenas materiais! A lei dos mais fortes ignorantes, impiedosos usando da mentira para se engrandecer.
Há, no entanto, o poder humanitário dos chefes cuja riqueza seja ela material, cultural ou cientifica, lutam por um mundo melhor para todos, sem distinção de classe, raça, cor e saber divergente. Para estes a riqueza material não os fez perder o censo da ética moral e social, nem mesmo a noção de um possível nascimento privilegiado ou de chances que a vida lhes ofereceu; não se percebem como uma “raça pura e melhor”. E aí aparece o anão chamado vírus com nome importante “coroa” vírus, sem preconceitos, que se dirige a todos, poderosos ou não; aliás, exceção feita aos animais domésticos ou selvagens, pois sua avidez segue apenas o caminho determinado pela própria genética “o cachorro mata o gato, que mata o rato, que fura a parede”; no final dessa historinha popular aparece o Deus mais poderoso de todos. Dizem que Deus não está ajudando como poderia… talvez ele esteja desanimado com a burrice humana…
O anão encontrou um hospedeiro, o humano, lembrando-nos a história da Geni, retratada pelo humanista Chico Buarque. Na terra da Geni, atiravam pedras, humilhavam-na, cuspiam, quando ela se recusou a se humilhar em face dos poderosos. E agora? Não há nem mesmos esses recursos de tão perversa humanidade. Os humanos gigantes, tão poucas vezes unidos, talvez comecem a perceber que suas conquistas (também, muitas vezes, benéficas para toda a humanidade), ou a ganância que desune, não são um recurso em face do anão. Quem sabe, dando-se conta do anão que existe dentro de nós e que, para ele, somos todos iguais. É um anão sem preconceitos…
Será uma lição aprendida de nossa pequenês? Que o poderoso ou o pequeno tem a morte pela frente, que mais cedo ou mais tarde, todos nascem e morrem sem mesmo a intervenção do anão? Diz o povo que desta vida não se leva nada, mas se pode deixar algo. Quem sabe o pequeno anão nos faça lembrar disso.