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Ide

versão impressa ISSN 0101-3106

Ide (São Paulo) vol.45 no.75 São Paulo jan./jun. 2023  Epub 02-Ago-2024

https://doi.org/10.5935/0101-3106.v45n75.11 

Outras odisseias

EM BUSCA DE PALAVRAS1

In search of words

Marcio de Freitas Giovannetti2 

Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP). São Paulo

2Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo


Resumo

O autor faz considerações a respeito daquilo que chama de “arrogância civilizatória” revelada pela molécula que, provocando uma crise planetária inédita, põe a humanidade num lugar outro, diferente daquele que a situava no topo da cadeia alimentar. A célebre e emblemática frase de Gagarin “A Terra é azul” é utilizada como metáfora de uma grande ilusão que agora se desfaz.

Palavras-chave: sonhos; cartografia; civilização; fronteira

Abstract

The author makes some considerations regarding what he calls “the civilizing arrogance” revealed by the molecule that, causing an unprecedented planetary crisis, has put humanity in a different place. The planetary crisis brought by the covid-19 made clear that we are not the owners of the world and that we need to question many of our illusions. Gagarin’s famous and emblematic phrase “The Earth is blue” is used as a metaphor for a great illusion that is now falling apart.

Keyword: dreams; cartography; civilization; border

1. Mal iniciada nossa quarentena, com alguns pacientes ainda comparecendo ao consultório, um jovem universitário que atendo há alguns anos deita-se no divã e diz:

A última sessão me deixou bem angustiado. Achei que você estava muito tomado pela pandemia... Mas quero falar de outra coisa. Ontem, sem mais, assim do nada, me deu uma vontade de procurar os meus cadernos de história e geografia do colegial, que sumiram depois de uma mudança em casa. Procurei por horas e não consegui encontrá-los. Só achei o anuário.

2. Tomados que estamos todos por aquilo que chamamos de pandemia, mesmo que queiramos falar de outra coisa, isso fica impossível. Pois, como aquele jovem, nenhum de nós consegue mais se encontrar nos nossos, agora já antigos, cadernos de geografia e história. De um só golpe, a pandemia atual tomou-nos todos, habitantes do planeta Terra, e nossos referenciais se perderam. O ineditismo da nova situação toma ares de uma nova história redesenhando a cartografia e a geopolítica humanas. Se as célebres frases dos grandes protagonistas da corrida espacial, em plena guerra fria, nos meados do século passado, “A Terra é azul” e “Um pequeno passo para um homem, um grande passo para a humanidade”, embalaram as ilusões de algumas gerações a respeito da grandeza e da superioridade de nossa espécie, enfatizando nossa crença na conquista de novos territórios, uma pequena molécula, um vírus por nós batizado de covid-19, veio desmistificá-las.

3. A Terra só é azul olhada por uma perspectiva específica, a da arrogância civilizatória, nos mostrou ele, esse vírus, redesenhando a seu modo e a seu tempo a nossa cartografia. Nossos mapas desde há muito vêm sendo desenhados em decorrência das ocupações humanas que demarcam fronteiras e territórios em constantes modificações, segundo o momento histórico em que são feitos. Os povos pré-históricos não tinham mapas, mas seguramente tinham fronteiras, as naturais, demarcando territórios específicos e próprios. Mas precisavam também ultrapassá-las, por necessidades vitais ou por ambição de conquistas, ampliando seus territórios. As primeiras grandes civilizações começaram a desenhar seus próprios mapas, expandindo com suas conquistas e novas ocupações suas fronteiras. Assim foi se desenhando a Terra. No século II de nossa era, o imperador Adriano expandiu as fronteiras do território romano a um ponto que nenhum império anterior havia atingido. Os então chamados povos bárbaros, pouco tempo depois, estreitaram-nas e depois o grande império se desfez. Quase em sincronia com a tomada de Constantinopla, as navegações redesenharam nosso mapa, e a Terra ficou redonda. E a nossa espécie, imperialista e colonizadora, assenhorava-se, apropriava-se cada vez mais do planeta. Mais quinhentos anos, e a bandeira americana foi fincada na Lua. E a Terra, que já era redonda, ficava azul... A despeito da enorme quantidade de sangue derramado nessa longa história civilizatória.

4. Pouco mais de cinquenta anos depois da anexação da Lua a nosso território, a cartografia terrestre se redesenha. Pela primeira vez, não mais pela ação de “grandes” seres humanos, mas pela ação de uma minúscula molécula, uma outra espécie. Tem nos restado apenas seguir desenhando diariamente seu percurso. Os mapas que nos chegam pela Internet a cada momento do dia mostram, agora tingido de vermelho, aquilo que temos chamado de nosso território. O menor dos organismos vem nos mostrar que a Terra não é propriedade de nossa espécie. Não, a Terra não é azul. Nem somos nós, humanos, uma espécie tão poderosa quanto nossa civilização nos levou a crer.

5. Pois outra espécie veio jogar em nossa cara que fazemos todos parte de um mesmo ambiente, e a questão ecológica passa a ser experienciada num registro visceral.

Não há proprietários neste planeta, apenas inquilinos coabitando no mesmo espaço. O que vem a ressignificar o conceito de casa. O que vem a ressignificar os conceitos de oikos e polis, levando às suas origens os conceitos de economia e de comércio. Pois, como relembrou Agamben (2007/2011), a palavra “economia”, em sua origem, é uma junção das palavras gregas oikos e nomos, casa e regras, isto é, as regras da casa. Assim, originalmente, cada senhor de sua casa criava as regras que vigiam em seu domínio privado. Um conceito doméstico que, ao longo dos séculos, migrou para o espaço público e político. Ora, se a nossa casa, a Terra, não tem dono, quais são as regras vigentes? Como estar numa casa que não é nossa? Não à toa, portanto, economia e vida humana estiveram tão na ordem do dia dos governantes, como agora, buscando desesperadamente um acordo para campos que só aparentemente são distintos. Como também estar no mundo é a incômoda e complexa questão apresentada agora à civilização, à nossa cultura. Um vírus nos obriga enquanto psicanalistas a desenvolver o já clássico texto freudiano O mal-estar na civilização (Freud, 1930/2010c). Pois estamos todos nós, enquanto seres humanos, como o pequeno Hans (Freud, 1909/2015), apavorados e fóbicos com a movimentação da cidade, ocupada por animais. Mas agora não se trata de cavalos ou girafas, nem mesmo de animais do zoológico. Se Hans tentava desenhar girafas e cavalos, no início do século passado, todos os cientistas contemporâneos tentam desenhar, mapear, entender os movimentos do Covid19. Se Hans se angustiava com o crescimento da barriga de sua mãe e com o sangue nas bacias que anunciava o nascimento de sua irmã, a angústia de hoje é com o crescimento nos gráficos que anunciam a propagação de uma molécula e o consequente número de mortes humanas. Ninguém pode, ninguém quer sair de casa...

6. Na segunda semana de nossa quarentena, uma paciente me relata o seguinte sonho:

Eu tinha perdido minha bolsa e com isso o meu celular. Depois de muito procurar, encontrei o celular, mas ele só trazia notícias terríveis e, além disso, não podia mais ser utilizado para chamadas telefônicas. E o pior é que não conseguia entrar em minha agenda, com todos os meus compromissos profissionais e pessoais. Acordei muito angustiada.

Sonho emblemático de um ser humano deslocado de seu lugar conhecido e que ecoa num registro contemporâneo os clássicos sonhos da primeira paciente de psicanálise, Dora (Freud, 1905 [1901]/2016). No lugar de uma casa em chamas e de uma caixa de joias, aparecem notícias assustadoras e uma bolsa perdida tendo dentro a maior das joias atuais, um celular; em lugar de andar a esmo por uma cidade desconhecida, perguntando pela estação, a impossibilidade de encontrar sua agenda pessoal. Sim, a cidade se mostra absolutamente desconhecida, e nossa casa parece estar em chamas desalojados que estamos, a despeito do confinamento a que estamos submetidos.

7. Se nossa civilização tem estado apoiada num paradigma territorial e de fronteiras, dentro e fora, privado e público, Primeiro e Terceiro Mundo, por exemplo, não são de estranhar a perplexidade e o desespero que tomaram conta de toda a humanidade, de todos os Estados nesse início de 2020. Pois nossos tempos nos convocam a um novo paradigma, ainda por construir. Cultura e natureza num mesmo ambiente, ou melhor, o mesmo ambiente. Não estamos mais, nós, humanos, no topo da cadeia alimentar, apenas fazemos parte dela. Se o mês de setembro de 2001 nos mostrou que a fronteira entre o Ocidente e o Oriente não passava de uma construção enganosa, o início de 2020 vem nos mostrar que a fronteira entre natureza e cultura também é bastante frágil. Essa é a grande edificação que a minúscula molécula pôs abaixo, desalojando-nos de um lugar ilusoriamente seguro.

8. Em seu ensaio “Totem e tabu”, Freud (1913 [1912]/2012) considerou que o assassinato do Pai Primevo estabeleceu a primeira das fronteiras, aquela entre natureza e cultura, dando início àquilo que chamamos de humanidade. Em seu ensaio Nudità,Agamben (2009) - partindo de uma interessante análise de textos religiosos clássicos a respeito da expulsão de Adão e Eva do Paraíso terrestre - faz preciosas considerações a respeito daquilo que chamamos humanidade e daquilo que ele conceitualiza como vida nua, a vida biológica por excelência, desvestida de todos os signos culturais.

9. Seja como Freud, partindo de estudos antropológicos, seja como Agamben, partindo de textos religiosos, a humanização é decorrente de uma transgressão primordial à lei do Pai Primevo que expõe, põe a nu a carne bruta que automaticamente precisa de novos véus para se tornar corpo. Na Bíblia a carne é revestida da tunica pelliccia, a pele de um animal. No texto freudiano, a carne é revestida com os nomes dos animais. E é a esse revestimento, meros restos animais, que damos o nome de cultura e/ou civilização. Os nossos véus, que são necessários para compensar seja a perda do estado de graça do Paraíso terrestre, seja a perda do estado de natureza.

10. Todo grupo humano, tribos primitivas ou sociedades modernas, cria um número enorme de véus para tornar suportável a convivência com outros corpos. Muitos desses véus servem para ancorar a ilusão de que esse lugar, essa sociedade, esse país, esse Estado é sólido e resistente para ser meu habitat, minha casa, para me identificar e para fazer sentir-me menos precário e vulnerável. Em Creazione e anarchia: L’opera nell’età della religione capitalista,Agamben (2017) faz considerações a respeito do “inapropriável” exemplificando com o corpo humano, a língua e a paisagem. O corpo, por ser evidência de que “estamos irremediavelmente fechados em nós mesmos, a impossibilidade radical de dele fugir para escondermo-nos de nós mesmos” (p. 74). A paisagem, segundo ele, é o objeto de contemplação humana e é a forma eminente do uso de si mesmo e do uso do mundo que coincidem sem resíduo algum. Não são eles, o corpo de cada um de nós e a paisagem, que estão, neste momento, na ordem do dia?

Nosso corpo mostra-se frágil diante do vírus que vem mudando a paisagem de nosso mundo, nossa casa. Estamos de algum modo todos expatriados e exilados, jogados no mundo que descortina uma nova e desconhecida paisagem.

11. Um abrir abrupto de janela que mostra uma paisagem invernal, não com lobos nos olhando fixamente como naquele sonho do exilado russo psicanalisado por Freud (1918 [1914]/2010b), mas a paisagem de nossos monumentos e cidades esvaziadas, de corpos humanos nas unidades de tratamento intensivo (uti), de caixões fúnebres enfileirados, testemunhando nosso exílio, nossa expatriação de um lugar que havia sido considerado azul e propriedade nossa. Esta é a cena primária contemporânea.

12. Nem lobos, nem tampouco ratos nos trazem o terror agora. Qual de nós psicanalistas não se lembra da tortura relatada por aquele outro paciente de Freud (1909/2013), o militar que patrulhava as fronteiras de um império e era atormentado pelo fantasma de seu pai? Ou pela ideia de não haver dado encaminhamento seguro aos óculos que estavam sob sua guarda? A despeito de nossos óculos melhores, o terror atual se mostra invisível. A despeito de todo patrulhamento de fronteiras, da demarcação obsessiva de territórios transitáveis e intransitáveis, uma molécula se movimenta sem a necessidade de nenhum passaporte, ocupando inexoravelmente o que era considerado nosso império, denunciando que sem salvo-condutos estamos nós.

13. Não, nem nossa, nem azul é a Terra. Continuamos predadores, mas - como qualquer outro animal - somos também a presa. Se o nobre russo havia sofrido o exílio de sua casa natal em decorrência de uma revolução, migrando para um outro território, nossa expatriação não é decorrente de nenhum novo governo, de nenhum estado, de nenhuma nova ideologia revolucionária, e, acima de tudo, não há nenhuma possibilidade de migrar para outro território. Se durante alguns séculos nos situamos no topo da escala zoológica, uma ação não humana - simplesmente molecular - vem desfazer essa antiga crença, evidenciando que não somos mais que uma espécie entre as outras, compartilhando o mesmo território. O que muda toda a paisagem. E também os nossos sonhos.

14. Se me vali neste trabalho de alguns dos clássicos sonhos que pertencem à obra de Freud, foi para enfatizar a diferença dessa nova paisagem. Pois eles atestavam o modo em que cada um de seus pacientes se apropriava de seu próprio mundo, isto é, se constituía enquanto sujeito particular e único. Os sonhos e as falas que ouvimos nesses dias de Covid-19 apresentam uma característica outra. Mostram que, antes, muito antes, de sermos um sujeito, somos cada um de nós apenas um representante de uma espécie animal às voltas com a perda daquilo que considerava seu habitat. Pois, se, como definiu Heidegger (1927/1999), a língua é a morada do ser, as palavras de nosso repertório, sejam elas religiosas, científicas ou literárias, mostram-se insuficientes para nos dar o acolhimento necessário para tão nova experiência.

15. Na inexistência da palavra significativa nos resta a reiteração da mesma notícia, da mesma fala, ainda que dita de forma um pouco diferente. Os WhatsApps, os e-mails, os jornais, os noticiários televisivos têm-nos inundado, minuto a minuto, com a mesma fala. Assim como em nossos consultórios psicanalíticos, agora on-line, todo paciente - cada um a seu modo - vem com o mesmo assunto. Uma reiteração como aquela dos sonhos recorrentes que afligem as pessoas que sofreram um trauma arrasador, como descreveu Freud em Além do princípio do prazer (1920/2010a). Sonhos reiterativos que teriam por função a reconstrução do “tecido psíquico” destruído pelo impacto traumático.

16. Na terceira semana de nosso confinamento, outro paciente me conta um sonho:

Era uma reunião, não uma festa, de minha família, meus pais, tios, primos, praticamente todos estavam lá, no meu pequeno apartamento. Até mesmo um primo de quem ninguém gosta e com o qual tenho pouquíssimo contato lá estava. Era estranho, porque eu não falava com ninguém, nem as pessoas conversavam entre elas. Num dado momento, peguei meu violão e comecei a tocar uma música que era ao mesmo tempo conhecida e nova, uma coisa muito estranha. Acordei com ela em minha cabeça e passei a manhã tentando descobrir qual era. Inutilmente.

17. Se não temos palavras que possam dar sentido à experiência atual, ou se a palavra encontrada é dolorosa demais, precisamos de algum som, alguma música para não perdermos nossos contatos e cairmos em um silêncio ensurdecedor. Por isso os italianos em confinamento começaram a cantar, não importando tanto a letra, mas a canção em si. Por isso, o mundo todo os seguiu. Não são lamentos, são mais acalantos. No século 2 de nossa era, o imperador Adriano, o mais poderoso homem de seu tempo, aquele que governava o mais vasto império da Terra, já doente, ao deparar com sua condição humana, escreveu:

Pequena alma, terna, flutuante,

hóspede e companheira de meu corpo,

vais descer a lugares duros, nus e crus,

e renunciar aos jogos de outrora.

(Yourcenar, 1974/1980, p. 10)

Dezenove séculos depois seus versos soam absurdamente contemporâneos e, já que, como o Hans, somos todos pequenos diante do enigma da vida e que a nudez, a dureza e a crueza da nova paisagem atestam que a Terra nunca foi azul, renunciemos aos nossos jogos de outrora.

Referências

Agamben, G. (2009). Nudità. Nottetempo. [ Links ]

Agamben, G. (2011). O reino e a glória: Uma genealogia teológica da economia e do governo. Boitempo. (Trabalho original publicado em 2007) [ Links ]

Agamben, G. (2017). Creazione e anarchia: l’opera nell’età della religione capitalista. Neri Pozza. [ Links ]

Freud, S. (2010a). Além do princípio do prazer. In S. Freud, Obras completas (P. C. de Souza, Trad., Vol. 14, pp. 161-239). Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1920) [ Links ]

Freud, S. (2010b). História de uma neurose infantil (“O homem dos lobos”). In S. Freud, Obras completas (P. C. de Souza, Trad., Vol. 14, pp. 13-160). Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1918 [1914]) [ Links ]

Freud, S. (2010c). O mal-estar na civilização. In S. Freud, Obras completas (P. C. de Souza, Trad., Vol. 18, pp. 13-123). Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1930) [ Links ]

Freud, S. (2012). Totem e tabu. In S. Freud, Obras completas (P. C. de Souza, Trad., Vol. 11, pp. 13-244). Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1913 [1912]) [ Links ]

Freud, S. (2013). Observações sobre um caso de neurose obsessiva (“O homem dos ratos”). In S. Freud, Obras completas (P. C. de Souza, Trad., Vol. 9, pp. 13-112). Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1909) [ Links ]

Freud, S. (2015). Análise da fobia de um garoto de cinco anos (“O pequeno Hans”). In S. Freud, Obras completas (P. C. de Souza, Trad., Vol. 8, pp. 123-284). Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1909) [ Links ]

Freud, S. (2016). Análise fragmentária de uma histeria (“O caso Dora”). In S. Freud, Obras completas (P. C. de Souza, Trad., Vol. 6, pp. 173-320). Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1905 [1901]) [ Links ]

Heidegger, M. (1999). Ser e tempo. Vozes. (Trabalho original publicado em 1927) [ Links ]

Yourcenar, M. (1980). Memórias de Adriano. Nova Fronteira. (Trabalho original publicado em 1974) [ Links ]

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Gentilmente cedido pela Calibán Revista Latinoamericana de Psicoanálisis.

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