SÔNIA NOVAES DE REZENDE
sonianrezende@gmail.com
Foi com muita emoção que em maio último, aceitei o convite de Anne Lise, editora da revista Ide, para contribuir com alguns de meus trabalhos para ilustrar este número em que meu querido esposo Antonio Muniz de Rezende, recentemente falecido, é homenageado.
Poder ilustrar este exemplar da Ide é uma forma muito pessoal e significativa de homenageá-lo.
Apesar de, há muitos anos dedicar parte de meu tempo livre às artes visuais, não me considero uma artista plástica profissional. Nos últimos anos tenho me dedicado particularmente a pesquisar as cores que desde sempre me encantam.
Sou também psicanalista dedicada à atividade clínica, fiz parte de minha formação na SBPSP. Durante muitos anos dediquei-me ao ensino e pesquisa em saúde mental, primeiro como professora da Universidade do Quebec no Canadá e, desde 1975, como professora da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP, onde me aposentei.
Em minha trajetória, tanto na psicanálise quanto nas artes, Antonio foi um grande companheiro e incentivador! Nesse momento ressalto seu olhar afetivo e generoso em relação às manifestações artísticas das quais participei. Ele vibrava com cada nova gravura, aquarela ou tela!
Assim que recebi esse honroso convite, disponibilizei várias imagens de meus trabalhos para as organizadoras deste número que, com sensibilidade, selecionaram as que melhor ilustram a capa e os textos internos da revista. Estas últimas, originalmente coloridas, por razões técnicas, foram editadas em preto e branco.
Agradeço, sensibilizada, à Revista Ide e à SBPSP pela possibilidade de estarmos juntos, meu filho Cristiano e eu nesta comovente homenagem a Antonio. Desde o primeiro contato com a organização deste número me dei conta de que esta participação também é uma maneira de elaborar a Odisseia que é a perda de um grande amor.
CLÁUDIO CAROPRESO
claudio.xilogravura@gmail.com
Autor da imagem de Rita Lee. Arquiteto e urbanista, formado em 2000 pela Universidade do Vale do Paraíba. Sua jornada com a xilogravura teve início no mesmo ano, quando iniciou suas pesquisas no Ateliê Livre de Gravura da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, em São José dos Campos - SP.
Em 2006, em parceria com Francisco Maringelli, Cláudio Caropreso criou o livro de artista Clandestino, que hoje faz parte do acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Em busca de aprimoramento, concluiu em 2007 a especialização em Arte, Educação e Tecnologias Contemporâneas pela Universidade de Brasília.
A criatividade e o talento de Caropreso foram novamente reconhecidos em 2008, quando, junto com Francisco Maringelli, foi contemplado pelo Proac, resultando na exposição “Entre o fio da navalha e o meio fio da calçada”.
Em 2011, sob a curadoria de Luiz Armando Bagolin, Cláudio Caropreso apresentou a exposição individual intitulada “Caropreso Procura-se” na Galeria Gravura Brasileira. Em 2016, com curadoria de Luiz Armando Bagolin e em parceria com Francisco Maringelli, o artista realizou a mostra “Gravura na Ponta da Faca” na Hemeroteca da Biblioteca Mário de Andrade.
Atualmente, Cláudio Caropreso é representado pela prestigiada galeria Gravura Brasileira. Seu percurso artístico é marcado por uma trajetória dedicada à xilogravura, explorando com maestria essa forma de expressão e deixando um legado valioso no cenário artístico brasileiro.
HELENA CASTELLO BRANCO
helena@hcbcomunicacao.com.br
As fotografias deste número são de autoria de Helena Castello Branco, profissional de Relações Públicas, que concentra sua atuação nas áreas de Cultura e Comportamento. Ela desempenha o papel de Assessora de Comunicação da SBPSP e do Centro de Estudos Universais, associação sem fins lucrativos por meio da qual visita anualmente a Aldeia Multiétnica, território na Chapada dos Veadeiros que tem como foco o fortalecimento das culturas e lutas 236 políticas dos povos indígenas e quilombolas.