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Reverso

versão impressa ISSN 0102-7395

Reverso vol.46 no.88 Belo Horizonte dez. 2024  Epub 19-Maio-2025

https://doi.org/10.5935/0102-7395.v46n88.12 

TEORIA E CLÍNICA PSICANALÍTICAS

O tédio nos dias atuais

BOREDOM IN PRESENT DAYS

Fernanda Nunes Macedo1 

Psicóloga graduada pela Universidade Tiradentes (Unit). Psicanalista.

Membro do Círculo Psicanalítico de Sergipe (CPS), filiado ao Círculo Brasileiro de Psicanálise (CBP) e à International Federation of Psychoanalytic Societies (IFPS).

Renata Franco Leite1 

Psicóloga graduada pela Universidade Tiradentes (Unit). Psicanalista.

Membro do Círculo Psicanalítico de Sergipe

(CPS), filiado ao Círculo Brasileiro de Psicanálise (CBP) e à International Federation of Psychoanalytic Societies (IFPS).

Sara Bezerra Costa Andrade1 

Psicóloga graduada pela Universidade Tiradentes (Unit). Psicanalista.

Membro do Círculo Psicanalítico de Sergipe

(CPS), filiado ao Círculo Brasileiro de Psicanálise (CBP) e à International Federation of Psychoanalytic Societies (IFPS).

1Universidade Tiradentes (Unit)


Resumo

Este trabalho se desenvolve apresentando reflexões sobre o tédio e trazendo uma relação entre o desejo e a pulsão, sob uma ótica psicanalítica frente às novas formas de subjetividade que se apresentam atualmente. O conceito de tédio tem sido objeto de estudo e discussão entre os psicanalistas que atuam na clínica, uma vez que a demanda que se apresenta em nossa rotina está permeada do que conhecemos como novas subjetividades e novas formas de representação.

Palavras-chave: Tédio; Desejo; Pulsão; Subjetividades

Abstract

The present work aims to present reflections on boredom and presents a relationship between desire and drive from a psychoanalytic perspective in light of the new forms of subjectivity that are currently emerging. The concept of boredom has been widely discussed among psychoanalysts who work in the clinic, since the demand that appears in our routine is permeated by what we know as new subjectivities and new forms of representation.

Keywords: Boredom; Desire; Drive; Subjectivities

Reflexões iniciais

O termo “tédio” vem sendo propagado de tantas formas e em tão diferentes situações que se torna difícil definir os seus significados, seja na própria conceituação da palavra em si, seja na expressão daquilo que encontramos em nossos consultórios.1

De acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (2008-2024), tédio significa: “Estado ou sensação vaga de desprazer e até de certa repugnância. Aborrecimento, desgosto, enfado, fastio, nojo”.

Ocorre que, na prática, as demandas que surgem na clínica não podem ser analisadas levando em consideração apenas essa definição visto que, como sabemos, as emoções não vêm dissociadas umas das outras, de modo que há certa complexidade no que envolve o tédio.

Assim, provocadas pela curiosidade e pela necessidade de compreensão e aprofundamento a respeito do tédio, reunimos aqui algumas ideias e questionamentos, com a finalidade de melhor entender o seu funcionamento, relacionando-o com a nossa prática psicanalítica e associando-o à teoria que nos direciona.

Sobre o tédio

Voltando à análise da palavra “tédio”, a definição de Aurélio Ferreira (2008) muito se aproxima da citada anteriormente, mas acrescenta as sensações de cansaço, fadiga e, mais que isso, de um espaço não ocupado denominado de vazio.

Esse sentimento de vazio pode ser o ponto de partida para a análise do tédio, mas sabemos que, dentro do conhecimento psicanalítico, é necessário estender as reflexões em direção a uma concepção um pouco mais ampla.

Ao que parece, a vida moderna tem provocado cada vez mais e em mais pessoas esse sentimento de vazio. Aliás, o tédio se tornou intrigante de tal forma que o novo filme da Disney e Pixar Divertidamente 2 (2024), apresenta o Tédio como um dos personagens principais.

Para melhor contextualizar, o filme Divertidamente (2015) retrata o funcionamento emocional da protagonista, uma criança em desenvolvimento, e apresenta de forma lúdica cinco emoções que se comunicam e controlam o funcionamento da personagem através de uma cabine de comando em sua psiquê. As emoções abordadas no filme são: alegria, tristeza, medo, raiva e nojo.

Além das cinco emoções, o novo filme Divertidamente 2 (2024) se propõe a apresentar novas emoções, visto que a protagonista atingiu a adolescência e se desenvolve emocionalmente ao se deparar com novas situações e desafios em sua vida.

É nesse contexto que o personagem Tédio é apresentado juntamente com a Ansiedade, a Nostalgia, a Inveja e a Vergonha. O Tédio é apresentado como desinteressado de tudo, não quer se envolver com as situações novas ao redor, permanecendo imerso e conectado inteiramente ao celular. Sob essa ótica, o Tédio, embora presente, libera pouca energia na resolução dos conflitos e se apresenta apático, distante e até quase imune aos acontecimentos, ou seja, empobrecido de investimento pulsional.

Essa nova emoção, portanto, destacada no roteiro da ficção, reforça o ponto de interesse aqui discutido, já que demonstra, de maneira lúdica, manifestações importantes que estão diretamente relacionadas à psicanálise.

A película tem, assim, o mérito de fazer pensar nas novas formas de subjetividade e nos faz refletir sobre o tipo de representações que as pessoas têm utilizado atualmente, dentro do seu funcionamento. Seriam elas os próprios sintomas ditos contemporâneos, a exemplo da síndrome de pânico, das somatizações diversas, faltas de simbolização e, mais claramente, as narrativas literais do esvaziamento subjetivo?

Podemos perceber diariamente uma nova maneira de suprir vazios internos e existenciais, a exemplo de uso compulsivo e desenfreado de recursos como internet e redes sociais, filtros que mudam aparência e eliminam imperfeições, consumo excessivo de drogas lícitas e ilícitas e preenchimento quase total do corpo com uso de piercing, tatuagens, além de procedimentos estéticos, como o botox (toxina botulínica).

Cabe, então, questionar se nesses exemplos teríamos novas formas de manifestação de subjetividade, pensando a seguinte problemática: seria o tédio uma resposta do corpo à mente ou da mente ao corpo em busca de uma satisfação sem fim?

A relação entre o tédio e a psicanálise

Reconhecendo que há enorme dificuldade em explanar o dinamismo e as diferentes configurações subjetivas frente às manifestações do funcionamento psíquico predominante na atualidade, aceitamos esse desafio, tentando realizar algumas ponderações sobre o tédio, tomando como ponto de partida os conceitos psicanalíticos de desejo e pulsão.

Podemos ponderar, nesse contexto, que o tédio pode vir a ser um movimento em que o sujeito se depara com a angústia da falta (sentimento de vazio), a necessidade de um preenchimento (que fala da relação bebê-mãe) e o medo ante a frustração de estar “solto” no mundo.

Garcia-Roza (2009, p. 54) traz alguns apontamentos feitos por Freud sobre o desejo ainda em sua origem, quando nos diz:

[...] ocorre, porém, que um recém-nascido não é capaz de executar a ação específica que põe fim à tensão [...]. Isso é particularmente notável no caso da excitação decorrente dos estímulos internos, como no caso da fome. A ação específica só pode ser realizada com o auxílio de outra pessoa (a mãe, por exemplo) que lhe fornece o alimento, suprimindo assim a tensão. É a eliminação da tensão interna causada por um estado de necessidade que dá lugar à experiência de satisfação. A partir desse momento, a experiência de satisfação fica associada à imagem do objeto que proporcionou a satisfação assim como a imagem do movimento que permitiu a descarga. Como decorrência dessa associação que é estabelecida quando se repete o estado de necessidade, surgirá imediatamente um impulso psíquico que procurará reinvestir a imagem mnemônica do objeto, reproduzindo a situação de satisfação original. [...] “um impulso desta espécie”, escreve Freud (ESB, vs. IV-V, p. 602), “é o que chamamos de desejo; o reaparecimento da percepção é a realização do desejo” (Grifos do autor).

O desejo, portanto, apresenta-se como uma atração do corpo a um objeto que, de alguma forma, supre uma necessidade física ou emocional do sujeito e surge de maneira inconsciente (Roudinesco; Plon, 2008, p. 146). Podemos defini-lo como: “a carga energética que se encontra na origem da atividade motora do organismo e do funcionamento psíquico inconsciente do homem” (Roudinesco; Plon, 2008, p. 628).

Já em relação à pulsão, Bergeret (2006) e Zimerman (1999), com base nos conceitos elaborados por Freud, afirmam em suas discussões que a pulsão pertence a um lugar de conceito-limite entre o psíquico e o somático. Ela funciona como um representante psíquico das excitações vindas do interior do corpo até o psiquismo, implicando, assim, a exigência de trabalho imposto ao psiquismo pela sua ligação com o corpo e apresentando os aspectos: (1) fonte; (2) força; (3) finalidade; e (4) objeto.

Explicando melhor: podemos entender que a fonte da pulsão está relacionada às excitações corporais derivadas da necessidade de sobrevivência. A força é conceituada como a quantidade de energia pulsional direcionada. Já a finalidade consiste na descarga da excitação a fim de retomar o equilíbrio psíquico (princípio da constância/homeostase). E, por fim, o objeto é o local onde é depositada a descarga de energia com o propósito de resolver a tensão psíquica (Zimerman, 1999).

Através das contribuições de Bergeret et al. (2006), entendemos que o conceito de princípio do prazer mostra que as pulsões buscam descarregar-se e satisfazer-se da forma mais imediata possível, o que pode levar o sujeito a situações que por vezes resultam em circunstâncias desagradáveis, devido à ausência de precaução e prudência, gerando frustrações, uma vez que uma satisfação não dura caso a realidade externa seja ignorada. Ainda segundo o autor, essa ideia reforça a necessidade do respeito aos limites do nosso organismo, devido à importância da manutenção do equilíbrio entre o princípio do prazer e princípio da realidade (Bergeret, 2006).

É importante trazer, ainda que de forma superficial, que os conceitos de princípio do prazer e princípio da realidade, apesar de descritos separadamente, são complementares e presentes em toda a vida do sujeito (Zimerman, 1999). Leite (2015) apresenta esses conceitos a partir das leituras de Freud (1920/1969), e Zimerman (1999) entende que o princípio do prazer se caracteriza pela energia que busca a satisfação independentemente das frustrações que possam acontecer, apontando um funcionamento pulsional do Id (funcionamento primário), enquanto o princípio da realidade estaria ligado ao funcionamento superegoico, manifestando-se através de adaptações ao meio social, respeitando, compreendendo e controlando a descarga pulsional.

Ao vincular os conceitos abordados sobre o tema, encontramos em GarciaRoza (2009) a ideia de que a noção de pulsão em Freud aparece como um desdobramento pelo conceito do desejo e procura articular psiquismo e corpo de uma maneira distinta, apoiando-se a noção de desejo à necessidade orgânica:

Pulsão, diz Freud, é “um conceito situado na fronteira entre o mental e o somático”; ou ainda, “é o representante psíquico dos estímulos que se originam dentro do organismo e alcançam a mente” (ESB, v. XIV, p. 142). No artigo O inconsciente, Freud afirma que uma pulsão nunca pode tornar-se objeto da consciência e que mesmo no inconsciente ela é sempre representada por uma ideia [Vorstellung] ou por um afeto [Affekt]. Ambos são os representantes psíquicos da pulsão [Psychischereprasentanz] (Garcia-Roza 2009, p. 116).

Destacando o tema deste trabalho, Minerbo (2009) aborda considerações interessantes sobre o tédio: explica a via e o desinvestimento pulsional, aponta o desamparo como uma das formas de fragilidade narcísica contemporânea e toma como exemplo um sujeito que consegue lidar com o vazio existencial e com o tédio de maneiras diversas.

[…] pela via do transbordamento pulsional (atuações), do desinvestimento pulsional (as pseudodepressões), e por meio de comportamentos compulsivos. Este último grupo pode ser dividido em dois: 1. Os que recorrem a substâncias psicoativas com o objetivo de minimizar este sofrimento. As substâncias psicoativas podem ser artificiais (produzidas pelo narcotráfico e/ou pela indústria farmacêutica). Ou podem ser substâncias psicoativas naturais (adrenalina e endorfina). Do ponto de vista metapsicológico, estamos no registro econômico: 2. Os que se engajam em comportamentos diversos que estão a serviço da construção da identidade. São as formas contemporâneas de “cuidados de si”. O sujeito toma emprestado da cultura elementos signos de identidade reificada e exteriorizada. Do ponto de vista metapsicológico, estamos no registro das representações (Minerbo, 2009, p. 4).

É importante adicionar o entendimento do termo “metapsicologia” que, utilizado por Freud em 1898, em correspondência a Fliess, está relacionado com o objetivo de abordar aquilo que está para além dos fenômenos conscientes que eram entendidos até aquele momento (Gomes, 2017).

Com essas considerações, temos, do ponto de vista metapsicológico, um registro econômico de investimento da pulsão, ou melhor, o quanto o sujeito investe ou desinveste em si. Reforçando o que foi dito anteriormente com relação às diferentes formas de superar fragilidades e suprir vazios internos e existenciais através de recursos, como tatuagens, piercings, uso de internet e de redes sociais, além de drogas lícitas e ilícitas, Braghini (2009, p. 9) complementa:

Em suma, o sujeito tedioso resulta naquele que tenta sustentar sua inocência na nostalgia de tempos passados, porque o tédio sempre advém como uma tristeza, como um fim do feitiço. Uma queda da coerência perdida, de um centro reitor do qual extrair uma autoridade que nos livre de nossa responsabilidade de órfãos. O tédio é um cansaço que vem de uma covardia própria do sujeito a respeito do Real. Não há dor no tédio, é, mais, uma tranquila tristeza.

Segundo as ideias apresentadas, o tédio se desenvolveria num espaço de falta, isto é, o sujeito busca no mundo externo formas de satisfação que, muitas vezes, culminam em episódios compulsivos e maníacos, baseados numa observação externa, sem que haja uma produção analítica que promova o entendimento e compreensão de si e de suas necessidades, como o bebê que sonha com o seio materno sem perceber-se diante dele (Braghini, 2009).

Entender a articulação entre o tédio e os conceitos psicanalíticos de desejo e pulsão é, pois, fundamental para a análise aqui proposta. A ausência do desejo se manifesta no sentimento de vazio, que se faz decorrente da insatisfação gerada pela falha dos estímulos pulsionais. E é aí que se evidencia o tédio.

Conclusão

Considerando as reflexões aqui apresentadas, acreditamos que só é possível entender o tédio quando o analisamos em conexão com os conceitos de desejo e pulsão, percebendo-o através das novas subjetividades e da forma como o sujeito, pela via de transbordamento pulsional, busca se satisfazer através de representações corporais que visam aliviar a tensão proveniente da sua própria pulsão. Perguntamo-nos: seria o tédio uma busca pelo desejo incompreendido? Ou um novo modo de sofrimento psíquico da atualidade?

É claro que o tédio sempre existiu, mas quando falamos em atualidade, queremos nos referir às novas variáveis que interferem na sensação de vazio provocada pelo tédio. Fato é que, cada vez mais, surgem na prática clínica demandas relacionadas com o tédio e suas consequências. Podemos perceber, então, a difícil tarefa psicanalítica na busca de compreender o sujeito frente às exigências externas das questões que se atualizam dia a dia como essas novas formas de representação.

Por outro lado, abre-se um leque de possibilidades para continuarmos nos aprofundando, estudando e questionando, sempre que nos depararmos com novos modos de subjetividade.

São estas reflexões que nos permitem relacionar aspectos muito relevantes na prática clínica, não apenas pela sua recorrência, mas principalmente pelas ligações que ocorrem no funcionamento psíquico do sujeito que busca acolhimento, autoconhecimento e diminuição do sofrimento através da psicanálise. ϕ

1Trabalho redigido a partir de mesa simultânea apresentada no XXV CONGRESSO DE PSICANÁLISE DO CÍRCULO BRASILEIRO DE PSICANÁLISE E XLI JORNADA DO CÍRCULO PSICANALÍTICO DE MINAS GERAIS - CLÍNICA Psicanalítica, Mais ainda, realizado pelo Círculo Psicanalítico de Minas Gerais, de 28 a 30 set. 2023, em Belo Horizonte (MG).

Referências

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Recebido: 20 de Agosto de 2024; Aceito: 07 de Outubro de 2024

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