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Revista Psicopedagogia
Print version ISSN 0103-8486
Rev. psicopedag. vol.29 no.88 São Paulo 2012
EDITORIAL
É com imenso prazer que a Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp) traz a público um novo número de sua revista, às vésperas da abertura do seu IX Congresso Internacional e, pela segunda vez, sob a presidência de Quézia Bombonatto e da atual vice-presidente, Luciana de Almeida.
Priorizando as mais recentes atualizações científicas, o Conselho Nacional da ABPp, em parceria com o CEPP/Psiquiatria/Unifesp, elegeu como tema do IX Congresso Brasileiro de Psicopedagogia - ABPp e do I Simpósio Internacional de Neurociências, Saúde Mental e Educação-CEPP "Diálogos entre Neurociências, Saúde Mental e Educação" que, no período de 5 a 8 de julho de 2012, congraçará as duas instituições. Nesta edição da Revista Psicopedagogia, para conhecimento de todos e registro histórico, trazemos um encarte com os Anais desse importante evento.
Valiosas contribuições de pesquisadores, estudiosos e profissionais integram a presente edição, com trabalhos de grande interesse e notória atualidade.
Abrimos este número com dois artigos Especiais. O primeiro deles, "Diagnóstico psicopedagógico: uma experiência vivida no espaço de formação do curso de Psicopedagogia", de autoria de Anete Maria Busin Fernandes, além de um importante registro de conhecimentos acumulados em sua trajetória profissional, é uma prova de que os cursos, assim como a própria Psicopedagogia, têm atravessado o tempo evoluindo, atualizando-se na medida em que as demandas e os conhecimentos se modificam, em todas as áreas.
Segue a este, o trabalho de Andréa Carla Machado e Suzelei Faria Bello, da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, "A prática em evidência", que nos contempla com interessante associação entre a prática e os conceitos sobre a linguagem e apresenta sugestões de ações que podem ser desenvolvidas tanto em sala de aula pelo professor, como pelo fonoaudiólogo ou psicopedagogo.
Abrindo a seção de Artigos Originais, observamos que a temática alfabetização não se esgota e, ao contrário, cada vez se torna mais enriquecida pela preocupação de trazer, além dos subsídios teóricos e os achados de pesquisas, sugestões de ordem da prática, que seus autores tecem ao longo do texto.
Assim acontece com o artigo de Bartira Silva, Thamires Luz e Renata Mousinho, "A eficácia das oficinas de estimulação em um modelo de resposta à intervenção" e também com o trabalho "Intervenção psicopedagógica com enfoque fonovisuoarticulatório em crianças de risco para dislexia", de Isabella Lencastre Heinemann e Cíntia Alves Salgado-Azoni.
Segue-se aos anteriores a pesquisa de Patrícia Martins de Freitas, Thiago da Silva Gusmão Cardoso e Gustavo Marcelino Siquara, "Desenvolvimento da consciência fonológica em crianças de 4 a 8 anos de idade: avaliação de habilidades de rima", em que os autores concluem que a capacidade de crianças em idade pré-escolar na detecção de aliteração e rima pode predizer o seu sucesso posterior na aprendizagem da leitura e da escrita.
"Parceria colaborativa entre fonoaudiólogo e professor: análise dos diários reflexivos" abre outra seção temática, com o relato de experiência das autoras Suzelei Faria Bello, Andrea Carla Machado e Maria Amélia Almeida a respeito da consultoria colaborativa, uma parceria entre uma professora que elabora diários reflexivos, e um especialista fonoaudiólogo que pode potencializar a ação da professora e envolver todo o contexto educacional de modo muito positivo.
Integra ainda esta edição, o trabalho de "Família e escola na compreensão dos significados do processo escolar", de Maria Luiza Puglisi Munhoz e Marli da Costa Ramos Scatralhe, que aborda o perfil de uma nova metodologia, que possibilita a aproximação dos dois sistemas interdependentes, família e escola, visando minimizar os conflitos existentes entre pais e professores.
Enviado por seus autores, Tatiana Pontrelli Mecca, Daniela Aguilera Moura Antonio e Elizeu Coutinho de Macedo, o artigo de revisão "Desenvolvimento da inteligência em pré-escolares: implicações para a aprendizagem" comprova, por meio de uma revisão dos principais aspectos relacionados, especificidades e desafios da avaliação cognitiva em pré-escolares, bem como de uma reflexão, que é possível realizar de intervenções precoces e eficazes.
"Recomendações psicopedagógicas para o trabalho da equipe educacional com escolares com síndrome de Williams" é o primeiro ponto de vista dessa edição, de autoria de Solange Freitas Branco de Lima, Maria Cristina Triguero Veloz Teixeira, Miriam Segin e Luiz Renato Rodrigues Carreiro. Segue-se a ele, o artigo "Ponto de vista sobre os sistemas educativos e a perspectiva de mudança paradigmática", de Francisca Francineide Cândido, e a "A interface do cotidiano escolar na perspectiva da educação inclusiva: possibilidades de intervenção psicopedagógica", de Fabiani Ortiz Portella.
A todos, desejamos boa leitura e bom Congresso!
Maria Irene Maluf
Editora