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Journal of Human Growth and Development
versión impresa ISSN 0104-1282versión On-line ISSN 2175-3598
Rev. bras. crescimento desenvolv. hum. v.16 n.2 São Paulo ago. 2006
EDITORIAL
Este número da Revista Brasileira de Crescimento Desenvolvimento Humano traz quatro artigos originários da Bahia. Tal fato se deve a vários motivos, entre eles, ao aumento de pesquisadores de excelente nível nesse estado. Os autores baianos vêem de diferentes instituições e formações, indicando esse crescimento ocorrer em áreas variadas: da Universidade Federal da Bahia, comparecem o Instituto de Saúde Coletiva, a Psicologia, a Enfermagem; da Universidade Católica do Salvador/UCSAL, o Mestrado em Família na Sociedade Contemporânea.
Nessa importante contribuição vinda da Bahia, devemos ressaltar igualmente o seu caráter interdisciplinar - na medida em que os artigos envolvem pesquisadores de várias áreas disciplinares - e de mediação entre teoria e prática, o que acaba por caracterizar uma perspectiva transdisciplinar. Assim, o artigo das psicólogas Ana Cecília Bastos, Anamélia Franco, Zilma Velame e Ana Emília Teixeira, todas com inserção na saúde pública, busca as relações com a prática da saúde; o de Hélio Brito, baseado em extensa prática, focaliza, como parte de sua dissertação de mestrado na UCSAL, a educação; buscando a relação teoria / prática com o direito, o estudo da docente da UCSAL, Juíza de Direito Isabel Lima e da assistente social na área jurídica, Kátia Almeida, em conjunto com as psicólogas Miriã Alcântara e Vânia Alves, doutorandas no ISC; e um trabalho decorrente da prática da enfermagem, de Juliana Freitas e Climene Camargo, discute o Método Canguru.
Um outro artigo vem de local mais longínguo - a Dinamarca. Seu principal interesse está no método, pouco utilizado ainda no Brasil, de tornar as crianças sujeito de sua própria história, permitindo a elas ter a palavra e contar como vivenciaram os estágios anteriores de sua vida. O tema central - o significado do tempo de desenvolvimento para as crianças - é igualmente instigante.
Do Estado de São Paulo, três contribuições, duas da área da psicologia: uma, da PUCSP, das Profas. Rosa Macedo, Ida Kublikowski e Cristiana Berthoud, enfatiza a relação entre atitudes parentais e desenvolvimento do adolescente; o outro, vindo de Bauru/ UNESP, de Dora Taques e Olga Rodrigues, propõe um modo de acompanhar o desenvolvimento do bebê. Ambos trabalhos igualmente se preocupam com a relação teoria / prática.
A terceira contribuição de São Paulo vem da Faculdade de Saúde Pública/ USP, sendo enfocado também nesse estudo pais e filhos, aí em relação ao tabagismo, por meio do caminho metodológico desenvolvido pelos autores, do "Sujeito Coletivo".
De modo muito oportuno devido aos artigos anteriormente apresentados, vem do estado de Santa Catarina (UFSC) uma discussão teórica sobre valores e crenças parentais que fornece um amplo pano de fundo para uma reflexão sobre os temas envolvendo pais e filhos.
Para finalizar, apontamos uma "coincidência" que resulta de uma "profecia auto-realizadora": a da origem da criação do CDH, há 20 anos, como um grupo que procurava, e procura, a relação teoria/ prática; grupo que, ao assumir, há 16 anos, uma publicação científica, manteve esse compromisso inicial e que, assim, em plena adolescência editorial", neste número abre suas páginas para a temática do adolescente e para trabalhos que associam a prática à teoria.
Elaine Pedreira Rabinovich
Editora Associada