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Journal of Human Growth and Development
Print version ISSN 0104-1282On-line version ISSN 2175-3598
Rev. bras. crescimento desenvolv. hum. vol.16 no.3 São Paulo Dec. 2006
PESQUISA ORIGINAL RESEARCH ORIGINAL
O lugar da família na rede social do lazer após a aposentadoria
The place of the family in the social network of leisure after retirement
Raquel Pedreira da Cruz AzevedoII; Ana Maria Almeida CarvalhoI
IAna Maria Almeida Carvalho, docente do Mestrado em Família na Sociedade Contemporânea da UCSAL, doutora em Psicologia Experimental pela USP, professora associada (aposentada) do IPUSP, amacarva@uol.com.br
IIRaquel Pedreira da Cruz Azevedo, mestre em Família na Sociedade Contemporânea da UCSAL, Socióloga e Gerontóloga Social, Direção e Consultoria em Grupos de Convivência para idosos aposentados, pedreiracruz@terra.com.br
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo identificar o lugar da família nas redes sociais do lazer tecidas na fase da aposentadoria. Os dados foram coletados por meio de entrevista em profundidade, aplicada em seis participantes aposentados de ambos os sexos, casados, com previdência privada complementar e filiados a Associações de Aposentados. Os resultados da análise dos dados sugerem que as redes de relações do lazer nesta fase estão mais centralizadas no círculo familiar ampliado (com filhos adultos, genros, noras e netos), favorecendo as relações intergeracionais. Indicam ainda haver uma redução na expansão da rede de relações extra-familiares, ocorrendo uma maior seletividade em relação a novas amizades, com uma consolidação das antigas amizades, além do surgimento de uma solidariedade parental devido à disponibilidade de tempo livre para servir.
Palavras-chave: Lazer. Aposentadoria. Família.
ABSTRACT
This paper aims at the identification of the place of the family in the social networks of leisure relationships constructed in the phase of retirement. In-depth interviews were conducted with six retired participants of both genders, married, receiving private complementary retirement wages and affiliated with Retired People Associations. The results suggest that the social networks of leisure in this phase focus on the extended family group (adult sons and daughters, sons- and daughters-in-law and grandchildren), favoring intergenerational relationships. They also indicate a reduction in the expansion of extra-family relationships, with increased selectivity towards new friendships and consolidation of old friendships, and the emergence of parental solidarity due to greater availability of time to care for others.
Key words: Leisure. Retirement. Family.
INTRODUÇÃO
O lazer ocupa espaço significativo na vida em família, principalmente nas redes de relações que se estabelecem. De acordo com Iwanowicz1, as pesquisas sobre lazer demonstram a sua contribuição significativa ao longo da vida, não por simples participação nas atividades de lazer, mas porque "o lazer fornece um foro para as interações importantes e significativas na formação de auto-conceito e para o sentido de bem estar" (p.107). Para Neri2 (p.108), uma boa qualidade de vida na velhice não é atributo do indivíduo nem responsabilidade individual, mas um produto da interação entre pessoas em mudança numa sociedade em mudança, sendo a família o ponto principal. Assim, procura-se aqui analisar o lazer na perspectiva do ciclo de vida para situar o aposentado e as relações familiares que se processam com o lazer.
Pesquisas empreendidas por Iwanowicz1 (p.117) sobre as relações familiares de lazer na população brasileira indicam que as atividades no meio familiar mudam conforme a fase da vida; que as escolhas das situações de lazer ocorrem em função dos objetivos que a família busca numa determinada fase, e que os conteúdos das situações de lazer refletem as metas que caracterizam as fases da vida como, por exemplo: conhecer e explorar o mundo na infância, que é considerada a fase da descoberta; ensinar os filhos na fase adulta, a qual consiste na formação do próprio núcleo familiar; ensinar e brincar com os netos, na fase ampliada pelo casamento dos filhos e nascimento dos netos. A mesma autora acrescenta que "os conteúdos das situações de lazer vividas sozinho ou com membros da família dependem da fase de vida e refletem as tendências culturais"1 (p.117).
Como resultado de sua pesquisa, Iwanowicz1 (p.120) ressalta que na infância as pessoas declaram ter participado mais frequentemente das atividades de lazer praticadas em conjunto com familiar (com pai, mãe, irmãos) e com escolha mais freqüente das situações de lazer social. Já na fase da família formada, as situações de lazer mais freqüentes são com os filhos e em segundo lugar com parceiros/as, apontando-se como atividades de lazer brincadeira, passeio e conversa. A fase da família ampliada concentra-se na relação entre o casal. As situações de lazer escolhidas para o casal apontam a TV, o vídeo, a conversa e o passeio; e para os sem companhia acrescentam-se os trabalhos manuais.
Parker3 assegura que "tem-se verificado uma mudança, em lugar de uma cessação de envolvimento nas relações após a aposentadoria" (p.74). Este mesmo autor observa que o padrão de lazer dos aposentados difere, em vários aspectos marcantes, do padrão dos mais jovens. A pessoa que envelhece pode afastar-se mais acentuadamente de algum tipo de lazer e de pessoas, enquanto permanece próximo a outros. "Sua retração talvez venha acompanhada de maior preocupação consigo próprio e certas instituições na sociedade podem tornar essa retração mais fácil para ela, no caso a família"3 (p.36).
A literatura sobre apoio social e rede de relações sociais na velhice propõe que "a manutenção de relações sociais com o cônjuge, com os familiares e com os amigos da mesma geração favorece o bem-estar psicológico e social dos idosos"2 (p.110). O círculo familiar do aposentado representa um local privilegiado do seu lazer, onde os parentes se encontram para uma convivência festiva. Inclusive as novas amizades que freqüentam a casa são trazidas pelos filhos, tais como parentes dos genros e das noras. É um momento, como assegura Cerveny4, em que pais e filhos, ambos adultos, podem compartilhar como iguais e isso pode configurar uma grande e intensa transformação. Tal idéia encontra apoio em Dumazedier5.
Retomando essas questões, foi desenvolvida, entre 2004 e 2005, uma pesquisa com um grupo de aposentados de classe média casados, de ambos os sexos, para investigar hábitos de lazer e as redes de relações do lazer na família.
A transformação da aposentadoria em lazer no cotidiano da família
Para investigar as redes de relações que os aposentados teceram e tecem na prática do lazer com o objetivo de situar em que medida se processa a relação do lazer no cotidiano da família após a aposentadoria, ou seja, identificar o lugar da família na rede social do lazer na aposentadoria, buscou-se, através de associações de aposentados, selecionar sujeitos de pesquisa dentre os aposentados com Previdência Privada Complementar, com o objetivo de focalizar uma amostra na qual possíveis limitações econômicas às atividades de lazer estivessem minimizadas.
Participaram da pesquisa 06 aposentados, sendo 03 do sexo masculino e 03 do sexo feminino. O instrumento de pesquisa utilizado foi a entrevista em profundidade. Os entrevistados foram identificados simbolicamente para efeito de caracterização e análise por nomes alusivos a imagens que, no decorrer da entrevista, trouxeram à lembrança algo marcante em suas histórias de vida, relacionado com o lazer e o local de nascimento, conforme identificação dos componentes na tabela 1.
Neste trabalho, definimos as fases do ciclo de vida dos sujeitos pesquisados como: fase da infância e adolescência; fase adulta antes e depois do casamento, fase da família com filhos pequenos; e fase pós aposentadoria que é entendida como fase da família ampliada pelos casamentos dos filhos, nascimentos dos netos e entradas de genros e noras.
O relato dos personagens entrevistados pretendeu mostrar singularidades, cada história falando por si. Procurou-se buscar na trajetória de vida dos aposentados quais as redes de relações no processo de vinculação ao longo da vida no tocante às práticas das atividades de lazer (com quem e onde) a fim de identificar o lugar da família nessas redes e particularmente na fase da aposentadoria.
A tabela 2 mostra as redes de relações sociais no lazer ao longo da vida. Numa leitura comparativa entre as fases, nota-se que houve mudanças na rede de relações dos seis entrevistados, inclusive com diferenças de gênero. Há uma sugestão de diferenças entre vinculações de homens e mulheres, indicadas ao longo do ciclo de vida.
Na fase da infância/adolescência e adulta pré-casamento (tabela 2) o lazer era praticado com o grupo familiar extenso: irmãos, primos, primas, e a rede externa girava ao redor dos novos grupos sociais, a vizinhança e a escola (vizinhos e colegas de escola). Na fase adulta pré-casamento, a relação é acrescida do grupo do trabalho; passa a ser com colegas de trabalho, amigos, vizinhos, irmãos/irmãs, primos. Percebe-se que a relação estreita com a parentela, nessa fase, varia de acordo com o sexo dos entrevistados. As mulheres relataram mais relações com parentes, como irmãs e tias; já o sexo masculino pratica o lazer mais com pessoas externas ao círculo familiar. No caso da relação com irmãos, dois dos entrevistados do sexo masculino declararam que os irmãos eram mais velhos e um deles só tinha irmãs. Esses resultados vão ao encontro do relatado por Parker3.
Na fase adulta pós casamento a rede de relações é estabelecida com esposa, marido, filhos e amigos do trabalho. Esta fase e a anterior se caracterizam pela ampliação das redes de relações, pela diversidade de atividades tendo como conseqüência a agregação de novas amizades e pela relação com grupos etários diversificados à medida que praticam também novas atividades
Na pós aposentadoria ganha destaque a rede de relações formada com o circulo familiar e as velhas amizades. As novas amizades são apenas circunstanciais, originadas em grupos da mesma geração, motivadas por viagens e, no caso de três entrevistados - o Seresteiro de Maruim, a Esportista cachoeirana e a Normalista soteropolitana -, pela participação nas atividades de lazer da Associação de Aposentados com ex-colegas de trabalho.
As teias da rede de relações e da situação de lazer dos entrevistados estão de acordo com os dados da pesquisa empreendida por Iwanowicz1 com famílias brasileiras, quanto às fases da vida e às escolhas das atividades de lazer.
Contrariando a imagem de que a aposentadoria causa inadaptabilidade, os sujeitos pesquisados a definem como o melhor momento da vida deles. A aposentadoria passa a ser um período que pode ser dedicado a tarefas/atividades prazerosas, tais como: cuidar da saúde praticando atividades físicas; cuidar da casa sempre abandonada pela falta de tempo ou delegada a terceiros; ver netos crescerem; viajar com o cônjuge; apoiar os filhos; e, resumindo na fala de um dos entrevistados, "ficar disponível aos meus filhos". Desse modo, os pesquisados entendem a aposentadoria como um momento de recompensa e liberdade que se torna ainda mais significativo pela disponibilidade de tempo que favorece a convivência familiar.
Dentro das atividades familiares cumpre distinguir as obrigações e os lazeres e a interferência de ambos. Nota-se que os sujeitos da pesquisa mostram que as relações entre pais e filhos nem sempre são marcadas pela obrigação mútua, sendo que os contatos das pessoas aposentadas com os filhos são freqüentes e representam um aspecto fundamental das relações entre as gerações, dependendo mais do lazer social no quadro da família do que das obrigações familiares, fato que está de acordo com pesquisas de Dumazedier6.
Vale ressaltar que havia nas fases antes do casamento dos entrevistados uma diferença de liberdade na prática de diversos tipos de lazeres entre homens e mulheres. Após a aposentadoria, essa diferença é em parte suprimida, tornando-se semelhantes ou em sentido inverso. Agora quem tem mais lazeres diversificados são as mulheres, na medida em que a mulher aumenta o seu raio de ação na prática das diversas atividades de lazer e na agregação de novas amizades.
A figura 1 sintetiza a trajetória da linha da vida dos pesquisados, indicando a diferenciação na rede social do lazer entre os períodos da pré e da pós aposentadoria. Constata-se nos discursos dos entrevistados que o período da pré aposentadoria é pleno de possibilidades, aberto para a intensidade das relações sociais internas e externas à família, tanto em espaços privados quanto públicos. Estas atividades e relações definem a ocupação dos espaços na rua e na casa, por serem "as atividades que demarcam o tempo ou ajudam a construí-lo, provendo uma base para a noção de duração diferenciada e de passagem, e que são atividades que ocorrem sempre em espaços distintos"7 (p.34). Na pós aposentadoria, volta-se para o círculo familiar, "a casa", que se distingue como espaço de calma, repouso, recuperação e hospitalidade, enfim de tudo aquilo que define a nossa idéia de "calor humano". A rua é um espaço definido ao inverso e que está sempre repleto de fluidez e movimento, como assegura Da Matta7 (p.36). Assim, o grupo familiar desempenha muito mais um papel, senão de refúgio, pelo menos de espaço caloroso onde os membros da família dispersa se encontram com prazer, periodicamente, na solidariedade das gerações, notadamente quando das festas ou férias5 (p.142).
Nesta trama de relacionamento familiar com filhos, noras, genros, netos e esposa, o aposentado idoso tem a oportunidade de estabelecer contatos intergeracionais, ao passo que em outros grupos/espaços os contatos, especialmente os extra-familiares, são na maioria das vezes com a mesma geração.
Os resultados da análise acerca da rede social do lazer dos entrevistados apontam para o lazer, na fase da aposentadoria, estar mais centralizado no círculo familiar, havendo uma retração no que se refere a interesses por novas atividades de lazer (lazeres novos). Em conseqüência, não ocorre aumento de novas amizades externas à família. Acontece como que uma seletividade configurada pela redução na expansão da rede de relações externas. Neste particular, observa-se claramente o lugar da família na rede social do lazer após a aposentadoria, quando o lazer se encontra concentrado na trama de relacionamento com a família ampliada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo desta pesquisa foi tentar contribuir para a compreensão do lazer na rede de relações na aposentadoria, identificando nesta rede o lugar da família e o favorecimento do estreitamento das relações familiares por meio dessa prática. Isso resulta na satisfação quanto ao estado de aposentado, uma vez que este percebe estar "colhendo os frutos" de seu empreendimento e quão gratificado se sente, com os filhos criados e podendo construir um modo de cuidados compartilhado entre iguais.
Ao analisar as relações sociais tecidas nos espaços públicos e privados pelos aposentados em situação de lazer, pretendeu-se desvendar os elos entre o grupo familiar na prática das atividades de lazer. O objetivo de preencher o tempo livre leva os aposentados a se agruparem em torno da família ampliada, tecendo laços, a partir do lazer, com o grupo familiar intergeracional, localizado num espaço demarcado por fronteiras bem nítidas. Pautados em critérios de pertencimento e expressos a partir de uma convivência cotidiana, os aposentados constroem um sistema de seleção nas suas relações de amizades.
Os aposentados pesquisados percebem e vivem a aposentadoria de uma forma prazerosa, por "estarem liberados" das obrigações profissionais rotineiras, dos horários, o que lhes possibilita lançar-se em novas atividades, investir mais no relacionamento familiar e levar um estilo de vida mais relaxado e com autonomia. A tarefa de ser avô cuidador agora é negociada com os filhos, em vista das suas atividades de lazer.
Os resultados da análise também sugerem haver uma redução na expansão da rede social do lazer e aumento de seletividade quanto a novas relações. Há uma retração para novos interesses em lazeres. Em conseqüência, o lazer extra familiar diminui, ocasionando redução das amizades externas, exceto no caso de amigos de longa data. As novas relações de amizades surgem apenas nos grupos de lazer formados para a Terceira Idade, no caso específico dos sujeitos pesquisados que pertencem a Associação de Aposentados, promotora desses eventos.
Observou-se que os aposentados participantes desses programas expressam entusiasmo por ter a oportunidade de fazer novas amizades. Entretanto, as pessoas não se reúnem com aqueles que escolheram por algum tipo de afinidade, mas com os que lhe são apresentados para conviver. Este é o modelo típico dos grupos de iniciativa externa à família. Contudo parece existir, paralelamente, uma resistência cautelosa dos idosos, principalmente os de camada média, às novas amizades feitas no espaço semipúblico dos grupos e, principalmente, a estendê-lo ao cotidiano privado. Apenas alguns aposentados encontram regularmente esses amigos fora das atividades costumeiras do grupo. As associações, por força da ação de reunir pessoas que, em sua maioria, não se conheciam antes, apesar de serem colegas das mesmas empresas, tornam-se verdadeiros negociadores ou mediadores desta relação social, conforme nos indicam Motta8 e Peixoto9.
Para os aposentados, o tempo liberado pela aposentadoria e o crescimento da expectativa de vida criaram condições propícias ao desenvolvimento de autonomia centrada em práticas de lazer. Assistimos a uma invenção das novas solidariedades parentais, mais limitadas, mais voluntárias, mais negociadas e talvez mais profundas do que em momentos históricos anteriores, quando da origem da aposentadoria, onde a preocupação do filho era a subsistência dos pais idosos. Neste século, a velhice neste segmento social não é mais assumida pela família, mas pelos sistemas de aposentadoria. Assim, os momentos de convivência familiar podem adquirir novos significados.
Incluindo o lazer nas relações familiares, o aposentado, com sua experiência , sabedoria e sua maior riqueza, que é ter tempo livre, pode colaborar na integração dos seus familiares através da prática desinteressada do lazer. O lar do aposentado e de sua família pode tornar-se um centro de animação cuja missão principal é a alegria de viver juntos, assegurando um estilo de vida com dignidade, valorizando e identificando nas redes de relações do lazer na família a principal razão da aposentadoria bem sucedida que dizem experimentar.
Analisar o lazer e a família na aposentadoria é pensar sobre o conjunto de possibilidades do aposentado servir como suporte, como elo de união nas relações familiares e, ao mesmo tempo, ter a oportunidade de interagir com as gerações mais jovens e de sentir que essa experiência de aposentado pode ser um momento de satisfação e realização pessoal, de constatação daquilo que construiu ao longo da vida, e assim apontar esperança para essa nova fase da vida.
REFERÊNCIAS
1. Iwanowicz JB. O lazer do idoso e o desenvolvimento prossocial. In: Bruhuns HT, organizador. Temas sobre o lazer. Campinas: Autores Associados; 2000. p. 101-129. [ Links ]
2. Neri AL. Qualidade de vida e idade madura. São Paulo: Papirus; 2001. [ Links ]
3. Parker S. A sociologia do lazer. Rio de Janeiro: Zahar; 1978. [ Links ]
4. Cerveny CMdO. Visitando a família ao longo do ciclo vital. São Paulo: Casa do Psicólogo; 2002. [ Links ]
5. Dumazedier J. A revolução cultural do tempo livre. São Paulo: Studio Nobel; 1994. [ Links ]
6. Dumazedier J. Sociologia empírica do lazer. São Paulo: Perspectiva; 1979. [ Links ]
7. Da Matta R. A casa e a rua. Rio de Janeiro: Rocco; 1997. [ Links ]
8. Motta AB. Sociabilidades possíveis: idoso e tempo geracional. In: Peixoto CE, organizador. Família e envelhecimento. Rio de Janeiro: Editora FGV; 2004. p. 109-44. [ Links ]
9. Peixoto CE. Envelhecimento e imagem: as fronteiras entre Paris e Rio de Janeiro. São Paulo: Annablume; 2000. [ Links ]
Recebido em: 13/07/2006
Modificado em: 13/08/2006
Aprovado em: 18/09/2006