Neste número me despeço da editoria-chefe da Revista Avaliação Psicológica. Parece que o tempo foi pouco, a saber, um ano e meio, mas me possibilitou a chance de experienciar por completo todos os possíveis papéis da publicação e produção científica. Digo isso, pois, já atuei como autora, parecerista, assistente editorial na secretaria, editora associada e, por fim, editora-chefe. Este último cargo de imensa responsabilidade, tendo em vista todos os percalços que gerou o fechamento temporário do portal Pepsic, com muitos atrasos na tramitação dos artigos. Ainda assim, saio com a sensação de dever cumprido, pois executei meu trabalho com toda a responsabilidade adquirida nos anos em que pertencia à revista. (Retirar os espaços entre parágrafos)

Agradeço toda a equipe que trabalhou (bastante) e ainda trabalha comigo no fechamento dos últimos números em que estou no comando. E aqui gostaria de nomeá-los, como editores/as associados/as, Adriana Satico Ferraz – Centro Universitário de Brasília; Ariela Raissa Lima Costa – Universidade São Francisco; Bruno Bonfá Araújo – University of Western Ontario; Felipe Valentini – Universidade São Francisco; Nelson Hauck Filho – Universidade São Francisco; Sonia Regina Pasian – Universidade de São Paulo e Vithor Franco – Universidade São Francisco. E o apoio editorial, Letícia da Silva de Souza – Mestre pela Universidade São Francisco, Luana de Sousa Guimarães – graduanda na Universidade Federal da Bahia, Mirelle Christina Pinheiro – Mestre pela Universidade de São Paulo, Nathália Bonugli Caurin – doutoranda na Universidade São Francisco e Rafael Moreton Alves da Rocha – doutorando na Universidade São Francisco.

Contudo, apresento o número 1 do ano de 2024 da revista, último sob a minha responsabilidade. Com o objetivo de avaliar a qualidade psicométrica de três instrumentos, sendo eles, o Questionário de Percepções Acadêmicas – versão expectativas, o Questionário de Adaptação ao Ensino Superior e a Escala de Envolvimento Acadêmico, analisando os construtos de expectativa, adaptação e envolvimento acadêmicos de estudantes do 1° ano da educação superior brasileira, foi o primeiro artigo de autoria de Rebeca Vinagre Farias, do Instituto Federal da Paraíba, Valdiney Veloso Gouveia, da Universidade Federal da Paraíba e Leandro da Silva Almeida, da Universidade do Minho. O segundo artigo tratou de investigar os estímulos de seis testes de leitura brasileiros comercializados com vistas a identificar estímulos sensíveis para a identificação de sete subtipos de dislexia, os autores são Vinícius Figueiredo de Oliveira, Jéssica Vial Martins e Júlia Beatriz Lopes-Silva, da Universidade Federal de Minas Gerais.

Em seguida, o artigo de Cybelle Bezerra Sousa Florêncio, Edimeire Pastori de Magalhães Tavernard, Fernando Augusto Ramos Pontes e Simone Souza da Costa Silva da Universidade Federal do Pará, apresentam uma revisão sistemática que objetivou descrever os instrumentos utilizados em pesquisas para medir ou qualificar as expectativas de futuro em populações de adolescentes. A Heloísa Gonçalves Ferreira, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, é autora do artigo que objetivou refinar a escala OPPES-BR para desenvolver versão mais curta com evidências de validade interna, por meio da condução de análises fatoriais confirmatórias e análise fatorial confirmatória multigrupo por sexo. No próximo artigo, as autoras Solange Muglia Wechsler da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Patricia Waltz Schelini, da Universidade Federal de São Carlos, Helena Rinaldi Rosa, da Universidade de São Paulo, Angela Mágda Rodrigues Virgolim, da Universidade de Brasília, Rosangela Kátia Sanches Mazzorana Ribeiro, da Universidade Federal do Mato Grosso, Maria Celia Bruno Mundim, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas; analisaram se o DFH ainda possui qualidades psicométricas nos tempos atuais pelo sistema de correção de Wechsler, e se existem ganhos no DFH após um período de 15 anos, demonstrando o efeito Flynn.

Teve por objetivo realizar a análise dos itens de um instrumento denominado Marcadores de Resiliência Infantil, artigo dos seguintes autores, Karina da Silva Oliveira, da Universidade São Francisco; Tatiana de Cassia Nakano, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas; e Evandro Morais Peixoto, da Universidade São Francisco. Em seguida, os autores Fernanda Monteiro Böer, da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Estado de Mato Grosso; Rosângela Kátia Sanches Mazzorana Ribeiro, da Universidade Federal do Mato Grosso; Rauni Jandé Roama Alves, da Universidade Federal de Rondonópolis; e Michelle Morelo Pereira, da Universidade do Estado de Minas Gerais; avaliaram o estado emocional de crianças filhas de pais divorciados expostas a diferentes índices de conflito interparental. As autoras Jucelaine Bier Di Domenico Grazziotin e Silvana Alba Scortegagna, da Universidade de Passo Fundo; reuniram evidências empíricas sobre as propriedades psicométricas, estimativas de precisão e evidências de validade, do teste de Zulliger no Sistema Compreensivo (ZSC), empregado em investigações de adultos.

O estudo de Ingridd Raphaelle Rolim Gomes, Sheyla C. S. Fernandes, Maria Lúcia Vicente da Silva, da Universidade Federal de Alagoas; e Pedro Afonso Cortez, da Universidade Federal de Uberlândia; objetivou desenvolver um instrumento para analisar atitudes de mulheres acerca da permanência feminina em relacionamentos abusivos, assim como avaliar suas propriedades psicométricas. Com o objetivo de traduzir e validar a Escala de Atitudes em Relação a Homens e Mulheres Trans para a população portuguesa foi a pesquisa realizada por Raquel Guimarães, Sara Dionísio e Joana Arantes, da Universidade do Minho.

Finalizando os artigos do número 1 de 2024, temos o artigo apresentado pelos seguintes autores Marli Appel da Silva, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; Guilherme Welter Wendt, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná; e Irani Iracema de Lima Argimon, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; cujo objetivo foi comparar diferentes testes estatísticos mediante o aumento amostral em amostras que violem os pressupostos da normalidade na Modelagem de Equações Estruturais. E o último, com autoria de Renato Jesus da Silva, da Academia de Polícia Civil do Estado de Santa Catarina e Carlos Henrique Sancineto da Silva Nunes, da Universidade Federal de Santa Catarina; com o objetivo de construir um instrumento para classificar a violência familiar contra crianças e adolescentes, bem como contribuir com a construção de um sistema de classificação inédito no Brasil.

Por fim, agradeço a todos que colaboraram para que este número pudesse ser publicado e espero que aproveitem ao máximo.