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Revista da SPAGESP
versão impressa ISSN 1677-2970
Rev. SPAGESP vol.17 no.1 Ribeirão Preto 2016
ARTIGOS
Influência das composições familiares monoparentais no desenvolvimento da criança: revisão de literatura
Influence of single-parent families on child development: literature review
Influencia de las composiciones de la familia monoparental en el desarrollo del niño: revisión de la literatura
Sheila Caroline Hnediuk de Melo1; Angela Helena Marin2
Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo-RS, Brasil
RESUMO
O objetivo do estudo foi realizar uma revisão da literatura para identificar a influência da composição familiar monoparental sobre o desenvolvimento infantil, considerando as bases de dados LILACS, PsyINFO, SciELO e BVS e o período de janeiro de 2010 a abril de 2015. Nos seis artigos selecionados identificou-se o ano da publicação, o país de origem e o foco do estudo, bem como suas características metodológicas e principais resultados encontrados. Os resultados apontam para o aumento do risco para o desenvolvimento de transtornos psíquicos, desenvolvimento de problemas comportamentais e de aprendizagem e destacam a importância de intervenções multidisciplinares junto às famílias, principalmente nos âmbitos social e psicológico, que visem a auxiliar seus membros no desempenho dos seus papéis e funções.
Palavras-chave: composição familiar; família monoparental; desenvolvimento infantil.
ABSTRACT
The aim of the study was to conduct a literature review to identify the influence of single-parent families on child development. Consulted databases were LILACS, PsycINFO, SciELO and BVS on the period of January 2010 to April 2015. In the six selected articles we identified the year of publication, country of origin and the focus of the study, as well as its methodological features and main findings. Results indicate an increased risk of developing psychological disorders, development of behavioral and learning problems and highlight the importance of multidisciplinary interventions with families, especially in social and psychological spheres, aiming to assist its members in the performance of their roles and functions.
Keywords: family composition; single-parent family; child development.
RESUMEN
El objetivo de este estudio fue revisar la literatura para identificar la influencia de la composición familiar monoparental en el desarrollo infantil, teniendo en cuenta las bases de datos LILACS, PsycINFO, SciELO y BVS y el período comprendido entre enero de 2010 y abril de 2015. Los seis artículos seleccionados fueron identificados por su año de publicación, país de origen y el foco del estudio, así como sus características metodológicas y conclusiones principales. Los resultados indican un mayor riesgo de desarrollar trastornos psicológicos, desarrollo de problemas de conducta y aprendizaje y destacan la importancia de las intervenciones multidisciplinares en las familias, sobre todo en la esfera social y psicológica, que busquen auxiliar a sus miembros en el desarrollo de sus roles y funciones.
Palabras-claves: composición familiar; familia monoparental; desarrollo infantil.
A família é considerada um dos principais agentes de socialização infantil (Dessen & Braz, 2005). Contudo, tal organização tem sofrido significativas modificações através da história devido a diversas alterações pelas quais a sociedade ocidental tem passado. O efeito de novos valores, crenças e práticas sociais refletem em transformação no estilo de vida familiar em função do crescente número de mulheres que trabalham fora de casa, maior incidência de pessoas vivendo sozinhas, uniões livres e menor número de filhos (Dias, 2011). Também ocorreu um aumento expressivo de divórcios, ocasionando a necessidade de reorganizações familiares como apenas um dos pais ter a guarda dos filhos, precisar contar com o auxílio de avós e tios no cuidado dos netos/sobrinhos e conviver com conflitos entre filhos e novos membros de uma família reconstituída (Dessen, 2010; Grzybowski, 2002; Wirth, 2013).
Nesse sentido, a consanguinidade não é mais condição necessária para a consolidação da família e cedeu espaço para o afeto e o comprometimento familiar (Wirth, 2013). Dessa forma, a família pós-moderna caracteriza-se por uma diversidade de outros arranjos como as famílias monoparentais maternas ou paternas, as famílias reconstituídas, os casais sem filhos, entre outras, que consolidam profundas mudanças na organização interna desses sistemas (Dessen, 2010; Dias, 2011; Grzybowski, 2002; Oliveira, Siqueira, Dell'Aglio, & Lopes, 2008; Wirth, 2013).
Dentre as diversas composições familiares com as quais se convive atualmente destaca-se a família monoparental ou também chamada de uniparental que, segundo o Censo Demográfico (IBGE, 2014) está entre as três mais comuns na sociedade brasileira. Portanto, é relevante revisar as pesquisas realizadas sobre as famílias monoparentais com o intuito de contribuir para uma maior compreensão dos possíveis obstáculos que essa composição familiar enfrenta em relação ao desenvolvimento infantil (Medeiros, Mishima-Gomes, Silva, & Barbieri, 2013).
A família monoparental consiste em um núcleo familiar constituído por uma mãe ou um pai que vive com filhos dependentes, sem a presença do outro genitor ou de alguém que o substitua (Marin & Piccinini, 2009). É necessário ressaltar que a constituição dessas famílias pode ter origem na separação ou no divórcio e na adoção ou ausência de um dos genitores por abandono (Trost, 1980) ou por opção (Szapiro & Féres-Carneiro, 2002).
De acordo com Wall (2003), a família monoparental, quando representada por mães que vivem sozinhas com seus filhos, denota um ambiente familiar mais vulnerável, quer no plano econômico ou do ponto de vista dos cuidados relativos às crianças. Estas famílias parecem possuir mais dificuldades em exercer seus papéis parentais, quando comparadas com as famílias cujos dois genitores estão presentes devido à baixa renda e os altos índices de estresse, demandando a necessidade de maior apoio social (Marin & Piccinini, 2009). Tais dificuldades podem acarretar uma menor participação da mãe na vida dos filhos, podendo ocasionar dificuldades escolares e comportamentos externalizantes que refletem na vida social da criança e no relacionamento com professores e colegas (Gonçalves, 2013; Rodrigues & Teixeira, 2011).
Já quando os pais chefiam as famílias, embora seja uma composição menos frequente, tendem a desenvolver um bom vínculo com os filhos, assumindo tarefas agregadas pela sociedade à figura materna como o cuidado, a educação e o afeto para com a criança, instituindo, assim, condições para que estas tenham um adequado desenvolvimento (Sutter & Bucher-Maluschke, 2008). Porém, a busca pela estabilidade financeira pode comprometer o desempenho das funções paternas, uma vez que reduz o tempo para interagir com a criança (Ribeiro, Silva, & Cezar-Vaz, 2011).
Já as famílias monoparentais que têm origem na separação ou no divórcio apresentam algumas especificidades. Os resultados apontados em um estudo realizado por Cifuentes e Milicic (2012) sugeriram que a separação dos pais resulta em crise para a criança. Este rompimento influencia diretamente seu desenvolvimento socioemocional, ocasionando mudanças de humor que podem ser observadas no âmbito escolar e social, com a manifestação de dificuldades de adaptação e empobrecimento das relações sociais.
Na revisão de literatura realizada por Raposo et al. (2010), concluiu-se que as crianças de famílias divorciadas estavam mais predispostas a desenvolverem dificuldades desenvolvimentais transitórias do que crianças de famílias nucleares. Nesse sentido, a adequação da criança ao divórcio estaria relacionada à qualidade da coparentalidade, aos aspectos socioeconômicos da família, à resolução dos conflitos e ao ajustamento psicológico dos pais. Nessa mesma direção, Filipini (2009) afirmou que a adaptação das crianças ao divórcio estaria atrelada a qualidade da relação com os pais, aos acontecimentos estressantes presentes no âmbito familiar, às dificuldades socioeconômicas e ao grau de conflito entre os pais após a separação.
Como se pode observar, algumas características das famílias monoparentais continuam a ser consideradas relevantes para o desenvolvimento infantil e revisar os estudos atuais sobre o tema se faz necessário no sentido de mapear o conhecimento produzido sobre o tema e contribuir para desconstrução de equívocos ou eventuais preconceitos. Assim, o presente artigo teve como objetivo realizar uma revisão da literatura para identificar quais as influências do tipo de composição familiar, em especial das famílias monoparentais, sobre o desenvolvimento da criança.
MÉTODO
Foi realizada uma revisão sistemática da literatura sobre a influência das famílias monoparentais no desenvolvimento infantil. As bases de dados consultadas foram: Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde (LILACS), PsyINFO, Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS)por serem portais que oferecem serviços de busca por meio de bases de dados de referência, com publicações em diversos idiomas confiáveis cientificamente. A busca foi realizada por meio do acesso eletrônico às bases, a partir dos descritores presentes na listagem de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): "family characteristics" AND "child development" AND "single-parent family"; "family characteristics" AND "child development" AND "divorce"; "family characteristics" AND "child development" AND "single-mother OR single-father" (respectivamente: composição familiar AND desenvolvimento infantil AND família monoparental; composição familiar AND desenvolvimento infantil AND divórcio; composição familiar AND desenvolvimento infantil AND família de mãe solteira ou pai solteiro). Foram incluídos apenas artigos que apresentavam estudos empíricos e teóricos sobre a influência das composições familiares no desenvolvimento da criança com até 12 anos de idade (Brasil, 1990), publicados entre janeiro de 2010 e abril de 2015, em línguas portuguesa, inglesa ou espanhola, sendo excluídos livros, teses, dissertações e artigos com temas alheios à influência da composição familiar monoparental no desenvolvimento da criança.
Localizaram-se, inicialmente, 193 artigos. Deste total excluíram-se 10 por se encontrarem em outros idiomas além do português, inglês e espanhol, 29 por constituírem tipos distintos de publicação (livros, teses e dissertações) e cinco por serem repetidos. A exclusão destes foi realizada de forma aleatória não privilegiando nenhuma base de dados específica. Os 149 estudos restantes foram analisados considerando seu título e resumo, buscando-se correspondência com o tema proposto pela revisão. Após essa análise, 143 artigos foram excluídos por abordarem temas alheios à influência da composição familiar monoparental no desenvolvimento da criança, tais como: seguro de saúde, alcoolismo, institucionalização, nutrição infantil, causas da separação conjugal, ou por considerarem outras etapas do desenvolvimento, como a adolescência. O total de seis artigos foi selecionado, os quais foram avaliadospor meio do texto completo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na análise dos seis artigos que preencheram os critérios de inclusão identificou-se produção científica somente no período correspondente a 2010 e 2012 (três artigos em 2010, dois em 2011 e um em 2012). Em 2013, 2014 e 2015 até o mês de abril, não foram identificadas publicações com características válidas para inclusão na análise. Dos artigos localizados quatro eram empíricos (Davis & Pines, 2010; Lanza, Rhoades, Nix, & Greenberg, 2010; Dush, Kotila, & Sullivan, 2011; Kerns, Siener, & Brumariu, 2011) e dois eram teóricos (Limb & Garza, 2012; Choi, 2010).
Os artigos analisados tiveram sua origem nos Estados Unidos. Todos os artigos empíricos eram de abordagem quantitativa. As famílias monoparentais observadas nos estudos foram discutidas sob a relação da criança com mãe solteira (três artigos), da criança com pais separados (dois artigos) e um dos artigos trabalhou com ambas as composições. Nenhum dos artigos abordou família de pais solteiros.
Os resultados dos estudos discorreram a respeito das dificuldades enfrentadas pelas famílias monoparentais, como o baixo poder aquisitivo e o nível educacional dos pais, entendendo-os como fatores que podem influenciar no desenvolvimento da criança aumentando o risco para transtornos psíquicos, desenvolvimento de problemas comportamentais e de aprendizagem (Lanza et al., 2010; Limb & Garza, 2012). O estudo de Kerns et al. (2011) relatou, por exemplo, que crianças de famílias monoparentais com mães avaliadas como ansiosas apresentavam comportamento mais inibido na fase pré-escolar e também eram mais ansiosas na pré-adolescência. O estudo de Davis e Pines (2010) descreveu as famílias de mães solteiras como tendo menor qualidade de relação e menor nível de estimulação cognitiva infantil do que famílias nucleares.
Já tem sido indicado na literatura da área que o auxílio prestado à mãe solteira tende a favorecer a relação dela com seus filhos, fornecendo um ambiente mais interativo e estimulante e promovendo um bom desenvolvimento infantil. Marin e Piccinini (2009) indicaram que as famílias de mães solteiras, por possuíam mais dificuldades devido à baixa renda e os altos índices de estresse, apresentavam a necessidade de maior apoio social.
Os genitores dessa composição familiar se vêem divididos entre o sustento da casa e o suprir da demanda de atenções que as necessidades emocionais e sociais da criança requerem. Cummings et al. (2010) indicaram que a criança ao perceber a disputa de focos dos pais, acaba por reforçar suas habilidades sociais, buscando expressar seus sentimentos, opiniões e formando novas amizades, motivada pelo desejo de suprir esta carência.
Quanto às famílias com crianças que vivem com as mães após o divórcio do casal, o estudo de Choi (2010) assinalou que a ausência do pai afeta o desenvolvimento infantil em diferentes domínios como o acadêmico, o social e o afetivo. Davis e Pines (2010) ainda verificaram que as mães tendem a apresentar comportamentos mais negativos em relação a seus filhos do que as mães de familias não divorciadas. Contudo, Dush et al. (2011) apontaram que esses efeitos negativos no desenvolvimento da criança podem ser amenizados com a maior participação do pai na vida dos filhos após a separação.
A separação dos pais consiste em um momento delicado que desencadeia uma série de novas demandas emocionais, cabendo aos pais dispensarem o auxílio necessário aos seus filhos. Apesar de as famílias monoparentais serem apontadas como estando mais expostas a problemas, a reestruturação dos laços afetivos e familiares continua possível, tornando-se uma família unida novamente, pois o essencial para um adequado desenvolvimento é a qualidade das relações vivenciadas dentro do núcleo familiar e não a composição deste núcleo em si (Freijo, Delgado, Ayala, & Oliva, 2010; Grzybowski, 2002). Grzybowski (2007) afirma que apesar do grande desafio enfrentado por famílias separadas, é possível ter vivências positivas se os pais continuarem a exercer a função que cada um possui na vida de seus filhos, estando atentos aos seus sentimentos e ajudando-os a desenvolver habilidades para resolver seus problemas.
Considerando que o desenvolvimento infantil sofre influências não apenas do ambiente ao qual a criança está exposta, mas também das circunstâncias apresentadas no decorrer de sua vida, como visto, seria difícil assegurar que apenas as modificações na composição familiar desencadeariam dificuldades comportamentais manifestas na própria família ou em outros contextos dos quais a criança faz parte, como a escola. Nesse sentido, Seben e Nunes (2013) tiveram o objetivo de analisar diferenças psicossociais entre crianças dos sexos masculino e feminino na faixa dos seis aos 12 anos que pertenciam a famílias constituídas apenas pela mãe e a criança e famílias com a presença de ambos os pais. Os autores revelaram que a variável da configuração familiar não apresentava influência quanto ao comportamento e ao desenvolvimento cognitivo das crianças nos dois contextos familiares.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente revisão da literatura buscou sistematizar o que as pesquisas atuais, referentes aos últimos cinco anos, têm considerado ao trabalhar com a temática da influência das composições familiares no desenvolvimento da criança. Os estudos analisados representam uma fonte importante de conhecimento para os pesquisadores da área, bem como para os profissionais da psicologia que trabalham com crianças. Também revelam a perspectiva a partir da qual esse fenômeno vem sendo analisado.
De modo geral, os estudos referentes à influência da composição familiar no desenvolvimento infantil revisados apontam para alguns impactos negativos no desenvolvimento da criança, como aumento do risco para o desenvolvimento de transtornos psíquicos, desenvolvimento de problemas comportamentais e de aprendizagem e menor nível de estimulação cognitiva infantil. Todavia, a presença e desenvolvimento de problemas comportamentais e emocionais podem ser atribuídos, em grande parte, a fatores como a relação dos pais com seus filhos e características sociodemográficas, como o nível socioeconômico da família. Evidencia-se, portanto, que há inúmeros fatores relacionados à interação e dinâmica familiar que podem afetar no desenvolvimento infantil. Nesse sentido, reforça-se que a composição familiar por si só não explica as eventuais diferenças quanto aos comportamentos parentais e infantis e que expectativas nessa direção podem ser meros preconceitos (Marin & Piccinini, 2007).
Convém destacar que a amostra de estudos analisada é apenas um recorte das pesquisas sobre a influência das composições familiares no desenvolvimento infantil, considerando as bases de dados selecionadas, os descritores e os critérios de seleção utilizados nesta revisão. Sabe-se que alguns estudos também poderiam ser categorizados quanto ao objetivo, as variáveis examinadas e aos resultados de outras formas. Contudo, indica-se que o modo como cada composição familiar impacta no desenvolvimento da criança ainda é uma questão aberta à investigação, pois não há consenso ente os autores.
Os dados apresentados neste estudo sugerem a importância de desenvolver e realizar intervenções multidisciplinares junto às famílias, principalmente nos âmbitos social e psicológico, por meio do auxílio no desempenho dos papéis e funções de cada membro, independente da estrutura familiar. Tendo a família como centro formador do desenvolvimento individual e da maturidade emocional de cada indivíduo, é necessário preconizar a promoção de saúde entre os seus membros, especialmente das crianças e adolescentes, mais do que a diversidade de sua composição.
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Endereço para correspondência
Angela Helena Marin
E-mail: angelahm@unisinos.com
Recebido: 18/11/2015
1ª revisão: 20/01/2016
Aceito: 22/02/2016
1 Sheila Caroline Hnediuk de Melo é psicóloga pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) e especialista em Psicologia da Criança e do Adolescente pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos.
2 Angela Helena Marin é doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e docente da Universidade do Vale do Rio dos Sinos.