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Psicologia em Pesquisa

versão On-line ISSN 1982-1247

Psicol. pesq. v.3 n.1 Juiz de Fora jun. 2009

 

EDITORIAL

 

A Psicologia em Pesquisa no Qualis 2008: copo meio cheio ou meio vazio?

 

 

A avaliação efetuada pela CAPES dos periódicos científicos em 2008 introduziu uma série de mudanças, dentre elas, uma nova forma de classificar as revistas. A Psicologia em Pesquisa foi classificada como B4. Esse resultado está, certamente, abaixo da expectativa do Conselho Editorial, mas, ao mesmo tempo, se se considerar que se trata de uma publicação bastante recente e que todo planejamento foi efetuado com base em outros critérios, a classificação obtida denota potencial para galgar níveis mais elevados no Qualis. Assim, é preciso algum tempo e, principalmente, muito trabalho para encher o copo.

Na busca de manter sua linha editorial, o número atual da Psicologia em Pesquisa priorizou os relatos de pesquisa. Também são publicados um tema em debate, uma resenha, uma revisão de literatura e um ensaio teórico.

No último caso, trata-se de um texto de Salgado, docente e pesquisador da Universidade Federal de Juiz de Fora (Juiz de Fora – MG). O autor apresenta pontos de convergência e de contraste entre as teorias da Ação Comunicativa de Habermas, o Interacionismo Social e a Estética da Recepção. Em revisão de literatura, Cagnine, docente e pesquisadora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro – RJ), analisa a cognição deficitária com base na Neuropsicologia Cognitiva e na Psicologia Cognitiva.

Os seis relatos de pesquisa incluem textos de pesquisadores de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Juiz de Fora (MG), Campinas (SP) e Curitiba (PR). Noto e Silva realizaram um estudo qualitativo para descrever as redes sociais de crianças e adolescentes em situação de rua envolvidas com o uso de drogas. Nunan e Jablonski analisaram “o comportamento de ajuda entre estudantes e frequentadores de campus universitários utilizando a técnica da carta perdida”. Pereira avaliou a qualidade de vida de pessoas com deficiência intelectual. Ronzani, Paiva, Cotta e Bastos correlacionaram “expectativas positivas sobre os efeitos do álcool e o padrão de consumo entre adolescentes”. Cruvinel e Boruchovitch associaram ambiente familiar – suporte parental etc. – depressão infantil. Romanelli e Guimarães analisaram “a escrita de palavras em português (ortografia) produzida por crianças bilíngues que têm como língua materna o francês”.

Este número ainda é composto pela entrevista de Nenagh Kemp, especialista em leitura e escrita da Universidade da Tasmânia, Austrália, na sessão Tema em Debate, e pela resenha de Miranda do livro “Desenvolvimento metalinguístico: questões contemporâneas”. Além de desejar muito proveito aos leitores da Psicologia em Pesquisa, o Conselho Editorial convida a todos para que submetam seus textos e colaborem para encher o copo.

 

Altemir José Gonçalves Barbosa

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