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Contextos Clínicos
versão impressa ISSN 1983-3482
Contextos Clínic vol.2 no.2 São Leopoldo dez. 2009
ARTIGOS
Projetos vitais de adultos jovens solteiros: uma reflexão sobre o lugar do casamento
Life projects of single young adults: a reflexion about the position of marriage
Eliana Piccoli ZordanI; Adriana WagnerII
ICurso de Psicologia da URI - Campus de Erechim. Rua Valentim Zambonato, 194 conj. 22, 99700-000, Erechim, RS, Brasil. epzordan@uri.com.br
IIPrograma de Pós-Graduação da UFRGS. Rua Ramiro Barcelos, 26000, 90035-0003, Porto Alegre, RS, Brasil. adrianawagner.ufrgs@hotmail.com
RESUMO
Os projetos vitais compreendem os objetivos que o adolescente estabelece para sua vida e pretende alcançar quando adulto. Esse trabalho teve como propósito conhecer, a partir de 21 metas, os principais projetos vitais de adultos jovens solteiros e identificar onde fica a posição do casamento entre esses projetos. A amostra foi constituída por 197 participantes, 77 homens e 120 mulheres, de 20 a 31 anos, integrantes de dois contextos socioculturais do Rio Grande do Sul: Porto Alegre e Erechim. Os projetos vitais apontados nas primeiras posições foram: realização profissional, realização pessoal, ter boas condições de vida, realizar os sonhos e continuar estudando. O casamento ficou na décima nona posição. Não foram encontradas diferenças estatísticas significativas (p < 0,05) entre os sexos e nem entre os contextos capital e interior. Tais dados indicam que o casamento, embora continue desejado, não está entre os principais projetos vitais de adultos jovens solteiros, mas permanece sendo considerado como um evento que faz parte do ciclo vital.
Palavras-chave: projetos vitais, adultos jovens, casamento.
ABSTRACT
Life projects are understood as the objectives adolescents establish for their lives and seek to accomplish in adulthood. This study has the purpose of knowing, based on 21 goals, the main life projects of young single adults and also to identify the position of marriage among these goals. The sample consisted of 197 participants: 77 men and 120 women, between 20 and 31 years old, coming from two different socialcultural contexts in the State of Rio Grande do Sul (Brazil): the cities of Porto Alegre (capital state) and Erechim (mid-sized city in the countryside). The life projects pointed out as top of the list were: professional achievement, personal achievement, good living conditions, fulfill one's dreams and continue studying. Marriage came in the 19th place. No statistically significant differences (p < 0.05) were found for either gender or sociocultural context. Data indicate that marriage, although it continues to be desired, is not among the main single young adults life projects but it remains considered as an event that is part of the life cycle.
Key words: life projects, young adults, marriage.
Introdução
Os projetos vitais compreendem o conjunto de metas que as pessoas estabelecem para a sua vida. Os jovens, entre tantas tarefas, precisam definir quem eles realmente são, como irão viver, que tipo de trabalho realizarão, que decisões tomarão quanto aos relacionamentos sexuais, quais princípios e valores adotarão, entre tantas outras escolhas (Papalia et al., 2006). A busca de respostas para tais questões norteará seu desenvolvimento, definindo muitas das atitudes, condutas e tomadas de decisões frente aos eventos vitais.
Tradicionalmente, os projetos vitais, nessa fase do desenvolvimento, têm incluído aspectos relacionados ao trabalho (satisfação profissional, realização, sucesso, reconhecimento, desenvolvimento), aos relacionamentos íntimos (familiar, afetivo, constituição de família, ter filhos, convivência social, participação na comunidade) e às sensações internas de bem-estar, felicidade (Carter e McGoldrick, 2001; Pilon, 1986; Wagner et al., 1997; Zagury, 1999). Estas seriam as principais áreas de investimento e preocupação, especialmente dos jovens de camadas médias da população, quando se projetam no futuro.
Com a finalidade de conhecer o que pensavam os adolescentes dessa camada social, ainda no final dos anos noventa, Zagury (1999) pesquisou 943 sujeitos de 14 e 18 anos, em sete capitais brasileiras. Dentre os resultados encontrados, constatou que, profissionalmente, o maior desejo é ter um trabalho que permita realização profissional e financeira e apresente uma contribuição social. No que se refere aos relacionamentos íntimos, para 42,4% dos adolescentes, o casamento está nos planos de vida e, para 29,3%, só fará parte dos planos, se surgir um grande amor. Casar não faz parte das perspectivas de 13,15% dos entrevistados. No que diz respeito à felicidade, afirmam que está associada a ficar com a pessoa que amam, construir ou pertencer a uma família e ter um trabalho que remunere bem (Zagury, 1999).
O desejo de compartilhar a vida com alguém costuma aumentar na etapa seguinte do desenvolvimento vital. Nesse sentido, uma investigação sobre atitudes em relação ao casamento e à família com adultos jovens universitários de classe média, residentes no Rio de Janeiro, realizada em 1986 e repetida em 1993 e 2003, encontrou os seguintes resultados quanto à intenção de casar: 91% dos entrevistados em 1986, 86% em 1993, e 86,1% em 2003 (Jablonski, 2005, 2007).
Nessa perspectiva, ainda na década de setenta, Udry (1971) relacionou a felicidade à satisfação no trabalho e à satisfação conjugal. Em meados dos anos noventa, Turkenicz (1995) referiu que a cultura humana recomenda que a vida de casal é importante para a construção da felicidade ou para evitar a infelicidade para a maioria das pessoas. A ênfase na satisfação profissional e conjugal remete à ideia de Freud (1980), afirmada ainda no século XVIII, de que a felicidade estava relacionada à capacidade de amar e trabalhar, mantendo-se esta uma hipótese atual entre os jovens do século XXI.
Corroborando tais pressupostos, é expressivo o número de pesquisadores que salientam a importância do casamento para o bem-estar das pessoas, colocando-o como uma das tarefas que integram a maturidade (Bee, 1997; Carter e McGoldrick, 2001; Erikson, 1994; Féres-Carneiro, 2003). A revisão da literatura mostra que, até os anos setenta, o casamento ocupava uma posição importante entre os projetos de vida de rapazes e moças. No entanto, as mudanças sociais ocorridas nas últimas décadas repercutiram na transição para a adultez, envolvendo percursos escolares mais prolongados, inserções tardias e instáveis no mercado de trabalho e homologia nos papéis de gênero (Guerreiro e Abrantes, 2005). Somado a isso, os jovens estão iniciando sua vida sexual mais cedo e casando-se mais tarde, permanecendo mais tempo na casa paterna, preferindo casar e ter filhos cada vez mais tarde por priorizarem o investimento em seu futuro profissional (Henriques et al., 2004; Silveira e Wagner, 2006; Wendling, 2002).
Todas essas transformações têm reverberado, também, nos estilos de vida, na união conjugal e na família, alterando a posição que o casamento ocupa entre os projetos vitais. A exemplo disso, a pesquisa realizada com jovens de famílias de renda média do sul do Brasil, com idades entre 12 e 17 anos, constatou que o casamento não ocupa um lugar de destaque entre os seus projetos de vida. Os planos desses jovens estão mais voltados para a busca da felicidade, da realização pessoal e da realização profissional (Wagner et al., 1997).
Esses resultados são corroborados também por outros estudos com adultos jovens da população brasileira, de ambos os sexos, que enfatizam as tensões entre individualidade e conjugalidade no casamento (Féres-Carneiro, 1997, 1998, 1999, 2003) e o espírito de individualismo, o qual predomina atualmente nas relações (Jablonski, 2005, 2007). Por outro lado, investigações com estudantes universitários do Rio de Janeiro apontam para a coexistência de discursos contraditórios e conflitantes entre homens e mulheres quanto aos seus projetos e expectativas acerca de relacionamentos, casamento e família (Rocha-Coutinho, 2000, 2004).
Considerando tais resultados, observa-se que os projetos vitais de jovens de camadas médias da população brasileira têm sofrido mudanças. Constatam-se transformações na natureza dos relacionamentos, na vivência da conjugalidade, no casamento e, consequentemente, na escolha ou não por casar. A partir desse panorama, este trabalho objetivou conhecer como os jovens adultos solteiros hierarquizam seus projetos vitais e qual a posição que o casamento ocupa entre eles.
Método
Amostra
A amostra deste estudo foi constituída por 197 pessoas, 77 homens e 120 mulheres, de dois contextos socioculturais: Porto Alegre (27 homens e 63 mulheres) e Erechim (50 homens e 58 mulheres), todos solteiros, com idade entre 20 e 31 anos. Com relação à escolaridade, 57,9% possuíam ensino médio completo e 42,1% o ensino superior completo. Quanto à variável trabalho, 78,8% trabalhavam: as ocupações mais frequentes eram a de estudante (22,0%) e de estagiário (13,4%); 42,7% recebiam de 1 a 3 salários mínimos. No que se refere à religião, 80,2% afirmaram ser católicos, 6,6% eram espíritas, e 4,1% diziam-se sem religião.
Instrumentos
Para esse estudo, construiu-se um questionário que recolheu os dados biodemográficos do sujeito e informações sobre os projetos vitais e sobre o casamento, por meio de uma questão relacionada aos projetos vitais, desdobrada em 21 variáveis (elaboradas a partir da revisão da literatura e de duas entrevistas com dois homens e duas mulheres solteiros, com idades entre 25 e 35 anos), e uma questão objetiva sobre o desejo de casar.
O instrumento foi submetido a uma validação semântica. Essa validação foi feita de duas formas: primeiramente, o questionário foi analisado por três juízes, pesquisadores e profissionais da área de Psicologia, aos quais foi solicitado que analisassem se as questões propostas mediam o conteúdo investigado, isto é, os projetos vitais. Num segundo momento, o questionário foi aplicado a quatro jovens, dois homens e duas mulheres, com características semelhantes às do grupo amostral, a fim de verificar a fidedignidade semântica das questões apresentadas.
O instrumento final foi composto por uma lista de 21 projetos de vida (Zordan, 2003), além da ficha de dados biodemográficos. Solicitou-se aos sujeitos que, dentre a lista apresentada, assinalassem as cinco metas principais para sua vida. Essa lista abrangia os seguintes itens: continuar estudando, seguir uma carreira, ser valorizado profissionalmente, ser reconhecido socialmente, ter filhos, ter casa, ter carro, realização pessoal, realização profissional, realização espiritual, a felicidade ao lado de alguém, um futuro digno sem desigualdades, ter boas condições de vida, ter um bom relacionamento com um(a) companheiro(a), encontrar a felicidade, encontrar o amor, ter um bom emprego, ter paz interior, conquistar os sonhos, casar e constituir família.
Procedimentos
Para a coleta de dados foram distribuídos 400 questionários, 200 em Erechim e 200 em Porto Alegre, entre uma amostra por conveniência de adultos jovens solteiros, contatados em estabelecimentos comerciais, repartições públicas, escolas e universidades. O instrumento foi entregue ao sujeito em envelope selado e endereçado à equipe de pesquisa. Desses 400 distribuídos, retornaram 213 questionários, dos quais 16 foram excluídos, porque chegaram após o prazo estipulado para o recebimento, por estarem incompletos ou em branco. Contou-se, então, com 197 questionários válidos.
Resultados e discussão
As cinco principais metas de vida ficaram assim distribuídas entre os sujeitos entrevistados:
Cabe salientar que a soma é maior do que 100%, porque havia a possibilidade de múltipla escolha. Observa-se que nas cinco primeiras posições predominam projetos relacionados aos aspectos profissionais e pessoais: realização profissional, continuar estudando, realização pessoal, assim como as preocupações com os aspectos materiais, assinaladas pelo ter boas condições de vida. Essa valorização do aspecto profissional expressa, principalmente, os valores contemporâneos que enfatizam a individualidade, a realização e o sucesso profissional, conforme se encontra amplamente discutido na literatura (Coelho, 2000).
Aparece, também, entre essas primeiras posições, conquistar os sonhos. A palavra "sonhos" é muito ampla e pode estar relacionada a vários aspectos: profissionais, afetivos, familiares, econômicos, entre outros.
Ao serem considerados os projetos vitais apresentados para serem hierarquizados, casar ficou entre as últimas posições, ocupando a décima nona posição entre os 21 projetos de vida apresentados, seguido somente por ser reconhecido socialmente, que ocupou a vigésima posição, e por ter carro, que ficou na última colocação. No entanto, os projetos constituir família, ter bom relacionamento com um(a) companheiro(a), encontrar a felicidade ao lado de alguém e encontrar o amor apareceram nas posições sétima (31,4%), oitava (28,4%), décima (22,2%) e décima sétima (13%), respectivamente, refletindo, provavelmente, as novas concepções sobre as relações amorosas que não precisam necessariamente estar oficializadas pelo casamento. Talvez por esse motivo, quando perguntado diretamente se algum dia deseja casar, chama a atenção que a grande maioria (92,9%) responde afirmativamente, embora isso não tenha aparecido entre os cinco principais projetos de vida. Essa porcentagem dos que desejam casar foi semelhante à encontrada por Jablonski (2005, 2007), nos três períodos em que investigou atitudes e expectativas de jovens solteiros universitários.
Ao comparar as respostas dadas sobre os projetos vitais com aquelas dadas quando perguntados diretamente a respeito do desejo de casar algum dia, num primeiro momento, parece haver uma contradição de posicionamentos. No entanto, os dados precisam ser melhor analisados e compreendidos.
Esses achados afirmam a ideia de que o casamento não ocupa mais um lugar de prioridade entre os projetos vitais dos jovens, ou o que eles estão buscando e consideram como uma meta a ser alcançada. Entretanto, a vivência de relações amorosas e a busca da felicidade por meio delas ocupam um lugar de destaque entre as expectativas do que gostariam que ocorresse em suas vidas. Nessa perspectiva, pode-se dizer que o casamento, como instituição social, deixa de ter um lugar privilegiado entre os projetos vitais dos jovens, mas continua desejado como um evento possível de ocorrer ao longo do ciclo vital e, provavelmente, sob diferentes arranjos como experiências de coabitação, relação estável ou outras formas de compromisso entre os parceiros.
Tradicionalmente é mais atribuído às mulheres o desejo de casar. Do mesmo modo, imagina-se que as pessoas residentes em grandes centros urbanos possuem valores menos conservadores (Gonçalves e Carvalho, 2007). Frente a estes apontamentos, pergunta-se: será que, em relação ao casamento, existe diferença entre os sexos e entre os contextos? Para a análise comparativa entre os sexos e entre os contextos socioculturais investigados (capital e interior), utilizou-se o Teste t de Student e o Teste Mann-Whitney, considerando-se p < 0,05.
Neste estudo, em relação aos projetos vitais, não foram encontradas diferenças estatísticas significativas, nem entre os sexos nem entre os contextos socioculturais. Tanto homens quanto mulheres, do interior ou da capital, indicam hierarquia semelhante entre os seus projetos vitais.
Também não foi encontrada diferença estatística significativa entre os sexos e nem entre os contextos socioculturais no que se refere ao desejo de casar. Esses dados sugerem que, atualmente, o desejo de casar é semelhante para ambos os sexos, não havendo uma maior valorização do casamento pelo sexo feminino, como historicamente tem ocorrido.
Considerações finais
Os projetos de vida são caracterizados pelos objetivos que as pessoas buscam atingir ao longo do ciclo vital e para os quais devem fazer algum tipo de investimento. A demanda da contemporaneidade ampliou e complexificou a definição de tais projetos, uma vez que uma infinidade de novas possibilidades foi aberta. A globalização, as novas tecnologias de comunicação, as transformações no mercado de trabalho, especialmente a inserção feminina no mundo do trabalho, o desenvolvimento dos métodos anticoncepcionais e das técnicas de reprodução assistida são alguns dos fatores que favoreceram o questionamento dos costumes tradicionais e, consequentemente, modificaram as expectativas sociais.
O casamento deixou de ser a única forma de vivenciar a conjugalidade. Observa-se que a oficialização da união conjugal no ciclo evolutivo vital ocorre mais tarde, tornando-se prioritários os investimentos na formação profissional, tanto para homens quanto para as mulheres. A maior liberdade sexual vivenciada pelas pessoas não vincula mais o exercício da sexualidade ao casamento, fazendo com que a possibilidade de desfrutá-la deixe de ser um motivo importante para casar. As estatísticas referem, inclusive, que, com isso, as pessoas estão iniciando sua vida sexual mais cedo e casando mais tarde. Nesse intervalo entre o início da vida sexual e o casamento, constatam-se várias possibilidades de experimentação da vida conjugal.
Como é possível perceber, o casamento tem passado por inúmeras transformações. Hoje, existem várias formas de vivência da conjugalidade, desde o modelo tradicional até o "ficar", a coabitação na casa dos pais, a união estável, o estar casado, mas viver em casas separadas, os casamentos consecutivos, as uniões homoafetivas, o "poliamor", os casamentos "abertos" e tantos outros contratos de relacionamentos amorosos.
Neste estudo, constatou-se que o casamento continua desejado, embora não seja algo no qual os jovens solteiros invistam. O casamento sai do lugar de um projeto vital para um acontecimento evolutivo, algo que ocorrerá ao longo da vida. Considerando que, atualmente, as relações amorosas podem ser vivenciadas sob outros arranjos, é importante destacar que, entre os projetos vitais dos adultos jovens, o desejo de constituir família, ter bom relacionamento com um(a) companheiro(a), encontrar a felicidade ao lado de alguém e de encontrar um amor ocuparam posições mais privilegiadas. É possível que, na contemporaneidade, a ideia de casamento possa estar associada ao fracasso ou ao insucesso, devido à frequência de separações e divórcios. Este pode ser o motivo pelo qual o casamento em si não se apresente mais como projeto de vida. Todavia, ainda é evidente a expectativa de viver um grande amor, de encontrar a felicidade ao lado de alguém: expectativa que, na perspectiva do denominado amor romântico, reflete uma idealização, com ainda maior complexidade e dificuldade de concretização.
O fato de não ter sido encontrada diferença estatística significativa entre os dois sexos, em relação aos projetos vitais e em relação ao desejo de casar, demonstra a existência de fronteiras mais difusas entre homens e mulheres, diferentemente da estereotipia de papéis vivenciados há décadas. Tal resultado reflete também uma possível ruptura com o tradicional legado das mulheres que tinham o casamento como uma das principais tarefas a serem cumpridas na vida adulta e, por isso, ocupando o lugar de prioridade.
Os resultados deste estudo permitem refletir sobre a diversidade de influências que os jovens estão recebendo para a construção de seus projetos vitais e a complexidade de possibilidades para a construção de suas conjugalidades, as quais são retratadas na pluralidade de arranjos conjugais na contemporaneidade. Nesse caso, as relações íntimas, como a conjugal, continuam imbuídas de valores, mas com uma nova roupagem.
Referências
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Submetido em: 08/07/2009
Aceito em: 11/09/2009