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Contextos Clínicos

Print version ISSN 1983-3482

Contextos Clínic vol.13 no.2 São Leopoldo May/Aug. 2020

https://doi.org/10.4013/ctc.2020.132.15 

ARTIGOS

 

A psicoterapia infantil no setting clínico: uma revisão sistemática de literatura

 

Child psychoterapy in the clinical setting: a systematic review of the literature

 

 

Rosa Angela Cortez Brito; Sarah Montezuma; Anna Karynne Melo; Virginia Moreira

Universidade de Fortaleza

Correspondência para

 

 


RESUMO

A psicoterapia destaca-se como modalidade de atendimento à criança. Ressalta-se a importância de discutir sobre a psicoterapia infantil, pelo aumento da procura por esse serviço. Com o objetivo de reconhecer como a psicoterapia infantil tem sido conceituada e exercida, foi realizada uma revisão sistemática nas bases de dados BVS, Science Direct e SAGE Pubs, no período entre 2008 e 2018. Dos estudos encontrados, 67 artigos atenderam aos critérios de inclusão. Constatou-se que a psicoterapia infantil vem se configurando como uma prática fundamental frente às demandas existentes, bem como um campo de produção científica e de práxis voltada às demandas em cada cultura. Verificou-se que as vivências infantis têm sido olhadas com mais cuidado e com uma compreensão mais abrangente nesse campo de atuação. Conclui-se que há abrangente discussão sobre os avanços da psicoterapia infantil, assim como a permanente necessidade de investigação e de aprimoramento.

Palavras-chave: psicologia clínica; psicoterapia; psicoterapia infantil; revisão sistemática.


ABSTRACT

Psychotherapy stands out as a modality of childcare. It is important to discuss child psychotherapy, by the increased demand for this service. To recognize how child psychotherapy has been conceptualized and exercised, a systematic review on BVS, Science Direct and SAGE Pubs databases was conducted in the period between 2008 and 2018. Of the studies found, 67 articles met the inclusion criteria. It was verified that child psychotherapy has been configured as a fundamental practice face of the existing demands, as well as a field of scientific production and praxis focused on the demands in each culture. It was verified that children's experiences have been looked more carefully and with a more comprehensive understanding in this field. It is concluded that there is a wide-ranging discussion on the advances of child psychotherapy, as well as the permanent need for research and improvement.

Keywords: clinical psychology; psychotherapy; child psychotherapy; systematic review.


 

 

Introdução

A psicoterapia infantil destaca-se como uma modalidade de atendimento psicológico de crianças, e conceitua-se como uma intervenção que visa a atender o público infantil com questões diversas que possam causar estresse emocional e interfiram no dia a dia da criança. Nessa intervenção podem interagir diversos fatores, como a participação familiar e escolar, assim como a maneira que a criança se insere nessas relações. Quaisquer destes fatores podem influenciar o curso da psicoterapia e o resultado das intervenções (Deakin & Nunes, 2008; Cunha & Benetti, 2009; Brzozowski & Caponi, 2013; Christon, McLeod, Wheat, Corona & Islam, 2016; Halfon, Goodman, & Bulut, 2018).

Ariès (1981) chama a atenção de pesquisadores de diversas áreas, dentre elas, a Psicologia, e sugere um olhar compreensivo e específico à história da infância, no qual discute as concepções que as sociedades de cada época têm a respeito da infância. O autor pontua que cada obra neste campo pode trazer indicativos das manifestações do sofrimento infantil; e são estes trechos que são pertinentes e dão valência à psicoterapia infantil.

A noção de infância tal como conhecemos na atualidade surgiu no século XIII, mas o seu desenvolvimento e estabelecimento se consolidam apenas a partir do século XVI e durante o século XVII. Contemporaneamente, a infância passou a ser reconhecida como um período da constituição humana, que necessita de preparo e cuidados. Assim, considera-se fundamental compreender e escutar as crianças frente às suas experiências, com o intuito de acessar a sua vivência, de maneira contextualizada (Haubert & Vieira, 2014; Telles, 2014). Dentre os diversos contextos de escuta, destaca-se nesse trabalho a psicoterapia.

Compreendida como uma estratégia de cuidado, discute-se na literatura que a prática psicoterápica necessita se voltar para as demandas atuais de seus pacientes (Alves, Machado, Gastaud e Nunes, 2013; Ayres & Barreira, 2014). Assim, ressaltam que os psicólogos que atendem crianças devem atualizar suas ferramentas técnicas em relação às dificuldades e aos sintomas da contemporaneidade.

Como a psicoterapia na psicologia é uma prática na qual a diversidade de contextos de atuação é uma realidade (Oliveira, 2009; Ayres & Barreira, 2014), compreende-se a importância de entende-la a partir do contexto de execução, haja vista esse fator ser promotor de variações na atuação (Brito, 2008; Campos & Cury, 2009). Segundo Holanda (2012), apesar de a psicoterapia ser constitutiva do saber psicológico, tem sido um dos campos menos contemplados em pesquisas, debates e ações - por parte da psicologia - no contexto brasileiro.

No desenvolvimento desse artigo, fez-se a opção de uma discussão delimitada na psicoterapia infantil desenvolvida por psicólogos em setting ou âmbito clínico. Setting será compreendido como ambiente dinâmico estabelecido para o desenvolvimento da prática psicoterapêutica (Pechanski, 2015). No contexto clínico há um clima específico, fenômeno que emerge da relação entre paciente e psicoterapeuta e que possibilita o desenvolvimento da prática e a ocorrência de mudanças terapêuticas (Rogers, 1994).

A psicoterapia, como campo de atuação psicológica de âmbito clínico, é conceituada como um método de tratamento do sofrimento psíquico por meios essencialmente psicológicos (Doron & Parot, 1998). É um ato de escuta no qual o psicoterapeuta volta-se para o cuidado do paciente e para a relação deste com seu contexto relacional e social (Ayres & Barreira, 2014). A psicoterapia objetiva, ou fazer desaparecer sintomas incômodos para o paciente, ou recompor o conjunto de seu equilíbrio psíquico. Os critérios de cura variam conforme o procedimento adotado e a teoria de base. Os métodos empregados se baseiam, ora no empirismo do terapeuta, ora na teoria que garante sua coerência (Doron & Parot, 1998).

Prebianchi (2011) e Haubert e Vieira (2014) ressaltam a importância de fomentar discussões sobre a psicoterapia com crianças, tendo em vista o aumento dos encaminhamentos realizados por serviços de saúde para atendimentos infantis. Os autores apontam ainda o aumento da demanda para atendimento individual e grupal com crianças. Especificamente em contexto brasileiro, apesar de aumento de demanda referido pelos autores, verifica-se que o número de estudos de revisão sistemática em psicoterapia com crianças é bastante inferior ao produzido em outros países. Nesses estudos, os temas relacionam-se com a psicoterapia pesquisada a partir de uma abordagem ou de uma queixa (Passarela, Mendes & Mari, 2010) ou em elementos que fazem parte da psicoterapia (Carvalho, Fiorini & Ramires, 2015), mas não do processo como um todo, como ressaltado por Halfon, Goodman e Bulut (2018).

Diante da demanda crescente por atendimento, bem como da importância de reconhecer a produção científica sobre a psicoterapia infantil - coloca-se em destaque aqui a relevância de conhecer os estudos nacionais sobre o tema - considera-se necessário verificar o que está sendo realizado nesse campo interventivo (Boaz, Nunes & Hirakata, 2012; Halasz, 2017). Outro aspecto importante a ser destacado diz respeito às mudanças perceptíveis na criança, a partir do processo terapêutico (Ramires, Carvalho, Gastaud, Oliveira, & Godinho, 2019). Assim, o presente estudo tem como objetivo reconhecer como a psicoterapia infantil tem sido conceituada e exercida em setting clínico. Para tal, foi realizada uma revisão sistemática da literatura dos estudos publicados entre os anos de 2008 a 2018. Justifica-se o período por compreender que este forneceria maior quantidade de estudos para análise.

 

Método

Neste artigo, utilizou-se a Revisão Sistemática de Literatura (RSL), que viabiliza a realização de uma síntese dos estudos sobre uma determinada temática. Ressalta-se que esse é um tipo de estudo retrospectivo e secundário, ou seja, a RSL é usualmente desenhada e conduzida após a publicação de muitos estudos sobre um tema (Berwanger, Suzumura, Buehler, & Oliveira, 2007; Sampaio & Mancini, 2007).

A RSL seguiu as diretrizes do PRISMA (Moher, Liberati, Tetzlaff, Altman & PRISMA Group, 2009) e todo o processo foi realizado por dois pesquisadores, de forma independente. Na identificação foi realizada busca nas bases de dados eletrônicas BVS - que engloba as redes Lilacs, Scielo, Cochrane, DeCs, Lis e Medline -, Science Direct e SAGE Pubs, nos meses de dezembro de 2018 e janeiro de 2019. Os termos de busca utilizados, com booleano OR, foram: Child Psychotherapy, Child Clinical Psychology, Play Therapy e seus correlatos em português (Psicoterapia Infantil, Psicologia Clínica Infantil, Ludoterapia), espanhol (Psicoterapia Infantil, Psicologia Clínica Infantil, Terapia de Juego) e francês (Psychothérapie Infantile, Psychologie Clinique de L'Enfant, Thérapie de Jeu D'Enfant). Os termos foram colocados entre aspas para um resultado mais preciso na busca.

Na etapa de seleção, foram eliminadas as duplicidades e excluídos os estudos que não contivessem no título, no resumo, nas palavras-chave, ou no assunto os termos indicados acima. Não foram considerados livros, resenhas, teses, dissertações e artigos de RSL. Os critérios de inclusão foram: estudos teóricos ou empíricos; textos completos e gratuitos; publicados entre 2008 e 2018; em inglês, português, espanhol e francês; que tratassem sobre psicoterapia infantil e que tivessem como especificidade a ocorrência em setting clínico.

A terceira etapa do processo, de elegibilidade, consistiu na leitura do texto completo. Nesta etapa foram excluídos os artigos que: apresentavam estratégias interventivas diferentes da psicoterapia (apesar de apresentarem no texto o termo "psicoterapia"); discutiam práticas psicoterápicas realizadas por médicos e outros profissionais da saúde que não o psicólogo; descreviam práticas realizadas em contextos de atuação diferentes do definido para esse estudo, tais como: escolas, hospitais e serviços de atenção social.

A seguir, foi realizada releitura dos artigos incluídos e organizadas as temáticas mais recorrentes nos estudos. Os estudos foram agrupados por categorias, a partir dos temas que apareceram com maior frequência. Os temas agrupados e discutidos foram: a diversidade de abordagens e as implicações para a psicoterapia infantil; a participação da família na psicoterapia infantil; o brincar como comunicação na psicoterapia infantil.

 

Resultados

A busca inicial nas bases de dados totalizou 7836 artigos. Com a utilização dos critérios de inclusão restaram 163 artigos que, posteriormente, ao passar pelos critérios de exclusão, foram reduzidos a 67 estudos (Figura 1) para a leitura completa, estes destacados com asterisco na lista de referências deste artigo.

Os resultados (Tabela 1) apontam os assuntos que aparecem com mais frequência: as conceituações nas distintas abordagens e o manejo prático, apareceram em 50,75 % (n = 34) dos estudos. Os artigos sobre a influência familiar na psicoterapia infantil somaram 23,88% (n = 16) dos estudos e a discussão sobre o brincar na psicoterapia, encontrada em 22,39% (n = 15) dos trabalhos. Outras temáticas menos recorrentes representaram 2,98% (n=2).

Ao examinar os 67 estudos, constatou-se que aproximadamente 55,23% (n = 37) das produções são escritas em língua inglesa, enquanto que 44,77% (n = 30) foram publicadas em outros idiomas: 37,32% (n = 25) em português, 4,47% (n = 3) em francês e 2,98% (n = 2) em espanhol. Os estudos encontrados demonstram que mais da metade de pesquisas estão em inglês, seguido dos estudos em português e das pesquisas desenvolvidas em outros idiomas.

Na periodicidade de publicações, considerando o período entre 2008 e 2018, os artigos são assim dispostos: 03 artigos (4,48%) em 2008, 08 artigos (11,94%) em 2009, 05 artigos (7,45%) em 2010, 06 artigos (8,96%) em 2011, 07 artigos (10,45%) em 2012, 07 artigos (10,45%) em 2013, 10 artigos (14,92%) em 2014, 07 artigos (10,45%) em 2015, 06 artigos (8,96%) em 2016, 07 artigos (10,45%) em 2017 e 01 artigo (1,49%) em 2018. Observa-se linearidade na quantidade de publicações entre 2009 e 2013, seguido de aumento em 2014 e nova linearidade entre 2015 e 2017. Em 2018, segue-se nova redução nos estudos publicados.

Acerca das dificuldades que geram encaminhamento para psicoterapia, 17 estudos (25,37%) apresentam discussão sobre a psicoterapia e seu manejo, tomando com base alguma problemática percebida na criança a ser atendida. Destes, 7 (10,44%) estudos discutem a intervenção psicoterápica no acompanhamento de quadros psicopatológicos, 7 (10,44%) artigos discutem sobre a psicoterapia com crianças que apresentam algum problema comportamental ou de rendimento escolar e 3 (4,48%) estudos tratam da psicoterapia com crianças que apresentam patologias de natureza neuro-fisiológicas. Os artigos traçam, a partir do diagnóstico, manejos e intervenções clínicas para uma boa evolução dos quadros apresentados pelas crianças acompanhadas.

Nos 67 artigos analisados, as temáticas estudadas abordam questões que vão desde o contexto de surgimento da psicoterapia infantil, discorrendo sobre sua historicidade, até discussões de casos específicos e contemporâneos, bem como as práticas mais frequentes e os materiais lúdicos mais utilizados nos atendimentos, não sendo possível articular um conceito único de psicoterapia, desvinculado de sua perspectiva teórica.

Os artigos encontrados foram organizados objetivando visualizar, de forma mais clara, como as temáticas foram abordadas nos últimos anos. A organização desses achados, bem como a análise qualitativa ocorreu através das categorias discutidas abaixo.

A diversidade de abordagens e as implicações para a psicoterapia infantil

Schneider e Torossian (2009), Boaz, Nunes e Hirakata (2012) e Weisz (2014) apresentam a Psicoterapia Infantil como uma modalidade de atendimento que visa a atender crianças com dificuldades emocionais que interfiram em seu cotidiano. Os autores ressaltam que o processo psicoterapêutico da criança envolve múltiplos fatores, como a participação da família e da escola, as relações estabelecidas pela criança, bem como a sua experiência vivida.

Historicamente, desde os primórdios dos trabalhos clínicos com crianças desenvolvidos por Melanie Klein ou em trabalhos posteriores, como os de Virginia Axline (Landreth, 2012), assim como nos estudos analisados, a psicoterapia infantil atende a uma variedade de condições que não necessariamente preenchem critérios diagnósticos. Para além das categorias diagnósticas disponíveis na CID-10 (OMS, 1993), de modo geral, a psicoterapia se constitui como intervenção destinada ao decréscimo da angústia, de comportamentos considerados ruins e ao aumento (ou melhora) do funcionamento pró-social (Waumsley & Swartz, 2011; Ruiz & Perete, 2015; Carvalho, Godinho, & Ramires, 2016).

Foi constatado que as intervenções da prática clínica em psicoterapia infantil diferem entre as abordagens teóricas da Psicologia. Há uma compreensão conceitual ampla no que se refere ao objetivo dessa prática e que suas habilidades de desenvolvimento técnico se apresentam pautadas em diferentes tipos de visão de homem, como podemos ver nas discussões a seguir em cada abordagem (Moura, Grossi, & Hirata, 2009).

Nadir, Hansel e Guillermo (2016) apontam que as psicoterapias cognitivas e comportamentais têm como base de atuação a análise funcional, um quadro de referência que auxilia na identificação dos possíveis efeitos dos comportamentos na vivência do sujeito. A análise funcional busca as relações contingenciais que são determinantes e mantenedoras de um determinado problema e possibilita a realização de estratégias interventivas, proporcionando maior eficácia e melhora do cliente (Barzegary & Zamini, 2011).

Na abordagem psicanalítica Brun (2015), Höfig e Zanetti (2016) e Silva e Reis (2017) apontam que, na psicanálise, o mais relevante não são os fatos da infância em si, mas sim a realidade psíquica, constituída pelos desejos inconscientes e pelas fantasias a ela vinculadas, tendo como pano de fundo a sexualidade infantil. Os autores discutem a infância pela lógica do inconsciente, distanciando-se de uma visão que parte de um registro genético e cronológico. O efeito traumático está relacionado confrontação passiva da criança com a sexualidade do adulto e que, através dos cuidados e do desejo materno, a criança será introduzida no campo da sexualidade (Blunden & Nair, 2010; Mees, 2016).

Nas abordagens humanistas discute-se que na psicoterapia infantil é a criança que indica o caminho a ser seguindo pelo terapeuta; ou seja, a ênfase da terapia diz respeito à experiência da criança. Os autores destacam a relação terapêutica como promotora de mudanças na criança (O'Sullivan & Ryan, 2009; Goodman, Chung, Fischel & Athey-Lloyd, 2017). Os julgamentos de valor, as predeterminações diagnósticas ou algum a priori que o psicoterapeuta insista em inserir nos atendimentos pode contribuir negativamente na relação com o cliente, prejudicando o avanço da psicoterapia, por se tratar de um direcionamento do psicoterapeuta (Brito & Paiva, 2012; Conway, 2014; Lac, 2014).

Na psicoterapia humanista, se o contato que estabelecido com a criança não se dá através da abertura à sua diferença, mas a partir de uma objetivação ou de conceitos prévios, a sua alteridade pode se absorver no que já é conhecido. É preciso compreender a experiência da criança que se apresenta para possibilitar o acesso a ela em sua absoluta singularidade (Botha & Dunn, 2009; Brito & Paiva, 2012; Brito & Freire, 2014; Telles, 2014).

A participação da família na psicoterapia infantil

Para Green, Crenshaw e Langtiw (2009), Klinger, Reis e Souza (2011), Souza e Mosmann (2013) e Pereira, Schmitz e Menezes (2015) a participação familiar na psicoterapia infantil é fundamental. O desenvolvimento humano implica num caminho que vai da inicial dependência do meio em direção a uma maior independência de si. No processo de construção de subjetividade da criança nota-se a valorização da família como promotora de saúde entre seus membros, mas também como propiciadora de experiências de sofrimento. Assim, questões emocionais apresentadas pelas crianças podem ter estreita relação com a dinâmica familiar, pelo entrelaçamento da criança com o contexto no qual participa (Nelson, Shanley, Funderburk & Bard, 2012; Chown, 2013; Chang & Yeh, 2015; Feijoo & Oliveira, 2016).

Para Coates (2008), Haubert e Vieira (2014) e Motataianu (2015), a inclusão do discurso parental na psicoterapia infantil é relevante, pois situa a criança em relação ao desejo dos pais e possibilita a criação de uma situação a qual a verdade escondida por trás dos sintomas possa ser seja assumida pelo sujeito. A escuta realizada com os familiares da criança atendida constitui-se também como uma triagem para a psicoterapia. Contudo, o atendimento da família não deve se limitar à coleta de informações, mas ser, também, um momento reflexivo e avaliativo do processo da criança (Gerdes & Schneider, 2009; Pereira, Schmitz & Menezes, 2015; Falkus, Tilley & Thomas, 2016; Skedgell, Fornander & Kearney, 2017).

Bolaños (2009) e Haubert e Vieira (2014) ressaltam que deve haver limitações na interferência dos familiares na psicoterapia infantil, já que o atendimento familiar tem como intuito uma aproximação das experiências da criança. Os autores apontam, como implicações da participação familiar, a produção reflexiva e a tomada de consciência dos familiares, acerca da influência exercida na organização psicológica e no desenvolvimento da criança.

Oliveira, Pereira e Bottega (2017) afirmam que a ausência da limitação descrita acima pode ocasionar idealizações e fantasias em torno dos resultados da psicoterapia. Problemas no manejo com a família podem ser preditores de abandono dos atendimentos. As atitudes e expectativas dos pais, assim como a percepção deles sobre o processo psicoterapêutico são variáveis da relação família - psicoterapeuta que podem afetar a disposição das famílias em persistir no tratamento ou mesmo em interrompê-lo (Medeiros, 2013).

Mantovani, Marturano e Silvares (2010) salientam ainda que é fundamental na psicoterapia infantil conhecer e caracterizar as famílias que buscam o serviço para suas crianças. Esse conhecimento viabiliza o planejamento de ações visando à prevenção de possíveis abandonos, formando um engajamento das famílias durante o processo de atendimento. Com isso, adequa-se o atendimento, tornando-o mais efetivo para atender à demanda, contribuindo para aumentar a adesão ao tratamento. Consequentemente, tanto as crianças quanto suas famílias podem ser beneficiadas com a continuidade do tratamento até a alta clínica (Nunes, Silvares, Marturano & Oliveira, 2009; Guimarães & Yoshida, 2014).

O brincar como comunicação na psicoterapia infantil

Nos textos pesquisados, as diferenças sociais na concepção de ser criança reverberam em alterações da noção de brincar. Para compreender a complexidade do 'brincar contemporâneo', denominação feita por alguns autores, é necessário olhar para a construção histórica da brincadeira, buscando observar suas características em cada contexto histórico (Kekae-Moletsane, 2008; Rodrigues & Nunes, 2010; Botha & Dunn, 2015).

Nessa compreensão contextual é importante entender que o brincar está vinculado aos fatores históricos e culturais que propiciaram seu aparecimento. Na evolução da humanidade é possível perceber que o brincar representa um processo de aprendizagem e descoberta do ser humano, que contribui de forma direta na construção das relações sociais e expressões individuais (Post, Ceballos & Penn, 2012; Höfig & Zanetti, 2016).

Para Armstrong e Kimonis (2013), é por meio da brincadeira que as crianças aprendem regras e limites, de forma voluntária e prazerosa. O brincar, além de ser um passatempo para a criança, expressa processos íntimos, desejos, problemas, ansiedades. Na brincadeira a criança afirma seu ser, possibilita e proclama sua autonomia e explora o mundo em sua linguagem, a partir de meios lúdicos. No brincar a criança faz ensaios, compreende e assimila gradualmente regras e padrões, absorve o mundo em pequenas doses, toleráveis a ela.

No esteio desse entendimento sobre o brincar e suas potencialidades expressivas, o processo lúdico aparece como um dos principais eixos da psicoterapia infantil, através do qual a criança, brincando, projeta seu modo de ser no atendimento. O objetivo é ajuda-la, através da brincadeira, a expressar com maior facilidade a si, seus conflitos e dificuldades (Menezes, López & Delvan, 2010; Dionne & Martini, 2011; Jäger, 2012; Nijnatten & Doorn, 2013).

Um dos principais componentes do brincar é o aprender a manipular símbolos e a pensar abstratamente, o que abre possibilidades para a comunicação. A partir da brincadeira como linguagem e do uso do brinquedo, a criança se conscientiza de si mesma como agente ativo e criativo nos atendimentos. Isso promove a ela um desenvolvimento gradativo em sua comunicação, já que esta atividade produz e reproduz emoções, possibilitando nomear e organizar melhor seu mundo (Jäger, 2012; Höfig & Zanetti, 2016).

Nijnatten e Doorn (2013) e Botha e Dunn, (2015) discutem que a verbalização, modo de acesso ao vivido infantil, pode ser introduzida via brincadeiras e do brinquedo. Ou seja, trazendo a esse brinquedo o valor de ferramenta de mediação terapêutica e, por meio deste, inicia-se a criação de um contato e a construção e fortalecimento da relação psicoterapêutica.

No ato de brincar há inúmeros aspectos que caracterizam o ser e o estado de cada criança, das suas emoções, dificuldades, vivências, formas de relacionar-se com o mundo e do seu desenvolvimento físico, mental e emocional. A utilização de recursos lúdicos tem o intuito de facilitar o processo de desenvolvimento da criança, partindo do entendimento de desenvolvimento em seu caráter de multidimensionalidade e como processo que se dá na relação (Rodrigues & Nunes, 2010; Ryan & Edge, 2011; Barzegary & Zamini, 2011).

 

Discussão

Com os resultados encontrados compreende-se que a psicoterapia infantil realizada em âmbito clínico tem apresentado constante evolução no modo como vem sendo exercida e discutida nos últimos anos. Percebe-se essa evolução em aspectos como integração de diferentes técnicas, protocolos e teorias (Parish-Plass, 2008; Boyer, 2010; Ruiz & Perete, 2015; Westrhenen, Fritz, Oosthuizen, Lemont, Vermeer, & Kleber, 2017), manejo com instrumentos inovadores (Botha & Dunn, 2009; Lac, 2014), tempo de processo terapêutico (Haugvik, 2012; Farrell, Kershaw, & Ollendick, 2018), desenvolvimento de estudos de eficácia da psicoterapia (Barzegary & Zamini, 2011; Han, Lee, & Suh, 2017), ampliação da participação familiar no processo (Chang & Yeh, 2015; Falkus, Tilley, & Thomas, 2016) e mesmo compreensão de fatores limitadores do processo terapêutico (O'Sullivan & Ryan, 2009; Guimarães & Yoshida, 2014).

Nesse panorama verifica-se que a pesquisa em psicoterapia com crianças tem apresentado significativos avanços, como apontado por Ramires, Godinho, Carvalho, Gastaud e Goodman (2017), o que demonstra que há a presença nos estudos de uma discussão sobre os conceitos que fundamentam os atendimentos, bem como acerca das intervenções realizadas, nas diferentes abordagens e dos elementos que convergem para uma melhora da criança atendida (Sori & Schnur, 2014; Weisz, 2014; Farrell, Kershaw, & Ollendick, 2018). Contudo, como apontado por Halfon, Goodman e Bulut (2018), verifica-se que a discussão sobre o processo terapêutico infantil como uma totalidade e o processo de mudança da criança atendida ainda precisa ser mais desenvolvida.

Os artigos analisados apresentam casos clínicos com diagnósticos que têm aparecido com frequência na atualidade, e verifica-se nos estudos uma tendência de enfatizar a conceituação da psicoterapia infantil e a maneira como esta é exercida em cada teoria. Contudo, essa ênfase é identificada com menor frequência nos trabalhos empíricos, nos quais o foco passa a ser o manejo interventivo em quadros clínicos específicos como o autismo, o TDAH, a depressão, a síndrome de Asperger, crianças com dificuldades escolares, dentre outros (Prebianchi, 2011; Haubert & Vieira, 2014; Rodrigues, Sei & Arruda, 2013; Accurso & Garland, 2015).

A partir dos pontos discutidos acima, percebe-se a busca por compreender elementos e preditores para a eficácia ou o fracasso da psicoterapia, algo destacado na literatura sobre psicoterapia com crianças (Midgley, O'Keefe, French, & Kennedy, 2017). Também compreende-se um importante destaque ao acompanhamento de psicopatologias, ora com discussão crítica acerca da ênfase no diagnóstico (Post, Ceballos, & Penn, 2012; Alves, Machado, Gastaud, & Nunes, 2013), como ressaltado por Hoffman (2020), ora limitando o estudo ao como proceder com aquela patologia específica, tornando secundária discussões acerca de aspectos sociais e culturais envolvidos na problemática apresentada pela criança (Barzegary & Zamini, 2011; Conway, 2014), restringindo o olhar para o fenômeno multifacetado da infância ou mesmo convergindo para a patologização da infância.

A consideração da multiplicidade de fatores envolvidos nas vivências infantis traz à tona um olhar maior para a experiência da criança, no campo da pesquisa em psicoterapia infantil (Nashat & Quartier, 2014). Nos artigos, é essa visualização mais abrangente que possibilita o reconhecimento das experiências vividas pelas crianças, considerando-as como uma construção que ocorre de maneira gradativa e entrelaçada a diversos fatores (Scaglia, Mishima & Barbieri, 2011; Souza & Mosmann, 2013; Carvalho et al., 2015).

As pesquisas demonstram uma ampliação na compreensão acerca dos 'sintomas' da criança, atentando para as relações entre a sintomatologia e a dinâmica familiar e promovendo discussões sobre os limites e alcances do trabalho com os pais na psicoterapia infantil. Os estudos refletem um olhar investigativo maior para a dinâmica familiar, trazendo essa instância como colaboradora para o entendimento dos psicodinamismos da criança e para melhores resultados na psicoterapia (Gordon & Cooper, 2016). As temáticas encontradas discutem as interferências familiares no processo infantil, a avaliação dos resultados da psicoterapia e as variáveis envolvidas considerando a família (Bolaño, 2009; Haugvik, 2012; Pereira, Schmitz & Menezes, 2015; Christon et al., 2016).

Outro fator abordado nos estudos é a compreensão do brincar na psicoterapia infantil. Segundo Rodrigues e Nunes (2010), o brincar aparece como via principal para expressão da singularidade e acesso àquilo que é trazido pela criança e que antes fora apreendido em seu meio. Há uma relevância do reconhecimento e estabelecimento da dimensão lúdica no processo de psicoterapia infantil, sendo este um fundamental meio de expressão da criança e de suas questões (Campos & Cury, 2009; Post et al., 2012; Botha & Dunn, 2015).

Apesar dos pontos mais recorrentes, ressalta-se que não há uma padronização dos atendimentos e das técnicas utilizadas na psicoterapia infantil. Nos artigos analisados, visualiza-se que as intervenções no âmbito clínico diferem no que diz respeito às abordagens teóricas. Observa-se ainda que, da amplitude de teorias, os desenvolvimentos técnicos fundamentam-se principalmente na visão de homem das perspectivas (Moura et al., 2009; Gastaud, Carvalho, Goodman, & Ramires, 2015; Nadir, Hansel & Guillermo, 2016).

Com o desenvolvimento da clínica psicoterápica com crianças e a crescente busca por esse atendimento (Cunha & Benetti, 2009), os estudos demonstram a necessidade de criação de alternativas para a comprovação da eficácia e efetividade das técnicas utilizadas para esse público. Ressalta-se a busca de constante aprimoramento dos métodos de pesquisa, na tentativa de contribuir para uma maior fundamentação científica na área da psicoterapia infantil (Deakin & Nunes, 2008; Prebianchi, 2011; Nashat & Quartier, 2014).

 

Considerações finais

A presente revisão sistemática objetivou o reconhecimento de como a psicoterapia infantil tem sido conceituada e exercida em setting clínico. O estudo contemplou o período de 2008 a 2018 e encontrou, dentre pesquisas disponíveis em língua inglesa, portuguesa, espanhola e francesa, 67 artigos, teóricos e empíricos. A partir dos artigos encontrados na pesquisa e da discussão promovida, compreende-se que os dados encontrados contemplaram o objetivo proposto.

Destaca-se que a psicoterapia com crianças vem se configurando como uma prática fundamental frente à demanda existente na contemporaneidade. Essa atuação apresenta-se também como um campo de produção científica do conhecimento e de elaboração de uma práxis que tem se voltado às demandas cada vez mais contextualizadas em cada cultura, às suas especificidades e necessidades. Dados como esses amplificam a necessidade de estudos cada vez interligados com os aspectos culturais e sociais que permeiam e atravessam a vida da criança, na medida em que estes constituem aqueles que chegam aos atendimentos de psicoterapia infantil.

Os resultados indicam a relevância da discussão sobre a psicoterapia infantil e de relaciona-la aos fatores sociais e culturais que apontam a forma como a criança é compreendida também em termos de saúde e adoecimento. Os estudos apontam um entrelaçamento entre o aumento da demanda por atendimentos infantis os comportamentos considerados parte desse período da vida, bem como aqueles comportamentos e sintomas causadores de prejuízos para a criança ou que causem preocupação àqueles que convivem com ela, o que abre um campo de discussão sobre a influência da cultura na vida das crianças e suas implicações nos encaminhamento para a psicoterapia, bem como no desenvolvimento dos atendimentos realizados com a criança.

Os estudos encontrados discutem a importância de não se enxergar a criança como alguém que vivencia as relações sociais e culturais como o adulto, nem como alguém que teria compreensão deslocada deste contexto. Ao mesmo tempo, as pesquisas afirmam que as vivências infantis são singulares, não sendo possível a homogeneização dessas experiências. A compreensão do caráter de singularidade da infância, abordada nos estudos, rompe com um olhar meramente comparativo entre modelos de infância ou mesmo com a dinâmica do adulto.

Os resultados disponíveis em diversos idiomas e culturas apresentam um panorama importante e múltiplo acerca da psicoterapia infantil. Os dados discutidos nesse artigo possibilitam o reconhecimento dessa atuação em várias nacionalidades, apontando seus aspectos relevantes e a eficácia da intervenção psicoterapêutica com o público infantil. Também é possível, com a presente revisão perceber pontos que podem ser mais desenvolvidos no contexto da psicoterapia com crianças. Pesquisas dessa natureza contribuem tanto para o desenvolvimento científico, lançando luz em aspectos que podem ser alvo de futuras pesquisas, bem como aprimorar a prática de psicoterapeutas que atuam em setting clínico.

O presente estudo, mesmo contemplando um período extenso e abarcando pesquisas de muitas nacionalidades, apresenta limitações como em relação ao período temporal que precisa ser demarcado, deixando sem verificação estudos anteriores (que poderiam fornecer um panorama histórico relevante) e posteriores (que destacariam mais atualidades nas intervenções). Como o propósito desse estudo era o de reconhecer o processo como um todo da psicoterapia infantil, aspectos mais específicos, relativos à linhas teóricas ou técnicas específicas não puderam ser explorados com mais profundidade.

Verifica-se que os artigos discutem os avanços técnicos e teóricos da psicoterapia infantil, apontando novas práticas e abordagens, mas ressaltam recorrentemente a necessidade de constante investigação, teórica e empírica, sempre relacionada com o contexto da criança. Dessa forma, sugere-se em futuras pesquisas acerca da psicoterapia com crianças que possam contemplar maiores discussões sobre a relação entre cultura, sociedade, adoecimento e suas implicações na intervenção psicoterapêutica com crianças em setting clínico.

 

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Correspondência para:
Rosa Angela Cortez Brito
Av. Washington Soares, 1321 - Edson Queiroz
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E-mail: rosa@unifor.br

 

Submetido em: 22.11.2019
Aceito em: 01.09.2020

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