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Trivium - Estudos Interdisciplinares

versión On-line ISSN 2176-4891

Trivium vol.12 no.spe Rio de Janeiro set. 2020

 

ARTIGOS

 

A Policlínica de Berlim: utopia freudiana?

 

The Berlin Polyclinic: Freudian utopia?

 

La Polyclinique de Berlin: utopie freudienne?

 

La Policlínica de Berlín: ¿utopía freudiana?

 

 

Macla Nunes

Doutoranda em Pesquisa e Clínica em Psicanálise pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ. E-mail: macla.nunes@unirio.br

 

 


RESUMO

No V Congresso Psicanalítico Internacional em Budapeste, Sigmund Freud (1918) aponta que, para além do foco na divulgação do saber psicanalítico, os psicanalistas deveriam engajar-se na reconstrução de uma civilização marcada então pelos devastadores traumas da primeira guerra do século XX. Neste artigo, pretendemos refletir sobre a criação da Policlínica de Berlim, cuja significação histórica e social, juntamente com o Instituto Psicanalítico de Berlim, retrata um pioneirismo que promoveu a psicanálise a um nível inédito.

Palavras-chave: POLICLÍNICA DE BERLIM; INSTITUTO PSICANALÍTICO DE BERLIM; UTOPIA; PIONEIRISMO.


ABSTRACT

At the V International Psychoanalytic Congress in Budapest, Sigmund Freud (1918) points out that, in addition to focusing on the dissemination of the psychoanalytic knowledge, psychoanalysts should commit to the reconstruction of a civilization marked by the devastating traumas of the first war of the 20th century. In this article we intend to reflect on the creation of the Berlin Polyclinic, whose historical and social significance, together with the Berlin Psychoanalytic Institute, portrays a pioneering spirit that promoted psychoanalysis to an unprecedented level.

Keywords: BERLIN POLYCLINIC; BERLIN PSYCHOANALYTIC INSTITUTE; UTOPIA; PIONEERING SPIRIT.


RÉSUMÉ

Au V Congrès Psychanalytique International de Budapest, Sigmund Freud (1918) souligne qu'en plus de se concentrer sur la diffusion des connaissances psychanalytiques, les psychanalystes devraient s'engager dans la reconstruction d'une civilisation marquée par les traumatismes dévastateurs de la première guerre du XXe siècle. Dans cet article, nous avons l'intention de réfléchir à la création de la Polyclinique de Berlin, dont la signification historique et sociale, avec l'Institut Psychanalytique de Berlin, dépeint un esprit pionnier qui a promu la psychanalyse à un niveau sans précédent.

Mots-clés: POLYCLINIQUE DE BERLIN; INSTITUT PSYCHANALYTIQUE DE BERLIN; UTOPIE; ESPRIT PIONNIER.


RESUMEN

En el V Congreso Internacional de Psicoanálisis en Budapest, Sigmund Freud (1918) señala que, además de centrarse en la difusión del conocimiento psicoanalítico, los psicoanalistas deben participar en la reconstrucción de una civilización marcada por los devastadores traumas de la primera guerra del siglo XX. En este artículo pretendemos reflexionar sobre la creación de la Policlínica de Berlín, cuya importancia histórica y social, junto con el Instituto Psicoanalítico de Berlín, retrata un espíritu pionero que promovió el psicoanálisis a un nivel sin precedentes.

Palabras clave: POLICLÍNICA DE BERLÍN; INSTITUTO PSICOANALÍTICO DE BERLÍN; UTOPÍA; ESPÍRITU PIONERO.


 

 

"A hora da batalha não é a da guerra, mas a de um momento privilegiado da guerra, onde a história de uma doutrina confunde-se com a de suas crises e onde as crises testemunham a implantação de uma doutrina, de suas derrotas ou de suas vitórias"
(Elizabeth Roudinesco,1989)

O que sei é que o discurso analítico não pode ser sustentado por um só. Tenho a sorte de haver quem me siga. O discurso, portanto, tem aí sua chance.
(Jacques Lacan, 1973)

A contundente crítica de Thomas Morus (2001) à corrupção do regime burguês e às injustiças da sociedade feudal da Inglaterra renascentista retrata a desordem, os males, misérias, crimes e pestes públicas que assolam o povo inglês, então, sob o reinado de Henrique VIII. As magníficas e espaçosas cinquenta e quatro cidades da ilha da Utopia que Rafael Hitlodeu descreve em detalhes edificam, no entanto, na obra de Morus, uma sociedade que se organiza em torno de um generoso sonho de renovação social. O povo utopiano compartilha o princípio da posse comum de bens e do solo, constitui-se sem antagonismos entre a cidade e o campo, sem trabalho assalariado, sem gastos supérfluos e luxos excessivos, e tem o Estado como órgão administrador da produção. Utopos, conquistador que primeiro se apoderou da ilha e lhe deu seu nome, teve espírito e habilidade para humanizar a população grosseira e selvagem que ali habitava e transformá-la em um povo cujas leis, instituições, artes, ofícios e relações entre si ultrapassam os outros no que diz respeito à civilização. Utopia, por definição: "lugar que não existe"1, ilha maravilhosa, imaginária, quimérica, ideal. Por um tempo, o desejo humanitário e utópico de Freud conheceria destino diferente.

 

Freudianos nas frentes de batalha

Ainda que tenha sido surpreendido pela primeira guerra do século XX que, conforme Roudinesco (2016) observa, "desenrolava-se nos ares e no fundo dos oceanos, no mar, na terra, nas trincheiras da lama, devastadas por gases tóxicos e juncadas de corpos mutilados" (2016, p. 203), e não visse a chegada do furor nacionalista dos povos contra as últimas dinastias imperiais, nem crescer o ódio que, em sessenta anos, substituíra a primavera dos povos, Sigmund Freud percebeu, desde os primeiros meses do conflito, que aquela seria uma longa e devastadora guerra, e revelaria o que suas elaborações anunciavam sobre os aspectos mais sombrios da humanidade: um desejo de destruição próprio da espécie humana. Atividades, projetos e conflitos vividos no interior do movimento psicanalítico, como as dissidências de Adolf Adler (1911) e Carl Gustav Jung (1913), são transpostos para outro cenário. Membros do comitê de Freud são sucessivamente recrutados para as frentes de batalha.

Em 1915, entre eles, Max Eitingon é o primeiro a servir, em Praga, como cirurgião. Karl Abraham, num grande hospital na Prússia oriental. Otto Rank é enviado a Cracóvia para a artilharia pesada e Sándor Ferenczi, incorporado como médico-major nos hussardos húngaros e, depois, em Budapeste, como psiquiatra num hospital militar. O tratamento das neuroses traumáticas vai tornar-se a questão maior para o movimento psicanalítico e, enquanto muitos soldados afetados são considerados covardes, simuladores, alvos de suspeitas e punidos com repetidas e dolorosas sessões de eletroterapia pela maioria dos neurologistas e psiquiatras, os companheiros de trabalho de Freud, alistados nas frentes de batalha, obtêm sucessos terapêuticos nada negligenciáveis nos tratamentos das neuroses chamadas, então, "neuroses de guerra".

Ernest Simmel, por exemplo, num hospital psiquiátrico militar, combina hipnose catártica e interpretação dos sonhos em estado de vigília e sob hipnose, pretendendo o alívio dos sintomas em algumas sessões. Obviamente, ainda que se considerasse que métodos combinados e curtos como esses não visavam a uma "cura psicanalítica", no sentido do "conjunto da personalidade" do sujeito, e que um exame clínico posterior fosse indispensável antes de qualquer pronunciamento sobre os efeitos do tratamento no longo prazo, é inegável que os tratamentos oferecidos por esses freudianos estavam em oposição e se apresentavam como alternativa à violência dos métodos cruéis e não eficazes que eram aplicados em grande escala nestes hospitais e centros de tratamento.

 

Entusiasmo: o V Congresso Psicanalítico Internacional

Em 1918, enquanto as privações acarretadas pela guerra ainda aumentavam, significativas ajudas financeiras e a realização do V Congresso Psicanalítico Internacional em Budapeste reanimam o estado de espírito de Freud. Segundo Ernest Jones (1989), "o espírito propulsor da organização do Congresso realizado em tempo de guerra era o operoso Abraham" (1989, p. 203). Este foi o primeiro congresso, observa Jones, em que estiveram presentes representantes oficiais de algum governo, nesse caso, dos governos austríaco, alemão e húngaro. O papel que as "neuroses de guerra" passam a ocupar nos cálculos militares chama a atenção dessas figuras oficiais. Representantes políticos de Budapeste, inclusive, não economizaram em demonstrações de apreço na recepção dos participantes do congresso.

Conforme Jones, ainda, Freud não pôde deixar de comover-se pelo entusiasmo reinante e pelas brilhantes perspectivas abertas. Um livro de Simmel e relatos de trabalhos práticos feitos por Abraham, Eitingon e Ferenczi impressionaram os oficiais médicos dos altos escalões do exército presentes, o que propiciava grandes possibilidades para a abertura de clínicas psicanalíticas para tratamento das neuroses de guerra em centros diversos. Poucos dias depois, Freud escreve a Ferenczi: "Estou me regozijando de satisfação e o meu coração está leve, pois sei que meu Sorgenkind, a obra de minha vida, está protegido por sua cooperação, e pela dos outros, e seu futuro assegurado".2

Algo importante a se destacar, observa Laura Sokolowsky (2013) em sua obra Freud et les Berlinois. Du congrès de Budapest à l'Institut de Berlin 1918-1933, é que Freud evoca a criação desses centros psicanalíticos nos exércitos diante de uma assembleia composta de psicanalistas e médicos militares, bem como de representantes oficiais do governo. Esse duplo endereçamento, afirma Sokolowsky, deve ser lembrado, por causa do risco de se cometer contrassensos, já que uma omissão como essa pode transformar o inventor da psicanálise em um terapeuta idealista ou em um benfeitor humanista. O que Freud não era.

Mas, na mesma medida em que está confrontado pela amplitude dos traumas da guerra e com a imensa desordem suscitada pela decadência das estruturas estatais das antigas potências da Europa Central, em suas Linhas de progresso na terapia psicanalítica, Freud (1918) propõe uma revisão dos procedimentos terapêuticos adotados pelos psicanalistas até ali, e aponta que, para além do foco na divulgação do saber psicanalítico, os psicanalistas se deveriam engajar na reconstrução de uma civilização devastada e marcada pela catástrofe.

 

Berlim: invenção e expansão

A criação da Policlínica Psicanalítica de Berlim, inaugurada na primavera de 1920, inscreve-se, assim, como uma resposta na série de desenvolvimentos e na expansão do campo psicanalítico. Como afirma Peter Gay (2012), Berlim torna-se, naquele momento, o coração de todo o movimento psicanalítico internacional, inclusive, por causa do afluxo de psicanalistas emigrados que para lá se dirigiam:

Mas, nos primeiros anos da República de Weimar, Berlim tinha se constituído como o centro nervoso da psicanálise mundial, a despeito da precária condição política da jovem república, ameaçada pela inflação incontrolável, assassinatos políticos, esporádica ocupação estrangeira e, em alguns momentos, uma guerra civil em potencial. À luz dessa história tumultuada, é irônico que os analistas de Berlim tenham se beneficiado dos infortúnios e perseguições ocorridos em outros lugares (Gay, 2012, p. 464).

 

 

Na perspectiva do historiador sobre o espírito e a vitalidade que, ali, transbordavam, "a clínica berlinense para o tratamento psicanalítico de enfermidades nervosas e o Instituto a ela associado foram a primeira concretização do apelo utópico de Freud" (2012, p. 466). O Relatório original sobre os dez anos do IPB, publicado por Max Eitingon (1930), é um documento bastante importante e mostra um pouco da estrutura desse que se tornou um verdadeiro laboratório de formação de psicanalistas, desempenhando durante dez anos um papel considerável na elaboração dos princípios da análise didática e servindo de modelo para todos os outros institutos posteriormente criados no âmbito da International Psychoanalytical Association, a IPA.

Com Max Eitingon presidindo a comissão de ensino, foi em 1923 que, pela primeira vez no mundo, a formação analítica foi submetida às três prescrições: análise didática, ensino teórico e supervisão. Algumas palavras de Ernest Simmel sobre a história e a significação social do Instituto Psicanalítico de Berlim, no relatório sobre os dez anos de funcionamento da clínica e do Instituto, traduzem o espírito e o significado dessa experiência:

Era um empreendimento ousado, em tempos de colapso econômico, um instituto que devia tentar tornar o tratamento psicanalítico acessível àqueles mesmos que viam sua neurose ser reforçada por causa da miséria econômica ou que eram ainda mais expostos, suscetíveis ao empobrecimento material por causa de suas inibições neuróticas. Dada a extensão da catástrofe social do período pós-guerra, a capacidade do Instituto Psicanalítico de Berlim só poderia ser insignificante; no entanto, hoje, suas possibilidades de impacto, de incidência social, excedem amplamente o tratamento de um indivíduo. As 117 análises atualmente em curso são o centro, o eixo de uma penetração psicanalítica que se espalha de maneira contínua, precisamente na camada social desfavorecida. De fato, a psicanálise pode liberar o indivíduo de sua atitude irracional em relação à realidade, causada por seus complexos; ela o torna novamente capaz de atividades normais e tem, portanto, efeitos de saúde mental inclusive sobre aqueles que o rodeiam (Simmel, 1930, p. 46, tradução nossa).

No prefácio do documento, Freud toma a palavra:

As páginas que seguem descrevem a organização e as realizações do Instituto Psicanalítico de Berlim, ao qual cabem três funções importantes no interior do movimento psicanalítico: tornar acessível nossa terapia à massa de seres humanos que não sofrem menos de suas neuroses que os ricos, mas que não estão em condições de pagar pelo seu tratamento; criar um lugar onde a análise pode ser ensinada teoricamente e onde as experiências dos analistas mais antigos podem ser transmitidas aos jovens desejantes de aprender; enfim, aperfeiçoar nosso conhecimento a respeito das afecções neuróticas e nossa técnica terapêutica aplicando-a e colocando-a à prova em novas condições. Tal instituto era indispensável, mas, para sua fundação, nós poderíamos ter esperado em vão a ajuda do Estado e o interesse da Universidade. A energia e a abnegação de um dos analistas intervieram aqui. Dr. Max Eitingon, atualmente Presidente da 'Associação Psicanalítica Internacional', criou há dez anos, por seus próprios meios, o Instituto, o manteve e, desde então, o dirigiu com seus próprios esforços. O relatório dessa primeira década do Instituto de Berlim é uma homenagem ao seu criador e diretor, uma maneira de lhe agradecer publicamente. Qualquer um que, de uma maneira ou de outra, toma parte na psicanálise, participará desde agradecimento (Freud, 1930, p. 41, tradução nossa).

Projetos que permanecem como projetos são utopias. A situação que poderia, nas palavras e no olhar de Freud, em sua célebre comunicação no V Congresso Internacional, parecer fantástica e pertencer ao futuro, foi transformada em força material pela ação de alguns homens cuja inventividade e insistência marcam um pioneirismo que promoveu a psicanálise a um nível inédito.

 

Considerações finais

Outras sociedades psicanalíticas seguiram os planos de Berlim com as clínicas de tratamento, entre elas: Moscou, Frankfurt, NY, Trieste, Paris. E também é verdade que a rigidez e o regime, considerado como autoritário, burocrático e prussiano, do funcionamento do grupo berlinense, receberam muitas críticas. Jacques Lacan, em 1971, aponta o lugar do discurso universitário na estrutura de ensino do Instituto de Berlim, com seus cursos obrigatórios e protocolos; a partir de observações precisas de Siegfried Bernfeld (1892-1953) e Michael Balint (1896-1970), sobre os contornos institucionais que o movimento psicanalítico ganhou naquele momento histórico, Moustapha Safouan (1985) compara a ortodoxia do grupo de Berlim à heterodoxia do grupo que se formou em torno de Freud, em Viena.

Recentemente foi publicada no Brasil a obra As clínicas públicas de Freud: psicanálise e justiça social, 1918-1938, uma contribuição de valor inestimável. Nesse trabalho, Elizabeth Danto (2019) descreve, em detalhes, alianças e controvérsias que compõem o desfecho da experiência berlinense, em 1933. Além disso, como já ouvimos, nada está conquistado de uma vez para sempre. Quanto aos caminhos da psicanálise e dos psicanalistas na Alemanha nazista, eis aí outra parte da mesma história.

 

Notas

1 Thomas Morus (1478-1535) criou, em 1516, a palavra utopia para dar título ao seu livro: do gr. ou (não).

2 Citado por JONES, E. A vida e a obra de Sigmund Freud. Vol. 2. (1989, p. 205).

 

Referências

Danto, E. A. (2005). As clínicas públicas de Freud: psicanálise e justiça social, 1918-1938. São Paulo: Editora Perspectiva.         [ Links ]

Freud, Sigmund. (1919[1918]). Linhas de progresso na terapia psicanalítica. In J. Strachey (Ed. e Trans.), Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud (Vol. 17, pp. 197-211). Rio de Janeiro: Imago, 1969.         [ Links ]

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Roazen, Paul. (1971). Freud e seus discípulos. São Paulo: Editora Cultrix Ltda., 1971.         [ Links ]

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Safouan, Moustapha. (1985). Jacques Lacan e a questão da formação dos analistas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.         [ Links ]

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