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Jornal de Psicanálise
versión impresa ISSN 0103-5835
J. psicanal. vol.52 no.97 São Paulo jul./dic. 2019
INTERFACE COM A CULTURA
Entre mistérios e palavras: o feminino em Elena Ferrante
Between mysteries and words: the feminine in Elena Ferrante
Entre misterios y palabras: lo femenino en Elena Ferrante
Entre mystères et mots: le féminin dans Elena Ferrante
Adriana Rotelli Resende Rapeli
Psiquiatra, psicanalista, membro associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro (SBPRJ) e da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP). Itapira / adrianarapeli@gmail.com
RESUMO
Com base em um perturbador encontro com passagens de livros de Elena Ferrante, a autora tenta abordar a questão da feminilidade, seus segredos transmitidos ancestralmente. Recupera na psicanálise de vários autores conhecidos e especialmente na obra dos não tão conhecidos Nicholas Abraham e Maria Torok a noção da herança da dor da separação da mãe, que as mães igualmente carregam. A dor de onde também nascem as palavras.
Palavras-chave: feminino, literatura, transgeracionalidade, psicanálise
ABSTRACT
From a disturbing encounter with passages of books by Elena Ferrante, the author attempts to address the issue of femininity, its secrets transmitted ancestrally. Retrieves, in psychoanalysis, in some very known psychoanalyst's works. And specially from these not very known authors, Abraham and Torok, comes the notion of inheritance of the pain of separation from the mother that mothers, in the same way, carry. The pain of where the words are also born.
Keywords: femininity, literature, transgeracionality, psychoanalysis
RESUMEN
Desde un inquietante encuentro con pasajes de libros de Elena Ferrante, la autora trata de abordar el tema de la feminidad, sus secretos transmitidos ancestralmente. Recupera, en el psicoanálisis de varios autores conocidos y especialmente en la obra de los no conocidos Nicholas Abraham y Maria Torok, la noción de la herencia del dolor de la separación de la madre, que las madres también llevan. El dolor del que nacen también las palabras.
Palabras clave: femenina, literatura, transgeneracionalidad, psicoanálisis
RÉSUMÉ
D'une rencontre troublante avec des passages de livres d'Elena Ferrante, l'auteur tente d'aborder la question de la féminité, ses secrets transmis ancestralement. Il récupère, dans la psychanalyse de plusieurs auteurs connus et surtout dans le travail du non connu Nicholas Abraham et Maria Torok, la notion de l'héritage de la douleur de la séparation de la mère, que les mères portent également. La douleur dont naissent les mots.
Mots-clés: féminin, littérature, transgenerationalité, psychanalyse
quis carregar o caixão no ombro. ... Depois que o ataúde foi depositado no carro funerário e este partiu, bastaram poucos passos e um alívio culpado para que a tensão precipitasse aquele fluxo secreto do meu ventre. O líquido quente que saía de mim contra minha vontade me deu a impressão de um sinal acordado entre estranhos dentro do meu corpo. (Ferrante, 2017, p. 14)
O trecho acima, extraído de Um amor incômodo (2017), da escritora italiana Elena Ferrante, causou em mim a estranheza e o impacto de uma perturbadora beleza (Freud, 1919/1996a). Tal como o incômodo amor que a narradora, Delia, tinha por sua mãe, Amália, que havia sido encontrada morta em uma praia. A partir desse derradeiro encontro no funeral, Delia empreenderá uma jornada de recordações e tentativas de entendimento de sua relação com a mãe e com sua própria feminilidade.
A certa altura temi que o sangue começasse a escorrer pelas minhas pernas e tentei me desvencilhar das minhas irmãs. Foi impossível. ... Alguns me abraçaram com tamanha força, e vertendo lágrimas tão copiosas, que oscilei entre uma impressão de sufocamento e uma insuportável sensação de umidade que se estendia do suor e das lágrimas deles até minha virilha, na junção das coxas. Fiquei contente pela primeira vez de ter escolhido aquele vestido escuro. (Ferrante, 2017, p. 15)
"Acordado entre estranhos", era uma linguagem corporal, ainda sem palavras, a surpreendê-la de um sofrimento que não lhe era conhecido. Ainda pura reação de intensidades, era sua vida mental que se mostrava pulsante, viva e inflamada. Ou ela a socorria, contendo-a dentro de si para transformá-la em nascimento narrativo, ou seria só sangue a escorrer, corpo inapreensível, hemorrágico.
A perturbação do que não conhecemos, mas nos habita em suspense, como algo familiar, mas desconhecido, é uma ideia cara à psicanálise, como podemos ver no artigo de Freud (1919/1996a). De tal modo que a vertigem de estar diante de algo que se sabe pensar é a mesma que nos condena ao nascedouro da criatividade ou ao morredouro de impressões. O mesmo hiato-cesura que, se suportado, pode nos levar entendimentos. Tal é a "capacidade negativa", conceito que Bion (1970/1973) empresta do poeta Keats e que é tão caro ao exercício da prática psicanalítica. Sem ela não trabalhamos em nossos consultórios e se dela tanto precisamos a ponto de nos envolver com tal profissão impossível (segundo o mesmo Freud) é porque sem ela não sobrevivemos mentalmente, não renovamos cotidiana e ininterruptamente a capacidade de pensar.
Volto ao texto:
Então me desvencilhei grosseiramente, prometi a minhas irmãs que chegaria ao cemitério em tempo para a cerimônia de sepultamento e voltei para a praça. A passos rápidos, procurei um bar. Perguntei pelo banheiro e em enfiei nos fundos do estabelecimento, em um cubículo fedorento com um vaso imundo e uma pia amarelada. O fluxo de sangue era copioso. Tive uma sensação de náusea e uma leve tontura. Vi na penumbra minha mãe, com as pernas abertas, soltando um alfinete de fralda e arrancando do sexo, como se estivessem coladas, tiras de linho ensanguentadas, depois virando-se sem surpresa e me dizendo calmamente: "saia, o que você está fazendo aqui?" (Ferrante, 2017, p. 16)
A cena, tal como todo o livro, narrado em primeira pessoa, me aproxima da personagem, e com ela procuro um lugar onde me limpar e com ela relembro a sensação da sempre inusitada visita mensal, às vezes desejada, às vezes temida e em geral incômoda, da menstruação. E com ela, no espaço exíguo daquele banheiro - como um presépio-berço improvisado para uma criança inoportuna -, improviso o ritual de limpeza, enquanto outro fluxo me junta à aparição da mãe. As identificações que, em tempos distintos, carregamos na eternidade de nossas almas.
Caí em prantos, pela primeira vez depois de muitos anos. Enquanto chorava, batia com uma das mãos na pia, quase a intervalos fixos, como se para impor um ritmo às lágrimas. Quando percebi, parei, limpei-me da melhor maneira possível com lenços de papel e saí em busca de uma farmácia. (Ferrante, 2017, p. 16)
Eu me comovo com Delia no mistério da literatura (Rapeli, 2007) que comungamos com aquelas personagens mais verdadeiras que muitos vivos entre nós. A tristeza de envelhecer (a mãe se afogou da velhice?), de viver a morte de nossos pais, de não ter mais filhos - ou nem os ter. E o alívio também de ter ainda a vida jorrando a reclamar em si. Diferentemente das irmãs, não só por estar solteira entre as casadas, Delia padecia da humanidade que não se calcava apenas na biologia: o modo pelo qual sofria e significava em sangue o seu sofrimento era só seu:
Eu não quis ou não consegui enraizar ninguém em mim. Mais algum tempo e perderei até a possibilidade de ter filhos. Nenhum ser humano jamais se desligaria de mim com a mesma angústia com que me desliguei da minha mãe apenas porque nunca consegui me apegar a ela definitivamente. (Ferrante, 2017, p. 16)
Amália, mãe de Delia, talvez tenha carregado a sexualidade mais proeminente que a maternidade, representa um incômodo amor para a filha. Uma relação feita de violência - porque é assim que é tudo o que nos excede. Delia precisa entender-se e busca na casa vazia, no vestido, nos últimos passos da mãe, rastros de si mesma. O tempo fértil (no corpo e na mente) também se esgota, ela agora precisa de fato enterrar a mãe, que permanecia encravada nela.
Há muito que poderia se pensar com a contundência de Elena Ferrante/Delia. Mas a cena da mulher que menstrua e se limpa em solidão é de tal intimidade, que não havia para mim precedentes. Eu, que desde muito antes de ter menstruação, já me misturava aos livros, me vi diante de palavras que me falaram de um modo inusitado. Pude ver escrito o que meu corpo soube fazer por décadas. Desde os lenços de papel, a roupa convenientemente escura, os cuidados prosaicos que me foram ensinados de modo imperceptível por mãe, irmãs, amigas.
Delia é a mulher solteira, cuja menstruação sem a finalidade procriadora também a diferencia do corpo biológico em que a menstruação é sua marca, como a culpa: o fracasso e a insistência da natureza em se continuar apesar de nossa existência e de nosso conhecer. De novo o meu espanto, a perturbação. O modo de sofrer o luto por uma mãe, o útero que chora, o revés de um parto1 (como canta Chico Buarque) é talvez a separação não superada da mãe, a relação apaixonada de amor-ódio, nosso batismo de humanidade.
As reverberações da teoria psicanalítica me acodem com as palavras de nossos principais pensadores. Para Freud, a tumultuada tragédia humana encenada na infância de nossas mentes, nossos olhos edipianos incapazes de ver e cegos de culpa, teria cores diferentes no menino e na menina - a menina acanhada de sua feminilidade, mutilada congenitamente pela ausência fálica. Mais tarde, Freud (1933/1996b) consideraria o mistério edipiano da mulher, o seu apego precoce à mãe como sendo primário.
Em Melanie Klein, mais precocemente ainda, vemos esse palco ser transportado para o berçário. O bebê kleiniano é um ser atormentado por violentas projeções e introjeções com o seio - partes de mãe/mundo que ele consegue apreender. Ódio e medo de retaliação, os piores castigos da nossa "metade arrancada" (na mesma canção escrita por Chico Buarque), na diferenciação dolorosa que culmina com a integração depressiva do bem e do mal e que constitui o alicerce emocional do bebê. Por essa ainda indiscriminada identificação projetiva, serão pedaços de mãe e bebê, na cosmogonia deste par, que fundamentam o mundo mental do pequeno ser que fomos. E que continuamos a ser, pois de mãe e filho será a troca perene que precisaremos vida afora - a mãe benevolente cujo amor não tão incômodo nos suportará com a amenização dessa tormentosa paixão.
Assim Winnicott (1975) via a mãe boa o suficiente para não provocar cismas profundos demais, uma relação mãe-bebê em que as falhas possam ser suportadas dentro da realidade da mente (pelo brincar, pela abertura à simbolização). E Bion (1970/1973), que descreve a mãe que se pensa enquanto pensa o bebê, o pensamento como um leite que a mãe produz com a matéria-prima da sua vida toda nascida também do contato com o seu filho. São ideias bastante poderosas e muito conhecidas entre nós. A dor de existirmos e a evolução inescapável da constituição de nossas mentes, condenados que somos à solidão, a antropológica criação de nossa condição de seres pensantes, pode ser ainda anterior ao nosso próprio nascimento.
Lembro aqui Nicholas Abraham e Maria Torok, quando retomam o conceito de unidade dual do húngaro Imhe Hermann. Neste o voo imaginativo de uma herança filogenética, vergonha e culpa superegoicas seriam origina- dos de um pecado que remonta aos tempos imemoriais, quando se abateu a catástrofe do desgarramento, do desligamento entre mãe e filho. Esta é a hipótese de Hermann (diferente do instinto materno, de Ferenczi e sua Thalassa): em uma horda primitiva, mãe e filho teriam vivido inseparáveis, tal qual o filhote de macaco agarrado a sua mãe e esta agarrada às árvores. Por um cataclismo separados, "tal como o fogo, desprende a criança da mãe, desprende a mãe da criança, da criança que se tornou sua árvore" (Abraham, 1972/1995b, p. 314). Na separação da mãe o desprendimento da árvore, o bicho virando homem por então ficar marcado pelo desejo impossível: a frustração do agarramento que pode se tornar simbólica ou incrustar-se como culpa e vergonha.
A mãe e a criança desde sempre. Sua indissolúvel unidade! Dissolvida, no entanto, cedo demais, eis do que somos lembrança, lembrança agida, lembrança que age: eis o nosso instinto de homem mais primitivo, nosso instinto filial, sempre frustrado, sempre em ação. (Abraham, 1972/1995b, p. 314)
Carregaríamos a identificação melancólica de nossas mães perdidas, nelas também. Condenados através de gerações:
A mãe perdida é a mãe de tudo. Crianças raptadas, não cessamos de refazê-la na noite dos tempos: primeiro como repetição do mesmo, fazendo o tempo precisamente; depois como ritos, fetiches ou deuses, verdade, identidade; amor, amizade, inimizade, elãs, divã, psicanálise... (Abraham, 1972/1995b, p. 314)
Voltando a Elena Ferrante (2015), em um livro anterior, A amiga genial (primeiro livro da Tetralogia Napolitana), a repulsa à ligação com a mãe é também descrita em momentos diferentes da vida da protagonista Elena, apelidada Lenu: a mãe nervosa, enlouquecida como as mulheres do bairro, destituídas de sonhos e sobrevivendo com raivas, que pareciam possuídas por criaturas invisíveis que saíam do esgoto. A mãe que mancava, a mãe falha, a mãe que não podia estar à frente de seus anseios de crescimento e representava a inconveniente raiz que lhe atrapalha os vãos passos. Lenu idealiza a amiga genial Lila (em pequena diferença de origens e nomes) e com ela sofre a comparação inevitável. A amiga cresce com ela e por ela. Há um momento dramático em que Lila cruelmente joga Tina, a boneca de Lenu, em um porão escuro. A dor insuportável de imaginar a boneca, para ela viva, sofrendo foi, entretanto, guardada com "a arte aperfeiçoada de conter o desespero". Estrangulada entre dois sofrimentos, o de chorar pela perda da boneca ou a perda da amiga, joga a boneca da amiga no mesmo porão.
Naquele buraco fundo em que as infâncias se perdem também eu revivi algo doloroso e para mim até aí ainda indescritível: as muitas separações que continuamos a ter em amizades e amores desiludidos, a vida que envelhece em nós, as repetições que fazemos e aplicamos vida afora. As buscas de outros afetos que nos tiram de casa se espalham como tentáculos pelo bairro e pela cidade e impregnam outras relações, sejam as de amizade e amor, sejam as de submissão ou ódio.
Em Dias de abandono (Ferrante, 2016), é a vez de Olga, que acaba de ser abandonada pelo marido. A mulher aqui está em um outro momento, e a separação tem a agudeza da traição do marido com uma adolescente. Acompanhamos de um fôlego a desorganização da casa e da mente da personagem, na recusa a assumir o papel da traída (sem a arte de conter o desespero), no esforço para não perder totalmente a ligação com a realidade, na dificuldade de continuar a cuidar dos filhos e das tarefas domésticas. E depois a dolorosa recuperação da sanidade, que só pôde ocorrer por meio da compreensão de sua responsabilidade pela sua vida e pela desidealização do marido, a quem havia entregado também o seu valor e seu crescimento.
Eu ainda me esquecia das panelas ao fogo e não sentia o cheiro do queimado ... trancava-me várias vezes no banheiro e dedicava ao meu corpo longos exames, obsessivos, detalhados ... Temia que o esforço que tinha feito para não me perder tivesse me envelhecido ... Mas eram, sobretudo, as imagens imperceptíveis da mente, as sílabas escassas, que eu temia. Bastava um pensamento e eu não conseguia me lembrar, um simples movimento sinuoso violáceo de significados, um hieróglifo verde do cérebro, para que reaparecesse o mal-estar e voltasse dentro de mim o pânico ... então me via ligando e desligando a televisão mecanicamente, somente para ter companhia, ou cantarolava uma canção de ninar no dialeto da infância... (Ferrante, 2016, p. 149)
A tentativa de recuperar o funcionamento passivo e mecânico, a busca do dialeto materno em que não havia ainda palavras, de novo me remete ao casal Abraham e Torok. Dizem eles sobre a anterioridade da fala:
antes dessa descoberta, a criança não tem Inconsciente nem Consciente. Ou para ser mais preciso, ela não tem outra consciência ou outro Inconsciente que não seja o da mãe. As palavras que dela emanam como seus seios, seus cabelos, seus gestos, seu ser afetivo, com sua harmonia e suas contradições, com seus gestos para outrem e gestos para si, onde para a criança, consciente e Inconsciente da mãe se confundem. É assim que se pode dizer que a palavra, a fala da mãe, é um pedaço-de-mãe, uma parte da mãe. A descoberta do filho tem lugar quando esses pedaços de mãe que são as palavras se descentram da própria pessoa da mãe para designar acontecimentos objetivos ... o Inconsciente materno está contido na fala da criança no modo do fantasma. Na repetição permite, aqui e acolá, expulsar, pela magia das palavras, o espectro do morto. (Abraham, 1972/1995a, pp. 379-380)
Se, em Um amor incômodo, de 2017, Ferrante refaz a relação com a mãe e, na Tetralogia Napolitana (2015), ela repassa, em uma epopeia, a vida de Lenu e a sua desde o início da adolescência, em Dias de abandono (2016) é o casamento que é revisto: nas escolhas de se prender ao marido, perdendo-se no papel da mulher-mãe. Ferrante, a enigmática escritora cuja identidade ainda permanece desconhecida, se mostra para mim como possuindo uma alma feminina. Uma alma cuja vivência é cruenta, como a ferida da mulher e do que sangra vida afora a dor da incompletude ancestral. Mas que poderia ser a do homem, pois é a condição de todo filho que busca a mãe - que também busca a mãe....
Quando escreve sobre suas mulheres, Elena Ferrante fala a nós e nos expurga do limbo em que vivemos em segredo. Ela nos traz a palavra, que nos recupera o mistério de existirmos humanos, homens e mulheres, na incompletude de quem busca as origens, nós, "que em meio a fezes e urina, sangue e dor, nascemos para lendas, mares, amores, mortes serenas" (Cícero, 2002). Busca que continua nas palavras e sentidos que a arte e literatura - e a psicanálise - nos trazem. Pois na cultura, a grande mãe prenhe de símbolos, essa fértil genealogia que integra a mente universal, estão os pedaços que podem ser vinculados pelo amor ao conhecimento e à verdade.
Referências
Abraham, N. (1995a). Notas do seminário sobre a unidade dual e o fantasma. In N. Abraham, & M. Torok, A casca e o núcleo (pp. 361-389). São Paulo: Escuta. (Trabalho original publicado em 1972) [ Links ]
Abraham, N. (1995b). Para introduzir o "instinto filial". In N. Abraham, & M. Torok, A casca e o núcleo (pp. 311-321). São Paulo: Escuta. (Trabalho original publicado em 1972) [ Links ]
Bion, W. R. (1973). Atenção e interpretação (C. E. P. Affonso, Trad.). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1970) [ Links ]
Cícero, A. (2002). Huis Clos. In A. Cícero, A cidade e os livros. Rio de Janeiro: Record. [ Links ]
Ferrante, E. (2015). A amiga genial (M. S. Dias, Trad., 1.ª Ed.). São Paulo: Biblioteca Azul. [ Links ]
Ferrante, E. (2016). Dias de abandono (F. Cricelli, Trad., 1.ª Ed.). São Paulo: Biblioteca Azul. [ Links ]
Ferrante, E. (2017). Um amor incômodo (M. Lino, Trad., 1.ª Ed.). Rio de Janeiro: Intrínseca. [ Links ]
Freud, S.(1996a). O estranho. In S. Freud. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. 17, pp. 235-273.) Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1919) [ Links ]
Freud, S.(1996b). Novas conferências introdutórias sobre psicanálise. Conferência 33: Feminilidade. In S. Freud. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. 22, pp. 113-134). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1933) [ Links ]
Rapeli, A. R. R. (2007). Psicanálise e literatura: aos pés da letra. Trieb, 6(1),491-501. [ Links ]
Winnicott, D. W. (1975). A criatividade e suas origens. In D. W. Winnicott, O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago. [ Links ]
Zimmerman, D. V. (2001). Vocabulário contemporâneo de psicanálise. Porto Alegre: Artmed. [ Links ]
Recebido em: 22/10/19
Aceito em: 16/11/2019
1 "Pedaço de mim", música de Chico Buarque (1977-1978).