38 94 
Home Page  


Boletim - Academia Paulista de Psicologia

 ISSN 1415-711X

SCARTAZZINI, Leticia    BORGES, Lucienne Martins. Condição psicossocial do agente penitenciário: uma revisão teórica. []. , 38, 94, pp.45-53. ISSN 1415-711X.

^lpt^aO sistema prisional brasileiro atravessa uma crise histórica, considerando sua baixa eficiência em cumprir com seu ideal: reintegrar à sociedade o sujeito que cometeu um ato julgado como legalmente desviante. Estima-se que o índice nacional de reincidência ultrapassa os 70%. Além deste alto índice, há os inúmeros atos violentos que permeiam as instituições prisionais, atos que frequentemente chegam ao conhecimento social através da mídia. Neste sistema encontra-se o agente penitenciário, sujeito que ocupa o espaço hierárquico entre a direção das instituições prisionais e os sujeitos detidos nelas; é ele que rege o cumprimento dos direitos e deveres- os institucionais e os dos detentos. O cotidiano desses profissionais envolve situações interacionais peculiares, executadas em um ambiente onde a violência é tanto latente quanto evidente. Neste sentido, esta pesquisa objetivou analisar a produção científica que contemplava a condição psicossocial do agente penitenciário. A partir de buscas em bancos de dados brasileiros e internacionais, realizou-se um levantamento sistemático de artigos, mediante descritores preestabelecidos. A bibliografia selecionada foi delimitada entre o período de 2002 a 2013; para sua análise, compreenderam-se artigos científicos publicados e disponibilizados integralmente. Os temas centrais foram reunidos em quatro categorias de análise: violência, saúde mental, fatores de risco, fatores sociais e organizacionais. Os resultados apontam para a lacuna de pesquisas com esta população, bem como para o adoecimento relacionado a esta categoria profissional. Também evidenciam-se as dificuldades enfrentadas no decorrer da carreira de um agente penitenciário. E por fim, o que é consenso, é a necessidade de atenção e cuidado com esta categoria profissional^len^aThe Brazilian prison system is undergoing a historical crisis, considering its low ability in fulfilling with its ideal: to reintegrate into society a person that committed an act considered by society as legally deviant. It is estimated that the national rate of recidivism exceeds 70%. In addition to this high index, there are innumerable violent acts that permeate prisons, acts that often reach social knowledge through the media. In this system, there is the penitentiary agent, who occupies the hierarchic space between the direction of the prison institutions and its prisoners; it is he who governs the fulfillment of the rights and duties - the institutional and the inmates ones. The daily routine of a penitentiary agent involves peculiar interactional situations, performed in an environment where violence reigns, latently and clearly. In this sense, the objective of this research is to analyze the scientific production that contemplates the psychosocial condition of the penitentiary agent. From researches in Brazilian and international databases, a systematic survey of articles was conducted, by means of pre-established descriptors. The analysis of the consulted bibliography was delimited between the period of 2002 and 2013; it comprised scientific articles published and entirely available. The central subjects have been gathered in four categories: violence, mental health, factors of risk, and social and organizational factors. Results point to the gap of researches with this population, as well as the illnesses related to this professional category. The difficulties encountered in the course of a penitentiary agent's career are also evident. And finally, which is a consensus, is the need for attention and care with this professional category^les^aEl sistema penitenciario brasileño atraviesa una crisis histórica, considerando su baja eficiencia en el cumplimiento de su ideal: reintegrar el sujeto que cometió un acto delictivo contra la sociedad. Se estima que la tasa de reincidencia nacional supera el 70%. Además de esta alta tasa, hay muchos actos violentos que permean las prisiones, los que a menudo llegan al conocimiento social a través de los medios de comunicación. Dentro de este sistema se encuentra el oficial de custodia, sujeto que ocupa el espacio entre la gestión jerárquica de las cárceles y los sujetos detenidos en ellas, es él quien domina el cumplimiento de los derechos y obligaciones institucionales y de los internos. La vida diaria de un oficial de custodia implica situaciones de interacción peculiares, dentro de en un entorno en el que la violencia es tanto latente como evidente. En este sentido, esta investigación tuvo como objetivo analizar la producción científica que incluía la condición psicosocial del oficial de custodia. A partir de búsquedas en los bancos de datos nacionales e internacionales, se llevó a cabo un estudio sistemático de los artículos, utilizando descriptores preestablecidos. El análisis de la bibliografía se delimitó del período de 2002 a 2013. Para ello, se entiende que los artículos científicos estaban publicados y puestos a disposición en su totalidad. Los temas centrales fueron agrupados en cuatro categorías de análisis: violencia, salud mental, factores de riesgo y factores sociales y organizacionales. Los resultados apuntan a un vacío en la investigación con esta población, así como para las enfermedades relacionadas con esta profesión. También se evidencian las dificultades enfrentadas durante la carrera del oficial de custodia. Y por último, el consenso de la necesidad de atención y cuidado a esta profesión

: .

        · | | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License