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Revista Psicologia Política

 ISSN 2175-1390

BLOSS, Gerusa Morgana    ALVES, Lucas de Oliveira. Inumeráveis e pandemia: a memória como resistência à quantificação da vida. []. , 21, 52, pp.761-776. ISSN 2175-1390.

^lpt^aEsse artigo visa discutir alguns aspectos da gestão política da pandemia causada pelo coronavírus, bem como analisar projetos memorialísticos que se contraponham ao discurso de quantificação da vida engendrado por esferas do poder. Partimos dos conceitos de biopolítica e tanatopolítica, respectivamente em Foucault e Agamben, para refletirmos sobre a lógica de manejo da vida e da morte que se desdobra e se agudiza durante a pandemia no Brasil. No que tange à memória, resgatamos e articulamos o pensamento de Freud e Benjamin como modo de pensar uma memória que seja individual e coletiva, articulada ao luto e à possibilidade de narrar o tempo em que vivemos. Destacamos obras de Ai Weiwei e o projeto Inumeráveis no Brasil, buscando refletir sobre como essas obras memorialísticas podem resistir a uma política de apagamento do valor singular da vida.^len^aThis article aims to discuss some aspects of the political management of the pandemic caused by the coronavirus, as well as to analyze memorial projects that oppose the discourse of quantification of life engendered by spheres of power. We started from the concepts of biopolitics and thanatopolitics, respectively in Foucault and Agamben, to reflect on the logic of managing life and death that unfolds and worsens during the pandemic in Brazil. Regarding memory, we rescued and articulated the thoughts of Freud and Benjamin as a way of thinking about a memory that is individual and collective, articulated to grief and the possibility of narrating the time in which we live. We highlight works by Ai Weiwei and the project Inumeráveis in Brazil, seeking to reflect on how these memorialistic works can resist a policy of erasing the singular value of life.^les^aEste artículo tiene como objetivo discutir algunos aspectos de la gestión política de la pandemia causada por el coronavirus, así como analizar proyectos de memoria que se oponen al discurso de cuantificación de la vida engendrado por las esferas de poder. Partimos de los conceptos de biopolítica y tanatopolítica, respectivamente en Foucault y Agamben, para reflexionar sobre la lógica de gestión de la vida y la muerte que se despliega y se agrava durante la pandemia en Brasil. En cuanto a la memoria, rescatamos y articulamos el pensamiento de Freud y Benjamin como una forma de pensar una memoria que es individual y colectiva, articulada con el luto y la posibilidad de narrar el tiempo que vivimos. Destacamos las obras de Ai Weiwei y el proyecto Inumeráveis en Brasil, buscando reflexionar sobre cómo estas obras memorialísticas pueden resistir una política de borrado del valor singular de la vida.

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