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Revista Mal Estar e Subjetividade

versão impressa ISSN 1518-6148versão On-line ISSN 2175-3644

Resumo

PISETTA, Maria Angélica Augusto de Mello. Angústia e subjetividade. Rev. Mal-Estar Subj. [online]. 2008, vol.8, n.1, pp.73-88. ISSN 1518-6148.

Procuramos neste artigo discutir as dificuldades do manejo da angústia na clínica psicanalítica a partir das diferentes conceituações do objeto da angústia em Freud e Lacan. O fato clínico da angústia demarca não apenas uma evidência clínica, mas uma função particular na condução do tratamento e, ainda, a condição do homem como faltante. Freud não deixa de marcar a importância da angústia na clínica ao se referir a um sinal em Inibições, sintomas e ansiedade (1926) e Lacan, mais especificamente, vai desenvolver, a partir disto, como função da angústia, a sinalização da possibilidade de sufocação do desejo. A noção de alteridade radical aqui desempenha uma localização central, já que a referida sufocação do desejo indicaria uma perda dos limites do sujeito e do Outro. Desse modo, pretendemos contemplar neste artigo as questões em torno desta problemática da constituição do sujeito nos limites do Outro, a partir da angústia. Para tanto, consideramos as perspectivas freudianas da 'natureza' da angústia, do objeto fóbico e do objeto da angústia, procurando evidenciar a busca freudiana pelo entendimento da função da angústia. Discutiremos também a referência lacaniana ao significante e à irredutibilidade da angústia ao simbólico. A partir desta discussão, destacamos o entendimento da função da angústia em relação ao asseguramento da alteridade radical do sujeito.

Palavras-chave : angústia; objeto "a"; subjetividade; Freud; Lacan.

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