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Revista Brasileira de Terapias Cognitivas
versão impressa ISSN 1808-5687versão On-line ISSN 1982-3746
Rev. bras.ter. cogn. vol.11 no.2 Rio de Janeiro dez. 2015
https://doi.org/10.5935/1808-5687.20150017
COMUNICAÇÕES BREVES
Contribuições da FBTC ao crescimento das terapias cognitivas no Brasil
FBTC contributions to the growth of cognitive therapies in Brazil
Carmem Beatriz NeufeldI; Caroline da Cruz Pavan-CândidoII; Silviane PazIII; Rose Guedes MartinsIV
IDoutora - (Professora do Departamento de Psicologia da Universidade de São Paulo)
IIMestrado - (Doutoranda) - AdHoc - SP - Brasil
IIIPsicóloga Clínica - Ação Cognitiva - Centro de Atendimento e Treinamento em Terapias Cognitivas
IVPsicóloga Clínica - Instituto Flow Ir de Psicologia e Desenvolvimento de pessoas
RESUMO
As terapias cognitivas (TCs) são um conjunto de práticas que compartilham aspectos teóricos e metodológicos e vêm ganhando reconhecimento por seus resultados positivos no tratamento dos mais diversos transtornos mentais. Neste artigo, o crescimento das TCs no Brasil será abordado a partir do desenvolvimento da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas (FBTC), sociedade científica que vem, desde seu surgimento, fomentando o crescimento da área. O embrião da FBTC começou a se formar no início da década de 1990, mas somente em 2009 recebeu a atual denominação, com o objetivo de abrigar as Associações Estaduais de Terapias Cognitivas (ATCs), criadas a partir de 2005, sendo a ATC-RIO, no estado do Rio de Janeiro, a primeira delas. Outras ações da FBTC foram a criação do Grupo de Doutores, do Grupo de Trabalho para o Simpósio da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia, a organização do Encontro Brasileiro de Ensino de Terapias Cognitivo-comportamentais, além de seu evento bienal, o Congresso Brasileiro de Terapias Cognitivas. Os maiores desafios da federação para os próximos anos continuam sendo o fortalecimento das TCs por todo o País, bem como sua inserção nas matrizes curriculares dos cursos de Psicologia e Residências em Psiquiatria.
Palavras-chave: História; Terapia cognitiva; Sociedades científicas
ABSTRACT
Cognitive Therapies (CTs) are a set of practices that share theoretical and methodological aspects and have gained recognition for their positive results in treating several mental disorders. In this article, the growth of CTs in Brazil will be addressed from the developments of the Brazilian Federation of Cognitive Therapies (FBCT), a scientific society that has since its inception been fostering growth in the field. FBTC began its formation in the early 1990’s, but only in 2009 it received its current name, in order to house the State Associations of Cognitive Therapies (ATCs) created as from 2005. The first ATC was ATC-RIO, in the state of Rio de Janeiro. Other contributions of FBTC were the creation of the Group of Doctors, the Working Group for the Symposium of the National Association for Research and Post-Graduate Studies in Psychology, the organization of the Brazilian Meeting of Cognitive-Behavioral Therapy Teaching, in addition to its biennial event, and the Brazilian Congress of Cognitive Therapies. The biggest challenges of the federation for the coming years will still be the strengthening CTs throughout the country, as well as their insertion in the curriculum of Psychology undergraduate courses and of medical training in Psychiatry.
Keywords: History; Cognitive therapy; Scientific societies
INTRODUÇÃO
As terapias cognitivo-comportamentais (TCCs) ou terapias cognitivas (TCs) podem ser definidas como um conjunto de práticas que apresentam aspectos teóricos e metodológicos comuns, que vêm ganhando visibilidade e reconhecimento por seus resultados positivos no tratamento dos mais diversos transtornos mentais (Dobson & Scherrer, 2004; Knapp, 2004). Surgiram nas décadas de 1950 e 1960, nos Estados Unidos, diante da insatisfação de pesquisadores e terapeutas com os modelos psicodinâmicos e estritamente comportamentais (Beck & Alford, 2000 Dobson & Scherrer, 2004; Ellis, 2001; Knapp, 2004; Neufeld, Brust, & Stein, 2011).
Os primeiros sinais de interesse pela área das TCCs no Brasil se deram na década de 1960, acompanhando as tendências mundiais. O grupo de pesquisadores da área de Análise Experimental e Aplicada do Comportamento aproveitou a visita do Professor Michael Mahoney ao Brasil e convidou-o a ministrar um curso sobre modificação cognitiva do comportamento, pois identificaram a necessidade de se estudar os comportamentos encobertos (Rangé & Guilhardi, 1995). No entanto, foi só no final dos anos 1980 que as TCs de fato chegaram ao Brasil, trazidas por professores universitários e terapeutas comportamentais que tomaram conhecimento a seu respeito ao participar em congressos internacionais e pela literatura da área em língua inglesa. Em seguida, um grupo de pesquisadores e terapeutas iniciou encontros para discussão sobre a abordagem e incorporação às suas práticas clínicas (Shinohara & Figueiredo, 2011).
Mais uma vez, acompanhando o que estava acontecendo em outros lugares do mundo, iniciou-se na década de 1990, no Brasil, um movimento no sentido da constituição de uma abordagem cognitivo-comportamental, a partir da tradução, para o português, do livro Terapia cognitiva da depressão, de Aaron Beck e colaboradores, mudando a cara da terapia comportamental no Brasil (Rangé & Guilhardi, 1995). Desde então, as TCCs só têm crescido e adquirido reconhecimento dentro e fora da psicologia.
Neste artigo, o crescimento das TCs no Brasil será abordado a partir do desenvolvimento da maior associação científica representante da área no País, a Federação Brasileira de Terapias Cognitivas, que vem, desde seu surgimento há quase 18 anos, promovendo e fomentando o crescimento das TCs.
A FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE TERAPIAS COGNITIVAS
O nascimento da primeira associação que, posteriormente, veio a se tornar a Federação Brasileira de Terapias Cognitivas (FBTC), se deu no contexto de inserção das TCs e TCCs no Brasil e foi muito importante para a área. Sua criação se tornou referência para os terapeutas e pesquisadores brasileiros.
O embrião da FBTC começou a se formar no início da década de 1990, quando foram realizados eventos científicos - por exemplo, o Encontro Internacional de Terapia Cognitivo-comportamental, no Rio de Janeiro - e profissionais das TCCs, com Bernard Rangé, Cristiano Nabuco de Abreu e Paulo Knapp sendo convidados a participar da I Reunião Latino-americana de Terapias Cognitivas, em 1996, em Buenos Aires (Rangé & Guilhardi, 1995; Rangé, Falcone, & Sardinha, 2007). Ainda em 1996, um grupo de terapeutas cognitivo-construtivistas fundou a Associação Brasileira de Terapias Cognitivas Construtivistas (ABTCC).
As TCs foram ganhando força e adeptos no País, que se envolveram em um movimento de produção e divulgação da área, tendo como um de seus resultados a união da ABTCC à SBTC, no momento da sua fundação, em abril de 1998, durante a primeira edição do Congresso Brasileiro de Terapias Cognitivas (CBTC), realizado em Gramado, juntamente com a segunda edição da Reunião Latino-americana de Terapias Cognitivas (Rangé et al., 2007).
Com o objetivo de divulgar a SBTC no Rio de Janeiro, Eliane Falcone, presidente da sociedade na época, promoveu a I Mostra Universitária de Produção Científica em Terapia Cognitivo-comportamental (I Mostra TCC). Devido ao sucesso, e para dar continuidade à promoção desse e de outros eventos no estado, foi fundada a Associação de Terapias Cognitivas do Estado do Rio de Janeiro (ATC-RIO), em 2005 (Shinohara & Figueiredo, 2011). No mesmo ano, foi fundada a Revista Brasileira de Terapias Cognitivas (RBTC) (Falcone, 2007), importante veículo de divulgação das TCCs e notável contribuição do grupo do Rio de Janeiro às TCCs no Brasil.
Em 2009, com o objetivo de abrigar as ATCs, a SBTC passou a ser denominada como atualmente é conhecida: Federação Brasileira de Terapias Cognitivas (Federação Brasileira de Terapias Cognitivas [FBTC], 2010).
Apesar de sempre ter atuado junto às entidades latino-americanas, desde 2010 a FBTC veio aumentando o investimento em ações com foco na internacionalização. Um exemplo desse investimento crescente culminou com o resultado do World Congress of Behavioural and Cognitive Therapies (WCBTC), no Peru, em 2013. Esse congresso mundial contou com a maior delegação de brasileiros registrada em um congresso de TCs. O evento teve a participação de mais de 450 brasileiros, que apresentaram mais de 200 trabalhos - constituindo-se como a maior delegação do exterior. Além disso, no final de 2013, a FBTC se tornou membro das duas maiores entidades internacionais de TCs: a Association for Behavioral and Cognitive Therapies (ABCT) e a International Association of Cognitive Psychotherapies (IACP). Como resultado dessa afiliação, a FBTC esteve presente oficialmente pela primeira vez, em 2014, na reunião dos membros internacionais da ABCT, o que lhe conferiu grande visibilidade junto às mais importantes entidades de TC do mundo (FBTC, 2015b).
Em 2013, a federação criou o Grupo de Doutores da FBTC, cujos objetivos são refletir e contribuir com propostas de divulgação científica na FBTC, bem como promover a aproximação das TCs com a pesquisa nas áreas relacionadas, com vistas a melhorar as práticas científicas. O grupo inicial foi composto por 80 doutores de todo o Brasil, além de dois de Portugal. O grupo se reuniu no I Encontro de Doutores, no IX CBTC, em 2013, e no II Encontro de Doutores, no X CBTC, em 2015. A criação do Grupo dos Doutores foi responsável pelo aumento do número de pesquisadores nas diretorias e comissões, pois se estabeleceu uma comissão científica permanente (FBTC, 2013).
Apesar da forte tradição científica, de sua maciça produção e do grande interesse que despertam, as TCCs ainda têm modesta participação nos currículos de Graduação e Pós-graduação em Psicologia no Brasil. Diante disso e de um antigo desejo e reivindicação de orientadores de Pós-graduação, durante o I Encontro dos Doutores da FBTC foram identificados os possíveis interessados e elegíveis para a formação do primeiro Grupo de Trabalho (GT) de TCCs, que foi aprovado para o Simpósio da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia (ANPEPP), a partir de 2014. O GT é composto por mais de 30 pesquisadores nacionais e internacionais e busca ocupar um espaço importante de política científica e de difusão dos conhecimentos das TCs junto aos Programas de Pós-graduação em Psicologia no Brasil (FBTC, 2015a). Apesar da criação do GT ter estado vinculada à FBTC, sua atuação é independente. Porém, como os membros coincidem, o GT fomenta as ações da FBTC e vice-versa (FBTC, 2015b). Também durante esse Simpósio da ANPEPP, foi realizado o I Encontro Brasileiro de Ensino de Terapias Cognitivo-comportamentais (I EnTCC), com o intuito de fomentar debates sobre o ensino e a supervisão em TCC, visando implementar ações para melhoria na formação de terapeutas na área.
Nesse mesmo ano, foi dado início a um processo que era demanda dos associados da FBTC há anos: a certificação dos terapeutas cognitivos do Brasil. Os estudos para a implantação do processo de certificação foram iniciados em 2009, e, ao longo de quatro anos, uma comissão realizou levantamentos e discussões visando encontrar o melhor formato do processo de certificação para a FBTC. Na primeira etapa de implementação, foi lançado o edital de Certificação dos Seniors, terapeutas com reconhecida experiência e que foram certificados mediante pedido e apresentação de documentação comprobatória de experiência clínica e teórica na área, conforme critérios preestabelecidos. No início de 2015, foi iniciada a segunda etapa de implementação, mediante prova de conhecimentos teóricos, além de análise de currículo.
Ao longo dos quase 18 anos de sua existência, diferentes gestões se sucederam, promovendo diversas atividades e construindo um corpo crescente para a FBTC (Tabela 1).
Desde a fundação da FBTC, seus objetivos têm sido a difusão das TCs no Brasil, a promoção e facilitação do acesso dos associados à capacitação, por meio da organização e do apoio a eventos científicos e da publicação da RBTC (Neufeld & Affonso, 2013). Uma estratégia que favorece a difusão de conhecimentos e o acesso à capacitação é a promoção de eventos científicos. Para isso, a federação organiza bienalmente, desde 1998, o CBTC. Cada um dos presidentes, que assume a Federação por dois anos, realiza uma edição do evento, da qual também é o presidente. Uma exceção ocorreu durante os quase 18 anos de existência da FBTC: o II CBTC, realizado em 1999, teve como presidente Bernard Rangé, enquanto o presidente da federação era Paulo Knapp; e foi realizado com um intervalo de apenas um ano em relação à primeira edição, para que pudesse ocorrer juntamente com o V Latini Dies, realizado no Rio de Janeiro por Rangé, Falcone e Shinohara, com apoio da FBTC (Tabela 1) e da Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental (Rangé et al., 2007).
O CBTC foi realizado duas vezes nos estados do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul e de São Paulo, e três vezes na região Nordeste do País (em Alagoas, em Pernambuco e na Paraíba), o que sugere a necessidade da FBTC trabalhar na divulgação da área, especialmente, nos estados do Norte e do Centro-Oeste, que ainda não sediaram o evento (Neufeld, Paz, Guedes, & Pavan-Cândido, 2015) (Tabela 2). Essa distribuição parece refletir a história das TCCs no Brasil, que se iniciou nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo (Rangé & Guilhardi, 1995; Abreu, Ferreira, & Appolinário, 1998; Rangé et al., 2007; Shinohara & Figueiredo, 2011), seguidos pelo Rio Grande do Sul, pela Bahia e pela Paraíba (Neufeld, Xavier, & Stockmann, 2010). Ao longo dos anos, houve um crescimento do número de profissionais componentes das diretorias e comissões do evento, dos participantes e dos trabalhos apresentados, o que pode ser explicado pelo crescimento da FBTC e das TCCs no Brasil e no mundo (Dobson & Scherrer, 2004; Rangé et al., 2007).
No que se refere à divulgação do conhecimento científico produzido na área das TCCs, essa tem sido realizada, entre outras formas, por meio da publicação da RBTC, à qual a federação esteve ligada como parte de suas ações de divulgação da área. Publicado semestralmente desde 2005, em 2015 o periódico completou 10 anos de atuação na divulgação da produção nacional em TCC (Tabela 3).
Com o crescimento da área e por se tratar de uma entidade em um país de grande território, em 2005 a FBTC passou a fomentar e valorizar as representações estaduais, por meio das Associações Estaduais de Terapias Cognitivas (ATCs) e das Delegacias Estaduais. Inicialmente foram instituídas Delegacias Estaduais em sete estados brasileiros e três ATCs foram fundadas (Tabela 4).
Durante o V CBTC, que ocorreu no Rio de Janeiro em abril de 2005, foi proposta a criação da Associação de Terapias Cognitivas do Estado do Rio de Janeiro (ATC-RIO). Era o nascimento da primeira ATC: a ATC-RIO.
A ideia da ATC-RIO e o sucesso da I Mostra TCC da ATC-RIO evidenciaram o interesse e a necessidade de estudantes, profissionais e acadêmicos contarem com um evento em seu estado para que pudessem compartilhar experiências, divulgar pesquisas científicas e discutir casos clínicos. A partir dessa inspiração, ainda em 2005, foi fundada a ATC-SC e, logo depois, a ATC-SP.
Ao final de 2006, foi fundada ATC-PR e, em 2007, é fundada a primeira ATC da região Nordeste, a ATC-AL, e a primeira ATC da região Norte, no Amazonas, denominada ATC-NORTE. Em Pernambuco, desde 2004 já havia uma associação de TCC denominada Associação Pernambucana de Psicoterapia Cognitivo-comportamental (APC). Em abril de 2009, com a oportunidade de se filiar à FBTC, a APC passou a ser denominada Associação de Terapias Cognitivas do Estado de Pernambuco (ATC-PE).
No ano de 2010, foi fundada a ATC-RS, seguida da fundação da ATC-MINAS e da ATC-MT, ambas em 2011. A mais nova das ATCs é a ATC-RN, fundada em 2015.
No total, ao longo de sua história, a FBTC contou com ATCs em 11 estados do País. Dessas 11, três voltaram à condição de Delegacia Estadual após a avaliação de seus associados de que seria melhor para a organização, naquele momento, abrir mão da associação estadual, sendo elas a ATC-NORTE, a ATC-MT e a ATC-SP.
Com isso, a FBTC conta hoje com oito associações estaduais: ATC-AL, ATC-MINAS, ATC-PE, ATC-PR, ATC-RIO, ATC-RS, ATC-SC e a jovem ATC-RN. Atualmente, todos os estados onde não há ATC há uma delegacia estadual da FBTC (FBTC, 2015b) (Tabela 5).
A FBTC EM NÚMEROS
Em 2015, a FBTC completou 17 anos de história. Durante sua existência, o crescimento da federação vem acompanhando o crescimento das TCs no Brasil e no mundo, assim como indicado pelas previsões dos estudos de Norcross, Hedges e Prochaska (2002) e Norcross e Karpiak (2012). O número de associados aumentou de forma vertiginosa e atualmente a federação conta com mais de 2.400 associados, distribuídos por todos os estados brasileiros (Tabela 6 ). A maioria dos associados se encontra na região Sudeste, seguida pela Sul, com quase 35 e 26%, respectivamente. Os três estados com maior número de associados são Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro, que, como apresentado anteriormente, são os pioneiros das TCCs no País.
Assim como na distribuição das edições do CBTC pelo Brasil, o número de associados em cada estado e suas respectivas regiões evidenciam uma maior concentração das TCCs ainda nos estados pioneiros, indicando a necessidade de investimento na divulgação da área especialmente nas regiões Centro-Oeste e Norte.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Assim como nos estudos de Norcross, Alford e De Michele (1992) e Norcross e colaboradores (2002) sobre o crescimento das psicoterapias, os números referentes à FBTC (Federação Brasileira de Terapias Cognitivas, 2015b; Neufeld & Afonso, 2015), às ATCs e aos CBTCs (Neufeld et al., 2015) indicam crescimento da popularidade das TCCs.
Como previsto pela FBTC e pela própria área das TCCs, o crescimento do CBTC indica que o evento vem cumprindo seu papel de difusão da abordagem no Brasil (Neufeld et al., 2015). Sua expansão no País é apontada em diversos estudos, especialmente no que se refere à atuação na área (Rangé et al., 2007; Neufeld et al., 2011; Neufeld et al., 2015).
Em seus quase 18 anos, o crescimento da FBTC acompanhou o das TCs nos contextos nacional e internacional, assim como as previsões dos estudos de Norcross e colaboradores (1992, 2002). Os maiores desafios da FBTC para os próximos anos continuam sendo o fortalecimento das TCs por todo o Brasil, bem como sua inserção nas matrizes curriculares dos cursos de Psicologia e nas Residências em Psiquiatria, permitindo que estudantes e profissionais tenham acesso a esses conhecimentos (Neufeld & Afonso, 2013).
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Este artigo foi submetido no SGP (Sistema de Gestão de Publicações) da RBTC em 12 de agosto de 2016. cod. 443.
Artigo aceito em 26 de novembro de 2016.