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Reverso

versão impressa ISSN 0102-7395

Resumo

FARIA, Erika Vidal de. Escrever o que não se escreve: Clarice, a letra e o feminino. Reverso [online]. 2021, vol.43, n.81, pp. 35-42. ISSN 0102-7395.

A arte e a literatura nos ensinam a dimensão da invenção frente ao real enquanto o impossível que não cessa de não se escrever. É a partir disso que propomos pensar na escrita de Clarice Lispector - autora mundialmente conhecida pela singularidade e estética de seu texto - em relação à letra e ao feminino. Com base em relatos autorais e biográficos da escritora, abordamos a letra de Clarice considerando-a uma solução, não menos árdua, frente aos efeitos do não-todo que marcam quase toda a sua obra literária. Sua escrita pôde testemunhar algo do indizível, do impossível, do materno, do resto, da mística, do gozo Outro, do corpo, da lalangue. Através da fantasia masculina, essas nuances foram denominadas de enigmas da feminilidade, as quais necessitavam ser resgatadas da profundeza do continente negro para melhor serem compreendidas. O que talvez tenha passado despercebido ao discurso regido pela lógica fálica é que, em se tratando do feminino, nos interessa mais investigar os testemunhos singulares do não-todo frente às suas invenções singulares. O que Clarice tem a nos ensinar?

Palavras-chave : Clarice Lispector; Feminino; Letra; Literatura; Psicanálise.

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