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Ide

Print version ISSN 0101-3106

Ide (São Paulo) vol.44 no.73 São Paulo Jan./June 2022

 

ODE AO DIVINO EM TI: A TRAVESSIA DO HERÓI ENTRE CRENÇA E FÉ

 

 

O auto da palavra

 

Achievement word

 

 

Selma T. O. Fernandes Jorge

Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP) e docente do Instituto de Psicanálise "Durval Marcondes" da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP). Presidente Prudente / fejor3@hotmail.com

 

 


RESUMO

Neste trabalho, proponho um diálogo entre João Cabral, através de sua obra Morte e vida Severina (1954-1955), e a psicanálise, ambos no leito da semiótica e de Cândido Portinari. Considerarei, para este fim, a arte como leito simbólico de experiências emocionais vivenciadas; uma experiência estética em que a escrita e a pintura requererão do sujeito criativo um esvaziar-se de toda e qualquer crença (posse) que substitua o espaço da fé (experiência da espera) em benefício da criação.

Palavras-chave: transformações, experiência estética, semiótica


ABSTRACT

In this work, I propose a dialogue between João Cabral, through his book "Death and life of Severino" (1954-1955), and psychoanalysis, both under the aspect of semiotics and Cândido Portinari. I will consider, for this goal, art as a symbolic field of lived emotional experiences; an aesthetic experience where writing and painting will require from the creative being a self emptiness of each and every belief (possession) that substitutes the space of faith (experience of waiting) in benefit of the creation.

Keywords: transformations, aesthetic experience, semiotics


 

 

 

- O meu nome é Severino, não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria; como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o Severino o da Maria do finado Zacarias.
Mas isso ainda diz pouco:
Há muitos na freguesia, por causa de um coronel que se chamou Zacarias e que foi o mais antigo desta sesmaria. Como então dizer quem fala ora a Vossas Senhorias?
Vejamos: é o Severino da Maria do Zacarias, lá da serra da Costela, limites da Paraíba.

 

 

Esta cova em que estás, com palmos medida
É a conta menor que tiraste em vida
É de bom tamanho, nem largo, nem fundo
É a parte que te cabe deste latifúndio
Não é cova grande, é cova medida
É a terra que querias ver dividida
Chico Buarque, Funeral de um lavrador, 1965
(Para o espetáculo Vida e morte Severina no Tuca, PUC-SP)

 

 

Introdução

Neste trabalho proponho um diálogo entre João Cabral através de sua obra Morte e vida Severina (1954-1955) e a psicanálise, ambos sob o leito da semiótica e de Cândido Portinari. Considerarei, para o presente diálogo, a arte como leito simbólico das experiências emocionais vivenciadas: uma experiência estética em que a escrita, a pintura e as transformações no setting psicanalítico requererão do sujeito criativo um esvaziar-se de toda e qualquer crença (posse) que substitua o espaço da fé (experiência da espera) em benefício da criação.

Se, por um lado, João Cabral usa suas experiências como celeiro para sua escritura ficcional, por outro, o analista, em um exercício cuidadoso e equilibrado, ajusta a ficção à expressão da realidade, usa das experiências emocionais compartilhadas com sua analisanda para a descrição das evoluções ocorridas dentro do setting analítico.

Morte e vida, neste trabalho, são tomadas como experiências que, se transportadas e sonhadas dentro do setting, poderão transformar-se em conceitos para a dupla analítica.

 

Auto de Natal pernambucano

João Cabral de Melo Neto nasceu em Recife, em 9 de janeiro de 1920, e morreu no Rio de Janeiro, em 9 de outubro de 1999.

Morte e vida Severina (1954-1955) é obra-prima desse autor pernambucano, poema dramático de estrofes que nos emocionam pelo universo contido em sua regionalidade. Suas estrofes desfilam diante de nós feito imagens em procissão: são telas, figuras vivas, humanas que carregam em seu lombo promessas, culpa, dor e medo. Conforme o subtítulo da obra, "Auto de Natal pernambucano", ela se classifica como "Auto", que do latim recebe o significado de "realização, ação, ato". Designa também peça breve, de tema religioso ou profano.1

Ao considerar o estudo etimológico das palavras como exercício de investigação conceitual, abro espaço para conjecturar os autos como relicários, palco para o imaginário, lugar de reprodução e recepção da imagem. Segundo Ivan Teixeira:2

No dicionário etimológico de José Pedro Machado, o termo "imagem", derivado do latim imagine, desencadeia uma longa sucessão semântica, em que se destacam, por ordem de surgimento no verbete, as seguintes: representação, retrato de antepassado, imagem, sombra de morto; fantasma, visão, sonho. Além disso, traz uma curiosa nuança, que é a ideia de imitação, por oposição à realidade. Conclui-se daí que, em bom português, imagem é sinônimo de símbolo, pois se trata de uma coisa que se toma em lugar de outra. Convém lembrar que o verbo imaginar, pela mesma via latina, designa o ato de produzir imagens ou de representá-las. Hoje, como se sabe, o termo é definido, sobretudo, como a faculdade psíquica de produzir imagens novas por meio de combinações imprevistas a partir de imagens conhecidas. Sem esquecer as variantes semânticas atuais de ilusório ou fantástico (como adjetivo), o vocábulo imaginário, ao assumir a condição de substantivo, apresenta-se como resultado de fusão dialética entre imagem e imaginação, pois a criação de imagens pressupõe o uso da imaginação. Não é à toa que, em certas regiões do Brasil, imaginário designa, ainda, a pessoa que produz estátua, conhecida também como estatuário, santeiro ou imagineiro. Então, se a etimologia for aceitável como estágio preliminar de investigação de um conceito, a ideia de imaginário pertencerá à esfera semântica da utopia, do Mito e da criação artística. (Teixeira, s./d.)

 

O ateliê do poeta

João Cabral de Melo Neto teve boa parte de sua educação em colégio de padres; apenas aos 20 anos mudou-se para Rio de Janeiro. Mesmo tendo residido em vários países no exercício de sua carreira diplomática, jamais esqueceu suas memórias de infância.

Morte e vida é a minha experiência que guardo na memória e que nunca me saiu da cabeça, sobretudo quando estava fora. O poema é material de qualquer nordestino, é a reflexão sobre uma realidade, sem outro compromisso que não seja com a verdade. (Melo Neto, 1981)

O Polígono das Secas (1936), espaço geográfico do Nordeste, delimitava a seca em nove estados, com uma área que chegava a 944.561 km quadrados. As chuvas não representavam o problema, segundo Fernando Portela Andrade (Secas no Nordeste, Ed. Ática, 2004), mas sim sua irregularidade e a má distribuição. A história oficial das secas passou a escrever uma tragédia, estimativas, de acordo com o historiador Villa (2001), apontam a morte de aproximadamente três milhões de nordestinos entre 1925 e 1983, decorrente de fome, sede e doenças variadas, correspondente à metade dos judeus mortos na Segunda Guerra. (Coimbra, 2012)

A seca passava a ser sobrenome dos nordestinos que batizavam os seus filhos com nomes de santos. Promessa para o santo na hora do plantio, promessa para o santo no tempo da colheita. A cadeia simbólica cede espaço à crença em objetos desprovidos de vida. Promessas substituem o caminhar. Promessa, Severino!

João Cabral sempre teve medo da morte, o que, segundo ele, era fruto da educação dos padres. Morreu quase cego e depressivo, embora nunca aceitasse sofrer de depressão a quem lhe indicasse esse diagnóstico. Dizia: "Não é depressão. Depressão dá aquele desânimo, aquela sonolência, não provoca essa dor que sinto. Isso que sinto, tenho certeza, se chama angústia" (Castello, 2006, p. 214).

Morte e vida Severina

Severino,3 retirante, pergunta ao José, mestre carpina:
- Seu José, mestre carpina,
Que diferença faria
Se em vez de continuar
Romasse a melhor saída:
A de saltar, numa noite,
Fora da ponte e da vida?
(Melo Neto, 2007, p. 123)

Seu José, mestre carpina, que parecia saber interpretar sonhos, seria filho de Jacó?4 Sabia que a travessia era ir em busca de terras férteis - Canaã? (...)

- Severino, retirante,
deixe agora que lhe diga:
eu não sei bem a resposta ...
mas se responder não pude
à pergunta que fazia,
ela, a vida, a respondeu
com sua presença viva.
E não há melhor resposta
Que o espetáculo da vida:
Vê-la desfiar seu fio,
Que também se chama vida...

Melo Neto um dia arrumou as malas:

Se eu tivesse ficado em Recife, jamais teria escrito Morte e vida Severina, e outros poemas, porque acho quando você está na província, tem medo de ser provinciano. Acho que minha obra mudou e tomou o curso que devia tomar porque saí pelo mundo e pude escrever sobre a província sem me sentir provinciano. (Melo Neto, citado em Athayde, 1998)

E, como Retirante que busca vida nas letras:

- Desde que estou retirando
Só a morte vejo ativa,
Só a morte deparei
E às vezes até festiva;
Só a morte tem encontrado
Quem pensava encontrar vida,
E o pouco que não foi morte
Foi de vida Severina
aquela vida que é menos
Vivida que defendida,
E é ainda mais Severina
Para o homem que retira.
(Melo Neto, 2007, p. 100)

 

Auto da palavra

Convido o leitor para se juntar ao poeta e ao pintor, Melo Neto e Portinari, e se entregar a um exercício imaginativo:

Era outono quando o sol fez amanhecer em mim um Domingo: dia santo, dia do santo, dia de fé e coragem. Um filete de luz entra, dança e pinta as paredes do setting, risca e rabisca, desenha, apaga, desenha... apaga! Num arrepio, ouço rezadeiras ao longe e, como em coro, em procissão, parecem sussurrar o ato penitencial: uma súplica à absolvição pelo pecado original? Adão e Eva entram em cena, na sequência, Caim e Abel se juntam aos pais e realizam suas fantasias, andam todos juntos e carregam o corpo da criança morta.

Desassossego-me ao me permitir absorver de elementos reveladores de ansiedades persecutórias.

Talvez possa me ocupar dos pedaços de gente em procissão, para me juntar às Severinas. Então, quem sabe, desses pedaços, da coragem e da fé, surja a primeira palavra de um poema a iluminar a aridez desse ser-tão.

Ao flutuar vigilante e imaginativamente, procuro esvaziar-me do tempo e de mim mesma para em uníssono à Severina, aos santos e diabos, ver o espetáculo da vida desfiar seu fio... nessa itinerância infinita/finita de Norte ⃡ Sul. Ali, ao mesmo tempo em que acolá..., sem tempo ou lugar, aguardo notícias de Severina em suas idas e vindas.

 

A psicanalista e a Severina

No sertão... esse que me lembro... o problema não era a falta de chuva, era a fome. Essa não deixava a gente partir, tinha sempre alguém precisando da gente no balanço da rede. Eu precisava ter coragem para deixar painho, mainha, um sempre ficava para trás com a esperança de que a gente voltava para buscá... e nem sempre dava tempo. Precisei criar coragem para ouvir as notícias que vinham do Sul e então um dia partir ... meu pai ficou... doente, franzino. Tive notícias que ele morreu muito tempo antes da sua morte, morte de tristeza, dizia minha irmã, foi ficando calado e já não se interessava pelo manguzá. Eu me chamava Severina, mas poderia ser Plantina ou Desterro, nomes das minhas irmãs...

Minha irmã Plantina veio para o Sul no rabicho do tempo, não deu tempo de vê a mainha morrer.

Severina era uma mulher de estatura baixa e de ossatura franzina. Procurou o ateliê psicanalítico e se ocupou de narrar, desde o primeiro domingo, sua experiência de sertão.

Foi assim, no susto, que aprendi que sertão é esse que nos habita, lugar onde as emoções se alojam sorrateiramente. O primeiro domingo que seguia a pausa dos finais de semana, costumava ser sertanejo! A ausência, sentida como abandono, a conduzia até um altar de santos impiedosos, juntamente com a analista, que passava a pertencer à "classe seleta de humanos desinteressados pelas causas sociais".

A Fome

Uma tarde, num intervalo que seguiu ao seu atendimento, fui fazer meu lanche costumeiro. Sentia-me faminta, extraordinariamente faminta! Ao abrir a porta do frigobar, "me" surpreendo vazia tal como o via.

- Que vazio! - exclamei.

Pensei ter conhecido o vazio naquele instante!... Essas coisas são assim, eu parecia aprender na experiência do inusitado, sempre havia uma primeira vez no ato do inesperado, era ali que sentia o vazio me entrar pelos olhos do frigobar. Ele olhava para mim, estatelado, e enquanto eu escutava a espera; um ronco cortou seu silêncio.

Essa espera que não tem aguardo, avança e de repente conversa com você.

Naquele instante, conversava comigo através da contração ácida do estômago vazio, e assim parecia descobrir a fome pela primeira vez.

A fome era branca e estava emoldurada pelo oco do meu estômago.

Fechei o frigobar.

A espera

Eu sabia até aquele momento que Severina costumava apanhar meu lanche. Ela já tinha me comunicado gestualmente que era seu padrão fazê-lo após as interrupções, mas naquele momento era o vazio que me apanhava e me absorvia. O meu estômago estava ali, dentro de mim, à espera.

Reflito internamente que, se a experiência de espera me foi traduzida pelo ronco do estômago, manter-me contida pela sua contração ácida me envolveria no ódio ao desejo insatisfeito de me alimentar e, então, a vontade repentina de interromper a análise com Severina e não dividir mais meu lanche. Se não pude escutá-la porque faço parte da classe seleta de humanos desinteressados pelas causas sociais, ela estava ali, através da Fome, me comunicando que eu também precisava conhecer como era se sentir ácida à espera da realização da espera?

Domingo não era mais fome, era espera, precisávamos suportar o aguardo no devagar depressa dos tempos para despertar aos primeiros raios de sol.

Essa comunicação, ao ser vivenciada dentro do setting pôde exprimir os perigos:

• do sertão;
• da fome na ausência prolongada;
• dos pedaços de gente;
• da itinerância desacompanhada;
• da falência do pensamento.

Do singular ⃡ plural, somos todas Severinas quando comungamos a experiência: Atonement, diante do exercício psicanalítico.

Essa vivência nos conduziu a outros palcos, e então pudemos construir uma intimidade que deu aconchego ao seu relato de sobrevivência diante da morte prematura de sua irmã e consequentemente da psiquê de sua mãe. Esta permaneceu na aridez do sertão e, melancólica, não conseguiu conduzir os outros filhos a outras terras.

 

Reflexões finais

Para "ouvir" o gesto palavreado, as inquietações da natureza dominical nesse dia de santo que implora pelo perdão, precisamos enquanto escuta-dores, ter coragem e fé, para acompanhar as romarias, precisamos oferecer imagens que preambulem pensamentos, mas não estátuas que engessam a criatividade "divina". Desse modo, as Severinas poderão transformar os temores de morte iminente e ansiedade em confiança, a maldade em amor, diabos e santos em gente: gente do sertão, esse que habita todos nós.

Se assim for, talvez possamos neste momento nos aproximar das piores perdas que um ser humano pode experimentar, a sensação de não se reconhecer vivo diante da tragédia humana que é o desamparo. Se isso se confirma diante da história individual daquele que nos procura, estaremos diante de uma terrível realidade. A privação do alimento na aridez do sertão chegará mais uma vez ao Sul levando com ele a morte como registro do natimorto. Teria Portinari pincelado, em Retirantes, a falta de uma experiência emocional vívida diante do encontro com o outro?

Assim como o bebê, que se relaciona com outras pessoas desde o começo, a família é o berço dos modos de estar junto nos diferentes tempos de engajamento com o outro. Desde que ele passa a reconhecer o primeiro outro, minimamente como total, ele poderá dar início a uma itinerância e então, experimentar lugares diferentes. Essa é a conquista lavrada na escritura do solo fértil, onde a presença regular, estável e predominantemente amorosa dos primeiros encontros, poderá regar uma constituição razoável para enfrentamentos futuros diante da seca.

 

Agradecimentos

Money-Kyrle (1968/1993) corrobora ao examinar os ideogramas como parte de um estágio pré-simbólico onde há uma representação ideológica preliminar ao pensamento verbal, como nos sonhos. A construção de um espaço mental interno capaz de "sonhar" será preâmbulo para a narrativa dentro do setting analítico. Essa evolução - da imagem às palavras - só será possível pela identificação e introjeção de um continente suficientemente bom, capaz de operar com a função alfa e gerar transformações criativas e, consequentemente, desenvolvimento psíquico. Obrigada, Portinari!

Quando o escritor analista se debruça sobre a descrição de uma experiência emocional compartilhada com seu paciente, sonhada por ambos, sua escrita poderá se servir de escritores imaginativos para se aproximar de como compartilhou aquele encontro. Palavrear uma experiência analítica não é relatar como foi, mas como a dupla vivenciou aquela experiência. Para esse efeito podemos usar o termo escrita ficcional. O escritor analítico se servirá do imaginário seu e do analisando para comporem juntos o Auto da Palavra. Obrigada, João Cabral!

Ogden soma ao escrever:

Ao mesmo tempo, a ficção que é criada em palavras deve refletir a realidade do que ocorreu. A experiência daquela realidade permanece viva no escritor analítico não apenas na forma de memória, mas, igualmente importante, no modo como ele foi mudado e continua sendo mudado por ela. A arte da escrita psicanalítica reside em conseguir sustentar um diálogo vital entre a experiência analítica vivida e a vida da história escrita. (Ogden, 2005, pp. 140-141)

Obrigada, Ogden!

Obrigada, meus pais, nordestinos de origem, de Alto (do) Santo, Ceará!

 

Referências

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1 Em 1965, com o sucesso do livro de João Cabral, Morte e vida estreou no tuca (Teatro da PUC-SP), sob a sonoplastia de Chico Buarque, com a música "Funeral de um lavrador".
2 Ivan Teixeira lecionou Cultura e Literatura Brasileira no Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicações e Artes da USP.
3 São Severino dos Ramos (também conhecido São Severino) é uma imagem devocional católica que é centro de um importante culto religioso em alguns estados do Nordeste do Brasil, como Pernambuco e estados vizinhos.
4 Filho preferido de Jacó, José nunca escondeu sua liderança. O favoritismo de que era alvo por parte do pai valeu-lhe a malquerença dos irmãos, que o venderam, ainda jovem, com apenas 17 para 18 anos, por 20 moedas como escravo a mercadores ismaelitas, que o levaram ao Egito do período da XVII dinastia.

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